Capítulo 12 - Hogwarts sitiada

51 12 62
                                    

No mesmo dia da briga, durante o jantar, a mesa da Corvinal parecia mais agitada que o normal. Isso porque Gilderoy Lockhart, o terceiranista que servira de testemunha para os professores, contava uma história mirabolante aos colegas de Casa, de como conseguiu separar e controlar a luta entre os alunos veteranos da Sonserina e da Grifinória.

Muitos que o ouviam se mostravam incrédulos e desconfiados, especialmente os alunos mais velhos; mas outros estavam completamente espantados com a coragem e astúcia de Gilderoy para controlar a situação.

A história que ele havia criado era tão boa e tão rica em detalhes, que quando chegou aos ouvidos de Sirius Black, ele fez questão de se divertir com ela, se deslocando até a mesa da Corvinal, onde Gilderoy estava, e apertando a mão do garoto, dizendo:

- Ei, garoto. Mandou muito bem hoje, parabéns. Obrigado pela ajuda, você é fera.

Após dizer isso para um Gilderoy radiante, Sirius voltou a se sentar na mesa da Grifinória, ao lado de Lupin e Pettigrew e de frente para Tiago e Lílian. Os garotos riam com gosto, mas Lílian, apesar de ter achado graça, segurava o riso e tentava censurar a atitude de Sirius.

- Não deveria ter feito isso, Sirius. – Ela disse, ainda se contendo.

- Ah, por quê? O moleque inventou uma tremenda história, tive que ir lá parabenizar. Que mal isso pode fazer? – Defendeu-se Almofadinhas em tom brincalhão.

Lílian agora ria enquanto balançava a cabeça negativamente.

- Você e Tiago são bobos desde que nasceram, ou fizeram algum curso juntos? – Ela indagou.

- Bom, nascemos com o dom. Mas depois que fui morar com os Potter, os pais do Tiago matricularam a gente nessa aula. Acho que ficamos muito melhores depois disso. – Ironizou, também rindo.

- Aí, cheguem mais perto. – Pediu Tiago em voz baixa.

Os quatro obedeceram e se inclinaram para o garoto.

- Vocês notaram que o Dumbledore... – Começou Tiago, sendo cortado por Lupin.

- Está observando demais a mesa da Sonserina e a nossa? Em especial, nós? Sim, notei. Ia comentar quando subíssemos para o Salão Comunal, não acho que aqui seja uma boa. – Lupin também falava em voz baixa.

- Sim. Sim, concordo. – Confirmou Tiago.

- Melhor não olharmos mais pra mesa dos professores, ou alguém pode perceber. – Sugeriu Pettigrew, mantendo o volume de voz dos outros.

Todos concordaram e voltaram as suas posições normais, continuando a comer normalmente o banquete.

Menos de uma hora depois, os cinco já estavam no Salão Comunal da Grifinória, tão ansiosos para conversar que mal tiveram tempo de saborear a sobremesa. Apenas outras três pessoas já estavam lá com eles, duas garotas e um garoto do Quinto Ano; todos se cumprimentaram com um educado "olá".

- Muito bem, agrupem as poltronas – disse Tiago apressado.

Lílian, Sirius, Remo, Pedro e o próprio Tiago agruparam poltronas em forma de círculo. Lupin tirou a varinha do bolso conjurou o feitiço Abaffiato ao redor deles, de forma que o som não passasse daquele perímetro e não pudesse chegar a ouvidos alheios. Aluado guardou a varinha novamente no bolso das vestes e disse:

- Muito bem, comecemos.

- O que perceberam do Dumbledore hoje no jantar? – Perguntou Pettigrew agitado.

- Ele estava reparando demais na gente – respondeu Lupin.

- Com certeza a briga de hoje chegou aos ouvidos dele. – Disse Lílian.

A Primeira Guerra Bruxa - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora