A Primeira Guerra Bruxa - Volume 1

Capítulo 26 - Caos

Imediatamente, Sirius e Tiago se encararam de olhos arregalados, sem conseguirem digerir o que tinham acabado de presenciar e ouvir. Dumbledore, por outro lado, se levantou da cadeira num salto e, diferente da expressão assustada que os garotos estampavam, seu rosto mantinha uma seriedade que nem Tiago e nem Sirius tinham visto até então.

- Senhores, sinto muito, mas vocês devem sair agora. Preciso reunir a Ordem e partir para o Ministério antes que seja tarde demais. – E, ao dizer isso, Dumbledore conjurou um Patrono corpóreo; uma majestosa fênix prateada que disparou pela janela, para fora da escola.

As mãos de Sirius e Tiago seguravam os braços das cadeiras enquanto eles se mantinham inclinados para trás com cara de espanto diante de tudo aquilo. Não que estivessem amedrontados, mas a surpresa era realmente assombrosa.

- Sim, senhor! – Disseram Tiago e Sirius, novamente em uníssono, antes de se levantarem apressadamente.

- Boa sorte, Professor! – Exclamou Tiago, preocupado.

Dumbledore sorriu bondosamente para o garoto.

- Obrigado – agradeceu o diretor, antes de pegar um punhado de Pó de Flu e jogar na lareira. – Agora vão! – Ordenou com urgência.

Tiago e Sirius se retiraram da sala e desceram aos pulos a escada em caracol do escritório, passando pela gárgula em seguida, ainda acelerados.

- Cara, o que acabou de acontecer?! – Exclamou Tiago, segurando os ombros de Sirius e encarando o amigo.

- "Acabou de acontecer" não! Está acontecendo ainda! Voldemort está atacando o Ministério e a Ordem está indo para lá! A guerra pode acabar hoje, Tiago! – Sirius sentia-se completamente elétrico.

- É... Com vitória para um lado ou para o outro, né? – Preocupou-se Tiago.

Sirius fitou o amigo em silêncio por alguns segundos.

- Vamos achar Lílian e os outros! Precisamos contar tudo para eles! Que horas são?

- Eu sei lá!

- São quase seis da tarde – respondeu a pintura de um homem, num quadro próximo aos dois, consultando um relógio de parede que também fora pintado.

- O N.I.E.M. de Estudo das Runas Antigas já terminou há muito tempo! – Exclamou Tiago.

- Eles podem estar na sala comunal. – Sugeriu Sirius.

- Pode ser. Mas deixei o mapa com o Lupin pra eles acharem a gente depois da prova.

- E por que diabos eles não vieram pra cá? Temos a sala do Dumbledore no mapa. – Sirius mantinha uma expressão confusa.

- Sei lá... Um Patrono falante agora cairia muito bem, né? Você viu aquilo?! – Tiago ainda parecia não acreditar.

- Vou pedir pro Dumbledore me ensinar a fazer isso quando entrarmos pra Ordem. – Falou Sirius em tom decidido.

- Seremos dois – disse Tiago, enquanto os dois caminhavam a passos largos em direção ao Salão Comunal da Grifinória.

Na metade do caminho, porém, Sirius e Tiago esbarraram justamente com Lílian, Remo e Pedro.

- Tiago! – Exclamou Lílian com a voz trêmula.

- Que houve?! – Tiago se assustou.

- Eles atacaram! Os sonserinos atacaram! – Contou Lupin, ofegante e em tom de urgência.

- O quê?! – Espantou-se Sirius. – Quem? Como? Onde?!

- Sirius, eles lançaram a Marca Negra sobre o local! – Falou Pedro com a voz esganiçada de pavor.