Bem no coração de Londres, em pleno início da hora do rush, o improvável acontecia: a Horse Guards Avenue estava tomada por Comensais da Morte e demais seguidores de Lorde Voldemort que, liderados pelo próprio, já haviam matado dezenas de turistas e londrinos que por ali transitavam pouco antes.
Os bruxos e bruxas com vestes pretas, capuzes da mesma cor, e máscaras de caveira, se encontravam parados de frente para a entrada de funcionários do Ministério da Magia – e já haviam destruído a cabine telefônica localizada na Great Scotland Yard, cujo acesso era tido como uma entrada de visitantes.
Voldemort parecia se divertir enquanto matava os confusos e aterrorizados inocentes que ainda tentavam fugir, desesperadamente, dele e de seu exército ensandecido.
- Matem todos – ordenou Lorde Voldemort, impiedoso, enquanto suas vítimas caíam aqui e acolá como bonecos de pano.
A chuva de feitiços e maldições, que pouco tempo antes fora concentrada na cabine telefônica, agora se espalhava por todos os lados, na direção das pessoas que corriam na ânsia de escapar do massacre brutal.
No subsolo, muito abaixo de onde se encontravam os bruxos das trevas, centenas de funcionários do Ministério da Magia, em pânico, não tinham por onde fugir. Sem poderem aparatar ou usar a Rede de Flu para saírem dali direto para suas casas, a única opção era se esconder pelo edifício e esperar pelo melhor. A onda de desespero dificultava o trabalho dos Aurores e seguranças que tentavam se organizar diante da ameaça iminente.
- Isso aqui tá uma loucura, precisamos liberar o átrio urgentemente – ponderou Alastor Moody, preocupado com a logística da batalha que estava prestes a ser iniciada.
- Por que não retiramos as magias protetoras por um tempo? Todos saem e a gente refaz tudo. – Sugeriu um segurança assustado.
- Não podemos fazer isso, Você-Sabe-Quem invadiria o Ministério no mesmo minuto, caso notasse. Precisamos é selar tudo ainda mais. – Disse Franco Longbottom.
- Temos é que tirar o Ministro daqui! – Bradou Liam Chapman, suando de nervoso.
- E o deixamos à própria sorte? Se Você-Sabe-Quem for atrás dele com todo esse exército, não adianta ele ter escolta de cinco ou dez Aurores. – Ponderou Alice Longbottom. – Temos que manter o Minchum aqui, porque aqui é onde estamos concentrados e com força máxima. É um risco? Sim. Mas lá fora ele vai estar muito mais vulnerável.
Um outro segurança levou a varinha ao pescoço e, usando o feitiço Sonorus para amplificar sua voz, instruiu:
- Todos devem retornar às suas salas e liberar este andar! Atenção: todos devem retornar imediatamente às suas salas! O átrio não é seguro! Liberem este andar e se abriguem em seus departamentos! O átrio não é seguro!
- Pro inferno isso! Eu quero sair daqui! – Protestou um funcionário, que não aparentava ter mais de trinta anos.
- Liberem a Rede de Flu, seus incompetentes! – Bradou uma outra funcionária; essa com cerca de cinquenta anos.
- Temos o direito de sair! Vocês não podem nos obrigar a ficar aqui dentro esperando por um massacre! – Exclamou mais um bruxo revoltado.
- Você quer sair?! – Rugiu Moody, impaciente. – Você quer mesmo sair?! – Repetiu o Auror, olhando fixamente para a última pessoa que havia gritado.
- Quero! – Respondeu o homem, não se deixando intimidar.
De supetão, Moody agarrou-o pela gola da camisa com uma das mãos e praticamente o arrastou até uma das lareiras do Ministério, largando-o em seguida e fazendo o homem cambalear.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Primeira Guerra Bruxa - Volume 1
Fiksi PenggemarQuando os feitos de Lorde Voldemort ganham notoriedade, o Mundo Bruxo se divide entre os que o abominam, os que se mantêm neutros e os que idolatram sua ideologia supremacista. O ódio e o terror se alastram pela Grã-Bretanha como Fogomaldito, vitima...