c i n q u a n t e - e t - u n

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Na manhã seguinte, os irmãos Ikari saíram sozinhos

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Na manhã seguinte, os irmãos Ikari saíram sozinhos. Todos vestidos em trajes típicos e antigos da família. Eles tinham o costume de irem juntos a um determinado templo na primeira manhã da viagem sempre que se encontravam em Nara.

Victoria aproveitou a manhã para ir até o centro de compras mais próximo, enquanto Ryu saiu com Leon para alimentarem os cervos.

Ada estava sozinha com o vovô Ikari na casa.

Vestida numa yukata emprestada por Hanna, ela prendeu o cabelo num coque e tomou coragem. Saiu do quarto e caminhou pela casa até o exterior, onde encontrou o vovô realizando os movimentos básicos do kata do karatê. Ele vestia o quimono branco com a faixa preta na cintura, e tinha movimentos tão precisos que era bonito de assistir.

Ada sentou-se sobre os próprios pés e apenas observou. O idoso movimentava-se pela manhã, tendo como companhia a brisa matinal que soprava a cada movimento.

— Conhece os Katas, Kimi-chan? — Ele perguntou. A forma como o senhor pronunciou o apelido carinhoso soou de forma tão gentil nos ouvidos dela que Ada não pode deixar de sorrir.

— Apenas os cinco Heian — ela respondeu.

— Que tal aprender uma coisa nova hoje, o que acha? Posso te ensinar os Tekki.

— Seria um prazer, senhor — Ada reverenciou e pode vê-lo sorrir.

Ada entrou na casa e foi até o quarto das garotas, mas não tinha quimono algum, nem mesmo de Hanna. Atreveu-se a espiar no quarto dos rapazes, onde rapidamente mexeu nas coisas de Sora até encontrar um prontinho.

Era um pouco grande, mas não fazia mal. Ada tirou a yukata e deixou-a dobrada no armário de Sora, em seguida, vestiu o quimono e amarrou a faixa marrom ao redor da cintura. Saiu do quarto e atravessou a casa, chegando até onde o vovô Ikari estava.

— Não sei se eu posso usar essa faixa, mas não achei outra — Ada falou.

— É apenas um treino em família, Kimi-chan. Não precisa se preocupar com isso — ele deu uma risadinha e a chamou com a mão.

Ada se aproximou descalça e ficou com os pés na madeira fria do deck. A luz do sol iluminava todo o gramado à frente e as árvores balançavam com ritmo e delicadeza, como se tentassem se adequar aos movimentos do mestre de karatê.

— Tekki Shodan... primeiro observe, depois faremos juntos — vovô sugeriu e Ada concordou.

Ela observou-o começar, cada movimento perfeitamente calculado e desenhado, como se fosse uma dança gentil.

— O kata tekki possui três formas, mas hoje vou te ensinar apenas a primeira. O nome faz referência ao cavaleiro de ferro. Nós deixamos as pernas abertas, como se estivéssemos montando um cavalo, e assim seguimos.

Copiando os movimentos do mais velho assim que ele deu o aval, Ada começou, fazendo cada passo lentamente, observando cada minucioso detalhe e copiando em angulação, direção, força e velocidade.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora