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Oi gente, eu juro que não quero deixar a história triste, odeio colocar morte nas minhas histórias mas talvez isso seja essencial na vida de S/N. Peço desculpas. A Fanfic vai voltar a ser feliz e engraçada.

Maraisa P.O.V

Já tinha perdido as contas de quantos bateristas fizeram teste com a gente, eu já estava ficando maluca, Maiara já estava perdendo a paciência comigo.

— Irmã, você tem até amanhã pra decidir, já dei meu parecer, agora você que decide — ela saiu bufando da sala, me deixando ali olhando para o além.

Suspirei profundamente pensando, por que exatamente estava procurando uma substituta para S/N? Ninguém era igual a ninguém, ninguém pode substituir ninguém.

Nunca existiría alguém igual S/N porque ninguém é a S/N.

Isso era óbvio, como eu era burra. Ou eu tentava pensar naqueles bateristas como bateristas e não como S/N, ou...

Será que ela aceitaria ficar com a gente?

Como eu não tinha pensado nisso antes? Eu deveria ter perguntado isso faz tempo.

Apesar de que, eu tinha medo de dar esperanças para S/N e Maiara não aceitar... Mas as duas se aproximaram muito nesses dias, minha irmã geralmente não criava intimidade com alguém tão fácil, mas afinal, aconteceu.

Talvez Maiara aceitasse.

Estávamos em Goiânia, sai da sala da minha casa e subi as escadas indo ao quarto onde S/N estava, decidida a perguntar se gostaria de fazer parte oficialmente da nossa equipe.

Bati a porta suavemente aguardando una resposta que não foi obtida, bati mais forte dessa vez.

Um "entra" quase inaudível foi dito no cômodo, então abri a porta.

Estava animada demais com a ideia, pronta para contar para S/N mas ao olhar nos olhos dela, me obriguei a parar no meio da primeira frase, meu sorriso se desmanchou ao ver seus olhos vermelhos brilhando. Vi quando ela engoliu em seco e limpou as lágrimas de sua bochecha, ajeitando sua postura imediatamente.

— Oi, precisa de alguma coisa? — Percebi a força que ela precisou fazer para falar.

S/N estava sentada na cama, o celular em suas mãos trêmulas. Sentei ao seu lado e a fiz virar para mim.

— O que aconteceu? Nem adianta disfarçar, te vi chorando.

Ela suspirou, seu olhar que fitava o meu agora descia para o celular que ainda estava com a tela ligada.

— Minha tia, mãe de Sofia... Ela estava com câncer, estava fazendo tratamento mas... Maraisa ela estava tão bem quando eu vim com vocês, achei que ela iria melhorar, achei que quando voltasse poderia contar tudo à ela — sua voz falhava cada vez mais, peguei na mão livre dela e acariciei. — Mas ela faleceu hoje de madrugada.

Meu coração se apertou mesmo eu já estando preparada para ouvir aquilo desde sua primeira frase, S/N não aguentou e desabou a chorar.

Não tive outra reação que não fosse puxa-la para um abraço apertado, já que não existia palavras boas o suficiente para conforta-la.

— Vou ter que ir embora mais cedo... — Ela dizia baixinho em meu ouvido, ainda no abraço. — Preciso ir no velório, não posso deixar Sofia sozinha...

— Eu entendo, não se preocupe... — Falei no mesmo tom de voz que ela, porém acolhedora. — Já temos quase tudo acertado com os bateristas, eu só tenho que escolher um, mas com certeza terá alguém na sexta — soltei todo o ar que eu nem sabia que estava segurando.

Imagine Maraisa (S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora