Saindo do chuveiro, Hayato limpou o espelho embaçado com o braço e terminou de secar o corpo ainda no banheiro. Pegou os óculos e os colocou, em seguida, foi para o quarto.
Respirou fundo e pegou o celular. A última mensagem de Naoto era um aviso de que o encontro com Ada era apenas no dia seguinte.
— Ah, podia ser hoje — ele suspirou e pegou a roupa.
Vestiu-se rapidamente com roupas elegantes, porém casuais. Uma calça bonita, uma camisa bem passada, a típica pulseira de ouro e sapatos bem lustrados. Penteou o cabelo para o lado e borrifou um perfume suave. Verificou a si mesmo no espelho três ou quatro vezes, tendo a plena certeza de que não iriam achar nada para criticá-lo, afinal, sempre o criticavam de toda forma.
Sem mais demora, desceu as escadas rapidamente e pegou o próprio carro. Morava no segundo andar, então não perdia tempo esperando o elevador.
Durante o caminho, Hayato sentia a crescente ansiedade apertando-lhe o peito. Ele detestava aqueles eventos, pois sempre era criticado quando ia, mas seria igualmente criticado se não fosse, então preferia fazer uma média apenas para evitar que ficassem ligando no telefone dele.
Ele realmente não entendia aquela família.
Se ele fosse, era criticado. Se não fosse, achavam ruim ele não ter ido para ser criticado e passavam a irritá-lo pelo telefone.
Sem muito enrolar, Hayato decidiu chegar cedo para poder ir embora cedo. Não era muito longe, então rapidamente chegou no prédio onde a festa aconteceria. Deixou o carro parado na rua e seguiu pela portaria, carregando em mãos o presente escolhido minuciosamente e foi até o salão.
Já podia escutar o som da música e as pessoas conversando animadamente. No mesmo instante sentiu a boca amargar. Ele só queria ir embora o quanto antes, mas entrou no salão de festas do prédio.
— Olha só quem resolveu aparecer! Já estava começando a achar que não viria — uma das tias se aproximou. Uma perua completa, com muito mais acessórios do que o necessário.
— Oi, tia. Tive um pequeno atraso — foi tudo o que ele justificou com um aceno de cabeça.
Não enrolou ali, virou as costas e seguiu por entre as mesas.
O salão todo estava decorado com muitos balões e o clima de aniversário era maravilhoso. Hayato avistou de longe o irmão mais novo, respirou fundo e foi até ele.
— Hayato! Que saudade! — o mais novo cumprimentou, já com o rosto avermelhado pelo saquê.
— E aí, Satoshi — ele deu um meio sorriso, abraçando o rapaz e entregando o presente. — Feliz aniversário!
— Valeu, cara!
Quem os visse conversando jamais pensaria que eram irmãos. Não se chamavam daquela forma há muitos anos, e o contato superficial não passava de mera formalidade.
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Alizarina - Sablier Rouge
عاطفية[Livro 01] [Dark Romance] Uma policial de elite se infiltra nas gangues que controlam o submundo de Tóquio com uma missão: destruí-los por completo de dentro para fora. Entretanto, ela não contava que a sensação de poder que tanto amava se tornaria...