q u a r a n t e - d e u x

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A noite estava gelada, mas a corrida esquentava o corpo

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A noite estava gelada, mas a corrida esquentava o corpo.

A cabeça de Ada ainda doía e latejava, mas ela já se sentia muito melhor. O bairro onde a casa da Canis ficava era tranquilo e as casas eram distantes umas das outras. Fazer exercícios ali era uma delícia, embora ela preferisse treinar durante a manhã.

Correu até chegar na praça mais próxima. Poucas pessoas estavam por ali, mas a única que a interessava estava perto dos banheiros, enchendo a garrafa de água.

— Boa noite — ela o cumprimentou discretamente.

— Tá tudo vazio por aqui, Ada. Tem alguém com você? — ele perguntou sussurrando.

— Não, ninguém me seguiu, Naoto.

O rapaz ergueu a cabeça e sorriu, cumprimentando-a com um aceno de cabeça.

Sem demora, Naoto começou a relatar tudo o que tinha acontecido na operação, relatando cada acontecimento. Finalizou falando sobre a prisão de Tobias Tanaka.

— Pegaram o Tobias...— Ada colocou a mão na cintura enquanto ele fechava a própria garrafa de água.

— Pegamos. Tudo graças às suas informações, Miya — Naoto sorriu. — Onde vocês estavam? Porque o Sora Ikari só chegou depois de um tempinho lá na corrida.

— Ah, sabe aquele bar que a gente investigou? Aquele sobre o contrabando — Ada suspirou e foi encher sua própria garrafa.

— Claro que lembro.

— Nos fundos tem um acesso a um novo local, eles chamam de Porão... rola de tudo lá. Desde o uso de drogas desenfreado, até sexo em público.

Naoto ergueu as sobrancelhas em surpresa e deu uma risada nervosa.

— Eu não fazia ideia de que existia um lugar assim em Tóquio — Naoto coçou a nuca.

— E o Porão é muito maior do que o bar, o subterrâneo é muito grande. É proibido o uso de celulares, coisas eletrônicas e qualquer coisa que possa relatar provas de que aquele lugar existe. E tem mais de uma entrada. É assustador pensar que essa informação nunca chegou na polícia antes.

Claro que ela evitou contar o fato de que dançou sem roupa em cima da mesa enquanto estava na onda da bala. Aquele era um detalhe que decidiu ocultar. Não faria diferença para a investigação e poderia acabar afetando negativamente a imagem dela.

— Vai ser um problema e tanto — Naoto colocou a mão na cintura.

Ada achava que ele ficava uma gracinha com bermuda e camiseta, pronto para correr.

— Se puder evitar dar flagrante lá no Porão por enquanto...— ela fez o pedido. — Eles iam desconfiar de mim, e...

— Ei, não se preocupa — Naoto deu uma risada nervosa e tocou-a no ombro. — Dar flagrante no Porão vai ser uma dor de cabeça e tanto, não vamos fazer isso por agora. A gente pode acabar tendo informações bem mais interessantes dando um tempo.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora