O mês de maio chegou e ligou um sinal de alerta para Alvo Dumbledore; mais de um mês havia se passado desde o último contato entre ele e seu espião infiltrado no seleto grupo de Comensais da Morte. E o diretor de Hogwarts sabia exatamente o que aquilo significava: o espião fora descoberto e morto.
Sozinho em sua sala e sentado na confortável e imponente cadeira de diretor, Dumbledore refletiu por longos minutos sobre a situação até concluir que uma nova reunião com os membros da Ordem da Fênix era mais que necessária: era também urgente, pois a morte de seu espião confirmava uma perigosa suspeita.
O diretor pegou a varinha que repousava sobre a mesa, mentalizou a mensagem que queria enviar e pensou em uma lembrança feliz, antes de ordenar com assombrosa simplicidade:
- Expecto Patronum!
Um forte brilho prateado irrompeu de sua varinha e se transformou numa fênix que, voando graciosamente, deu duas voltas inteiras pela sala do diretor.
- Vá – ordenou Dumbledore, fazendo mais um gesto com a varinha, dispensando o Patrono.
A fênix recém-conjurada voltou à forma de um brilhante fio prateado e atravessou a parede da sala como uma flecha, viajando para fora do castelo num piscar de olhos, com a garantia de que o aviso sobre a reunião logo chegaria para cada um dos integrantes da Ordem, com data, hora e local.
E no dia seguinte, à noite, lá estavam Franco e Alice Longbottom, Alastor Moody, Fábio e Gideão Prewett, Elifas Doge, Estúrgio Podmore, Dorcas Meadowes, Marlene McKinnon, Michael Fear, Emmelina Vance, Beijo Fenwick, Edgar Bones e Carátaco Dearborn, na provisória sede da Ordem da Fênix, não fazendo a menor ideia da pauta da reunião marcada por Dumbledore.
- Já matei quatro seguidores de Você-Sabe-Quem desde que o uso das Maldições Imperdoáveis foi liberado para os Aurores – comentou Alastor Moody para Dorcas Meadowes.
Ele sentado numa poltrona e ela na ponta de um sofá de três lugares, que era ocupado também por Gideão e Marlene McKinnon. Fábio, Estúrgio e Emmelina também participavam da conversa, mas de pé.
- Essa decisão já se provou ineficaz logo de cara – disse Fábio Prewett.
- Sério? Mas o Moody já matou quatro! Digo... São quatro Comensais a menos, não? – Indagou Estúrgio Podmore.
- Eu nunca disse que eram Comensais – rosnou Moody de mau humor.
- Mas você disse que...
- Eu disse que eles eram seguidores, não Comensais. – Interrompeu Moody, explicando melhor.
- Justamente por isso que é ineficaz. Não estamos chegando mais perto do círculo de confiança de Você-Sabe-Quem do que já estávamos antes. – Falou Fábio.
- Os seguidores de Você-Sabe-Quem, os peixes pequenos, estão cada vez mais fanáticos e perigosos. Essa lei autorizou os Aurores, mas os deixou mais neuróticos. Quando os abordamos, somos recebidos com agressividade total. – Completou Gideão, irmão de Fábio.
- Sim. O que antes dava para fazer com a autoridade do cargo, uma abordagem limpa e com ordem, agora é sempre uma zona. Eles pensam que vamos torturá-los, torturar as famílias... e aí partem para o máximo de agressividade que podem. – Disse Moody, dando um gole em seu cantil de whisky.
- Que horror... – Comentou Marlene.
- Estamos sendo mais atacados que antes, o que significa que estamos correndo mais risco ainda – contou Gideão.
- Por Merlin, eu não tinha pensado por esse lado – confessou Estúrgio, sentindo-se estúpido.
- Não precisa se martirizar, Estúrgio – disse Fábio.
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A Primeira Guerra Bruxa - Volume 1
FanfictionQuando os feitos de Lorde Voldemort ganham notoriedade, o Mundo Bruxo se divide entre os que o abominam, os que se mantêm neutros e os que idolatram sua ideologia supremacista. O ódio e o terror se alastram pela Grã-Bretanha como Fogomaldito, vitima...