Peter Brooks está no auge dos seus trinta anos, com uma vida profissional invejável, dinheiro de sobra e mulheres caindo aos seus pés não importa a direção que olhe.
Nenhum homem iria desejar mais que isso. Não é?
Ele achava que sim, até finalmente...
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Atualmente.
O telefone toca pela terceira vez, e eu me estico para alcançar o smartphone jogado no chão em cima da calça preta.
Samantha Fontaine. Droga.
— Oi, chefe — atendo a chamada.
— Acho bom estar a caminho, a reunião é em vinte minutos — apesar de ser uma mulher de estatura pequena, o tom frio que Sam usava na ligação era tão intimidador quanto ter um homem de três metros parado na minha frente com uma marreta.
— Claro, estou preso no trânsito, mas chego a tempo — minto.
Escuto o suspiro de Samantha do outro lado da linha.
— Tente não se atrasar muito — posso apostar que seus olhos estão revirando agora. — E quando mentir, invente uma desculpa melhor. Não tem nem barulho de carros, Peter.
Merda. Acabei de acordar, meu cérebro mau começou a funcionar.
— Desculpe, chefe — forço uma tosse para limpar a garganta. Bebi um pouco demais entre nove da noite e uma da manhã. — Preciso desligar para... Hum, sabe, não me atrasar —digo, e ela se despede desligando em seguida.
Saio da cama e caço as minhas peças de roupa espalhadas pelo quarto do motel. Me visto o mais rápido que posso, afinal, Fontaine pode até ser flexível com meu horário, mas não pega bem para o gerente geral, de todas as sete galerias, chegar atrasado nas reuniões.
Estou quase pronto quando a mulher deitada na cama boceja e se espreguiça.
— Bom dia, gato — o lenços cobre apenas um lado de seu corpo, um pedaço de sua barriga, coxa e um de seus seios fica a mostra, completamente desnudos. — Não vai nem perguntar meu nome?
Não lembro de tudo que ocorreu na noite passada depois do evento, a partir do momento que pisei na boate quase tudo se tornou um borrão.
De pé, terminando de abotoar a camisa, olho para a mulher genuinamente intrigado.
— Não me disse seu nome ontem? — se tivesse, não iria lembrar mesmo, só que era no mínimo estranho que ela tivesse dormido comigo sem ao menos dizer o nome. Já pulei muitas etapas por sexo. Não preciso saber sobre a família de ninguém, qual a cor favorita, os hobbies ou essas bobagens.
Contudo, nunca havia transado com alguém sem perguntar seu nome, ainda que não lembrasse depois.
A mulher se apoia em seus cotovelos, a pele bronzeada ficando ainda mais exposta com o movimento. Seu cabelo é vermelho, vivo como sangue, e curto, na altura dos ombros.
— Eu ia me apresentar, mas você me pediu para deixar que me chamasse por outro nome — diz. — E eu entrei na onda do fetiche, achei interessante.