q u a r a n t e

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Sora observou atentamente o momento em que Ada passou o pincel do gloss sobre os lábios, inebriado pela cena

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Sora observou atentamente o momento em que Ada passou o pincel do gloss sobre os lábios, inebriado pela cena. Atento a como a cor avermelhada combinava com a cor natural dos lábios, e viu-se particularmente encantado pelo momento em que ela esfregou um lábio no outro, misturando o gloss.

— O que achou? — ela perguntou, arrancando-o do transe.

— Ficou linda! — Ikari elogiou.

Em silêncio, ele apenas voltou a se vestir. Calça jeans, camiseta branca e uma jaqueta preta por cima. Apesar do frio, sabia que o álcool e a empolgação da corrida esquentavam demais. 

Olhou para o lado e a viu. Uma calça jeans clara e folgadinha, uma blusa que se parecia com um corpete branco de alças finas, mas com uma jaqueta fofinha bege para se aquecer. Deixou o cabelo preso e descartou as argolas, embora Sora quase opinou, dizendo que brincos de argolas ficavam muito bem nela.

— Acha que só essa blusa é suficiente? — Ada perguntou, apontando para a jaqueta toda peludinha.

— É sim.

— É que eu lembro o Andaime e que lá é bem alto — torceu o nariz.

— Se ficar muito frio a gente vai pro galpão, pode ser? — Sora perguntou.

Ada deu um sorriso meigo e concordou com a cabeça, o que o deixou feliz.

Já estavam prontos, então ele ofereceu o braço e desceram juntos as escadas. O barulho na casa continuou, assim como em todos os outros dias. Ikari já estava plenamente acostumado, mas se divertia ao ver todos os sustos que Ada levava com os gritos repentinos ou os barulhos mais altos.

— Aí, garotão. Cuida da casa, beleza?! — Ikari se ajoelhou e começou a fazer carinho em Jax.

Kimi-chan observou a cena de forma quieta e sorriu timidamente. Esticou a mão e começou a fazer carinho nas orelhas altas de Jax junto com Sora.

Por alguns instantes, apenas ficaram fazendo carinho no cão enquanto davam baixas risadinhas, até o momento em que o doberman deu um espirro engraçado.

— Ele tem toda essa cara de malvado, mas é tão fofinho! — Ada falou, ainda encarando o cachorro.

— Ele é mesmo — Sora sorriu.

— Você é muito fofinho, menino! — ela dizia, fazendo voz de neném para o cão enquanto brincava com as orelhinhas dele e ele se derretia com os carinhos.

Sora apenas assistiu a cena acontecer. Era a primeira vez que ele a via plenamente confortável desde o dia em que chegou, e gostou muito do que viu. O sorriso dela era sincero, a risada era gostosa, além das mãos inquietas que acariciavam o cachorro sem parar.

Ele deu um meio sorriso e respirou fundo, ficando de pé.

— Vamos? — ele a chamou, estendendo a mão.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora