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O funeral de Dumbledore estava completamente lotado,  Harry, Rony, Hermione, Gina e Gabrielle se sentaram nos ultimos lugares que restavam, Harry e  a irmã reconheceram Rita Skeeter, oque enfureceu Harry que viu um bloco de notas naquelas mãosde garras vermelhas; e, com um surto de fúria ainda mais forte, Dolores Umbridge,com uma expressão de tristeza pouco convincente em sua cara de sapo, um laço develudo negro no alto dos cachos azulados. Ao ver o centauro Firenze, que estavaparado como uma sentinela à margem do lago, ela se sobressaltou e correu rápidopara uma cadeira bem distante, oque fez com Gabrielle desse uma risada curta e baixa.

Uma musica estranha foi ouvida e então, eles os viram nas águas verdes banhadas de sol, a centímetros da superfície, um coro de sereianos cantava em uma línguaque eles não entendiam, seus rostos pálidos ondeando, seus cabelos arroxeadosboiando à volta,  a música deixou arrepiados os cabelos na nuca de Harry, emboranão fosse desagradável. Falava muito claramente de perda e desespero. Ao olhar osrostos ferozes dos cantores, o garoto teve a sensação de que os sereianos, pelomenos, lamentavam a morte de Dumbledore. 

Então Gina chamou a atenção deles e eles seviraram para olhar.Hagrid vinha andando pela passagem entre as cadeiras. Chorava silenciosamente,seu rosto brilhava de lágrimas, e trazia nos braços, envolto em veludo roxo salpicadode estrelas douradas, o que os jovens sabiam que era o corpo de Dumbledore, os garotos não conseguiam ver com clareza o que acontecia à frente. Hagridparecia ter colocado o corpo cuidadosamente sobre a mesa, Hagrid sentou-se ao lado do meio-irmão, que lhe deufortes palmadas carinhosas na cabeça, fazendo as pernas de sua cadeira enterraremno chão. Harry sentiu um impulso momentâneo e maravilhoso de rir. Então, a músicaparou e eles voltaram a olhar pra frente, depois de um tempo que o homenzinho estava falando pareceu que Harry tinha finalmente entendido oque aconteceu e isso fez com que ela passasse as mãos em suas costas em sinal de apoio.

O homenzinho de preto parou finalmente de falar e retomou seu lugar. Gabrielle aguardou que mais alguém se levantasse; esperava discursos, provavelmente do ministro, mas ninguém se mexeu. Então várias pessoas gritaram. Vivas chamas irromperam em torno do corpo de Dumbledore e da mesa em que jazia: cada vez mais altas, ocultando seu corpo.Subiram espirais de fumaça branca no ar, desenhando estranhas formas, pensou, por um momento de sustar o coração, que estava vendo uma fênix voar felizpara o infinito, mas, no segundo seguinte, o fogo desaparecera. Em seu lugar haviaum túmulo de mármore branco, encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa em quere pousara.Ouviram-se mais alguns gritos de espanto quando uma saraivada de flechas voou pelo ar, mas elas caíram muito aquém da multidão. Era, eles entenderam, a homenagem dos centauros: viu quando eles deram as costas e tornaram a desaparecer entre as árvores sombrias. De modo semelhante, os sereianos imergiram lentamente nas águas verdes e desapareceram de vista, Gabrielle podia jurar que viu Daniel observando todo o funeral de longe mas negou para si mesma dizendo que era coisa de sua cabeça mas não era, Daniel realmente estava ali.

Harry terminou com Gina no mesmo dia por se julgar perigoso demais para estar com alguem, a escola mandaria todos os alunos para casa naquele mesmo dia, Gabrielle se pegava presa em pensamentos olhando o gramado, pra onde ela iria? ela não tinha mais uma casa para ficar, sem seu pai, sem seu melhor amigo, ela já teria que arrumar um lugar pra ficar, era seu ultimo ano em Hogwarts mas não esperava que isso fosse acontecer agora, seus olhos estavam fixos no chão e ela mal viu quando Fred e George se aproximaram dela.

— Oque está rolando com você? — perguntou George 

— Bom, alem de estarmos no funeral do homem que meu pai matou? bom, estou sem moradia agora que fecharam a escola — olhou pra eles e sorriu sem animo e deitando no gramado.

—Bom, eu e George estamos morando encima da loja, não é muito espaçoso mas pra quem já dormiu na toca no natal — disse Fred fazendo com que a garota levantasse novamente olhando pra eles.

—Estão me chamando pra morar com vocês, Weaslys? — perguntou com um sorriso no rosto.

—Sim, e você trabalha junto com a gente na loja em troca — Disse George, ela sabia que não seria obrigada mas ela mesma já se ofereceu milhares de vezes pra isso, trabalhar lá com eles era tipo um sonho.

—Sim senhores.

No final daquele dia Gabrielle se despediu dos amigos e de Harry com um abraço apertado, os olhos verdes dos dois se encontraram e ambos sorriram, os olhos que os tres diviam, os olhos lindos e verdes de Lily Potter.

— Logo a gente vai se ver, ta bom? — Disse ela para Harry que sorriu desanimado mas não negou.

— Eu sei que vamos — proferiu abraçando a irmã.

E como de costume, como eles sempre fizeram os dois ao mesmo tempo sussurram um sincero;

Eu te amo!




A filha do SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora