t r e n t e - t r o i s

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Hayato

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Hayato...

Por algum tempo, Ada ponderou a probabilidade daquela coincidência, mas rapidamente se lembrou que Hayato era um dos nomes mais comuns, e não era possível que algo daquele tipo acontecesse.

Ou era?

Abandonou os pensamentos. Era claro que não! Hayato, o policial, tinha pais. Apesar de ser fechado, ele já tinha falado sobre os pais antes, citado alguma coisa sobre uma relação ruim com a família.

Ela deixou a ideia de lado assim que Sora se aproximou.

— Ei, tá melhor? — ele perguntou, agachado na frente dela, tirando os fios de cabelo do rosto.

— Tô sim — deu um sorriso sem graça.

— Toma, come isso aqui, vai melhorar — ele mostrou um palito cheio de morangos com chocolate, tirou uma das frutas do espeto e fez menção a colocar na boca dela.

Kenji, notando que estava ficando de vela, discretamente se levantou e voltou para a festa, deixando Ada e o irmão dele a sós.

Ela terminou de comer a fruta sob a vigilância constante de Sora, que sorriu quando ela terminou.

— Quer ir pro hotel?

— Não quero estragar a noite — confessou, torcendo o nariz.

— Não vai estragar. Quer ir?

Com um longo suspiro, percebeu que a música já não parecia mais tão atrativa, e apesar de escutar Kuro e Armani subindo para cantar no karaokê, e ficar muito curiosa para assistir o que aconteceria depois, Ada sabia que não aguentaria ficar ali muito mais tempo.

— Quero — ela confessou.

— Então vamos.

— A gente nem cantou parabéns.

— E você acha que tem parabéns? — Sora riu, ajudando-a a se levantar. — O bolo é o Armani, e a Vic é a única que vai provar.

Rindo da piadinha, Ada ficou de pé e percebeu que ainda estava meio mal. Sora notou o cambalear da mulher e rapidamente passou os braços pelas pernas dela, pegando-a no colo repentinamente.

— Eita! — expressou em surpresa.

— Você vai acabar caindo da escada, e eu não quero você bêbada e com um pé torcido no pronto socorro — ele riu, descendo os degraus com calma.

— Você também está bêbado — Ada pontuou, fazendo um biquinho birrento que Sora achou uma gracinha.

— Não tanto quanto você — ele sorriu em tom de deboche, mas era uma verdade incontestável.

— Pareço uma mocinha indefesa — ela reclamou.

— Mas você não é. Só é uma mocinha que bebeu além da conta — ele riu e fez carinho com o nariz no rosto dela.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora