Hayato...
Por algum tempo, Ada ponderou a probabilidade daquela coincidência, mas rapidamente se lembrou que Hayato era um dos nomes mais comuns, e não era possível que algo daquele tipo acontecesse.
Ou era?
Abandonou os pensamentos. Era claro que não! Hayato, o policial, tinha pais. Apesar de ser fechado, ele já tinha falado sobre os pais antes, citado alguma coisa sobre uma relação ruim com a família.
Ela deixou a ideia de lado assim que Sora se aproximou.
— Ei, tá melhor? — ele perguntou, agachado na frente dela, tirando os fios de cabelo do rosto.
— Tô sim — deu um sorriso sem graça.
— Toma, come isso aqui, vai melhorar — ele mostrou um palito cheio de morangos com chocolate, tirou uma das frutas do espeto e fez menção a colocar na boca dela.
Kenji, notando que estava ficando de vela, discretamente se levantou e voltou para a festa, deixando Ada e o irmão dele a sós.
Ela terminou de comer a fruta sob a vigilância constante de Sora, que sorriu quando ela terminou.
— Quer ir pro hotel?
— Não quero estragar a noite — confessou, torcendo o nariz.
— Não vai estragar. Quer ir?
Com um longo suspiro, percebeu que a música já não parecia mais tão atrativa, e apesar de escutar Kuro e Armani subindo para cantar no karaokê, e ficar muito curiosa para assistir o que aconteceria depois, Ada sabia que não aguentaria ficar ali muito mais tempo.
— Quero — ela confessou.
— Então vamos.
— A gente nem cantou parabéns.
— E você acha que tem parabéns? — Sora riu, ajudando-a a se levantar. — O bolo é o Armani, e a Vic é a única que vai provar.
Rindo da piadinha, Ada ficou de pé e percebeu que ainda estava meio mal. Sora notou o cambalear da mulher e rapidamente passou os braços pelas pernas dela, pegando-a no colo repentinamente.
— Eita! — expressou em surpresa.
— Você vai acabar caindo da escada, e eu não quero você bêbada e com um pé torcido no pronto socorro — ele riu, descendo os degraus com calma.
— Você também está bêbado — Ada pontuou, fazendo um biquinho birrento que Sora achou uma gracinha.
— Não tanto quanto você — ele sorriu em tom de deboche, mas era uma verdade incontestável.
— Pareço uma mocinha indefesa — ela reclamou.
— Mas você não é. Só é uma mocinha que bebeu além da conta — ele riu e fez carinho com o nariz no rosto dela.
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Alizarina - Sablier Rouge
Romance[Livro 01] [Dark Romance] Uma policial de elite se infiltra nas gangues que controlam o submundo de Tóquio com uma missão: destruí-los por completo de dentro para fora. Entretanto, ela não contava que a sensação de poder que tanto amava se tornaria...