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—Tudo bem Harry, eu entendi — repetiu a garota pela vigésima vez ao irmão mais novo que explicava oque tinha ocorrido entre ele e Draco.

—Eu só lancei aquele feitiço porque ele ia me lançar uma imperdoavel— Harry continuava a se explicar, ele por mais que não estivesse preocupado com Malfoy, estava com oque a irmã pensaria sobre isso— Gostaria de não ter feito, e não só porque recebi uma tonelada de detenções, você sabe que eu não teria usado um feitiço daqueles, nem mesmo contra o Malfoy.

—Harry Tiago Potter, eu ja entendi — disse a garota revirando os olhos e então deitando a cabeça no ombro dele — estou feliz que você está bem e ileso— sorriu ao ver o irmão sorrir.

A punição de Harry foi ficar de castigos com Snape aos sabados, oque fez com que ele perdesse um grande jogo contra a corvinal, deixando o time com o apanhador reserva, Gabrielle e o resto do time deram tudo de si para que o resultado ser positivo e ele de fato foi, eles ganharam de  Quatrocentos e cinquenta a cento e quarenta, assim que Harry voltou para a comunal a comemoração era gigantesca mas oque de fato chocou a todos foi quando Harry beijou Gina,  Gina foi correndo ao  encontro do garoto e o abraçou e sem pensar,sem planejar, sem se preocupar com o fato de que cinquenta pessoas estava molhando, Harry a beijou. Gabrielle gritava em animação com algumas pessoas ali em volta, só conseguia pensar que finalmente Harry havia tomado a atitude que estava com vontade de tomar a meses.

— Eu achava que as pessoas teriam mais o que fofocar – falou Gina, no chão da sala comunal, recostada nas pernas de Harry e lendo o Profeta Diário. — Três ataques de dementadores em uma semana, e só o que a Romilda Vane me pergunta é se é verdade que você tem um hipogrifo tatuado no peito. 

Rony, Gabrielle e Hermione caíram na gargalhada pois sabiam exatamente quem tinha inventado essa historia, Fred e George no ano passado juntamente com Gabrielle mas parecia que ela só tinha ganho força agora, eles continuaram a conversar mas Gabrielle não prestava a mínima atenção, de repente seu pensamento foi longe, foi lá em Daniel e então ela olhou para Harry que a encarava, a garota se levantou e se afastou do restante do grupo e quando olhou para tras viu Harry ali parado, era como se eles sentissem que algo estava errado.

— Você ainda tem alguma coisa da Felix Felicis? — perguntou ao irmão que concordou — preciso de um pouco, eu não sei porque mas...

— Eu entendi, dizem que eu tenho o raciocínio lento mas entendi, também estou pensando nele e não tem nada melhor para te ajudar a achar respostas do que isso.

Apos pegar um pouco da poção com Harry, a garota se despediu do irmão e caminhou ate o seu quarto e tomando a mesma sentiu como se uma onda elétrica invadisse seu corpo e então se levantou, pegou seu casaco e foi em direção a saida do castelo mas acabou seguindo para a sala da professora McGonagall, vendo a mesma vazia, era o momento perfeito para usar o pó de flu e então disse claramente para onde queria ir e soltou o pó, indo para na chaminé do Largo Grimmauld 12, em Londres.

Não sabia oque estava fazendo ali na casa que pertencia a Sirius e hoje é de Harry e Daniel mas a unica coisa que fez foi sair lentamente, tentando fazer o minimo de barulho possivel, ela tentava ouvir algo para seguir mas tudo estava em um absoluto silencio, passou os olhos pelo local podendo ouvir a risada de todos que se sentavam na mesa, era possivel ver ela e os gemeos correndo de um lado pro outro, conseguia ver Harry e Daniel brincando de guerra de almofadas com Black, eram diversas lembranças ali e quando deu por si, estava lembrando da noite que tudo isso acabou, a noite que Belatrix matou Sirius Black.

De repente uma voz foi ouvida e isso fez com que Gabrielle voltasse para realidade, caminhando lentamente para onde o local que vinha a voz , parou em frente ao quarto que estava com a porta aberta e conseguiu enxergar uma pessoa qualquer amarrada e Daniel parado em sua frente, ele parecia nervoso pela forma que andava de um lado para o outro, a garota olhou por todo o local vendo que ali só tinham Daniel, o homem e um relogio que pertencia a Sirius e então ela (ou a poção) lembrou que para fazer uma Horcrux era necessário um objeto qualquer e matar uma pessoa para conseguir fragmentar a alma no objeto desejado mas não poderia ser aquilo, não mesmo, Daniel nunca tiraria a vida de alguem.

 —Eu sinto muito — Disse Daniel arrumando a postura e apontando a varinha para o homem ali amarrado— mas é necessario, eu preciso ser invencivel— completou Daniel e então suspirou e entre abriu a boca para começar a falar — Avada Ked...

— Expelliarmos! — ele foi impedido pela irmã que graças a Merlim foi mais rapida que ele, ele a olhou assustado e ela o olhou sem entender absolutamente nada — Accio Varinha — conjurou fazendo a varinha de Daniel vir parar em sua mão. — OQUE VOCÊ PENSA QUE ESTAVA FAZENDO? VOCÊ FICOU MALUCO? OQUE O HARRY IA PENSAR DE VOCE? O SEU PAI? A NOSSA MÃE? DANIEL, VOCÊ ENLOQUECEU, SIRIUS MORRERIA DE TRISTEZA E DESGOSTO.

— Que diferença faz? ele já está morto, não esta? tirando o Harry, todos os que você citou já estão mortos, que diferença isso faz? — perguntou Daniel encarando a irmã que o olhava incredula.

— Daniel? oque você ta fazendo? isso não tem volta, não tem como voltar atras, se você fizesse isso, estaria se igualando a aqueles que tiraram quem amavamos de nós, quem separou nossa familia, eu sei que você está com raiva, está perdido mas essa não é a soluçao Potter, não é.

— Eu preciso ser invencível, ser tão ou mais poderoso que Voldemort, eu preciso disso pra me manter vivo — seu tom de voz era rude, seu olhar frio como pedras de gelo.

— Eu não vou deixar você destruir sua vida, Daniel você não é o vilão dessa historia, você faz parte daqueles que lutam pelo bem, você só esta confuso e eu posso te ajudar — proferiu se aproximando do homem amarrado e vendo que seu irmão a encarava de cima sem expressar emoção alguma. — Eu vou libertar ele e você vai deixar ele ir embora — disse encarando ele por alguns segundos e então o soltando.

— Se quer me entregar, me entregue de uma vez por todas, deixar o homem livre para gritar aos quatro ventos que eu o sequestrei vai dar no mesmo que me matar — disse ele esticando as mãos como se fosse ser algemado— vai, me prenda, me mande para Azkaban e seja uma heroina  como o Harry e ai o Daniel vai ser esquecido, um nada, como sempre.

Era insuportavel a forma como Daniel falava, parecia estar preso em sentimentos como se a tristeza por perder Sirius tivesse se tornado raiva, vingança e inveja, era muito dificil quebrar as barreiras que ele havia criado, entender sua mente era muito dificil, a garota que sempre teve facilidade de entende-lo, agora se encontrava em um enigma, não sabia se aquilo era só o Daniel de antes fazendo as coisas sem pensar, sendo apenas impulsivo como sempre ou se era algo totalmente calculado e que ele de fato se transformou em alguem ruim.

— Porfavor, cala a boca — foi a unica coisa que ela disse antes de apontar a varinha para o homem— Obliviate

Gabrielle manipulou as memorias do homem e então o levou para fora da casa, o deixando perdido sem saber como foi parar ali fora mas antes que entrasse completamente viu a luz de um feitiço e então apagou, Daniel abaixou sobre a irmã, a pegando no colo para leva-la de volta ao castelo, deu um beijo de despedida em sua testa e a deixou em sua cama, ele entrou com a senha que descobriu com os pensamentos de Neville.

A filha do SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora