Peter Brooks está no auge dos seus trinta anos, com uma vida profissional invejável, dinheiro de sobra e mulheres caindo aos seus pés não importa a direção que olhe.
Nenhum homem iria desejar mais que isso. Não é?
Ele achava que sim, até finalmente...
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Antes.
Beijei sua nuca, depois um pouco abaixo, e mais abaixo, enquanto afastava o cabelo de suas costas e segurava sua cintura conforme Rosemary folheava as páginas do livro Exercícios de jornalismo: 50 atividades didática.
— Está me distraindo — ela disse baixinho, balançando os pés sentada em meu colo. Era um dia adorável para ela estar usando saia xadrez e graças a isso desbloqueei um novo fetiche em minha cabeça.
— Você que está me distraindo — sussurrei beijando sua pele na direção de seu ombro. A área acadêmica da biblioteca ficava na parte mais interna do lugar, distante dos olhos e raramente visitada, o lugar perfeito para uma estudante tirar dez minutos para se manter atualizada na matéria e um bom homem se aproveitar disso.
Algo na maneira concentrada de Rosemary tinha esse efeito sobre mim, me despertava o pior e mais vulgar dos pensamentos. Seu foco era uma rocha, sólido e inquebrável, e ultimamente gastava meu tempo me desafiando a quebra-lo.
As vezes não funcionava, o que me deixava impressionado, mas quando funcionava era ainda melhor.
— Se pretende me atrapalhar, porque não faz algo do tipo ir pro seu trabalho, sabe, — me olhou de lado. — para trabalhar.
Ela estava certa, era o que eu deveria fazer, tinha tirado meu horário de almoço para perturba-la um pouco, mas agora já estava há tempo demais ali. Poderia ser o gerente, mas alguém precisava passar um bom exemplo e não usufruir totalmente dos benefícios de ser o chefe.
— Estou trabalhando — falei ao beijar seu pescoço. — Estou trabalhando aqui — beijei o ponto sensível próximo de sua orelha. — e aqui — mordi seu lóbulo e a vi fraquejar e amolecer. Isso, Rosemary.
Dar prazer pra uma mulher sempre foi uma experiência agradável, só que quando Rose sucumbia e se deixava levar era algo hipnotizante. Todas as vezes que atingi um ponto que ela não conseguia protestar mais, seus olhos se fecharam, sua boca se entreabriu e ela apenas se entregou e recebeu meus beijos e toques.
Contudo, não passamos disso, beijos e alguns toques, ainda que a cada dia as interações se tornassem mais intensas, sentia uma espécie de limite imposto. Não sei se por ela ou por mim. Ou por ambos
Não é que eu tinha medo de prosseguir, definitivamente medo era um sentimento inexistente quando a ouvia suspirar meu nome, todo meu corpo se resumia a uma coleção de vulcões prestes a implodir a cada arquejar da garota.
De uma forma estranha e incompreensível, lhe proporcionar prazer se tornou duas vezes melhor do que procurar o meu próprio; quando ela estava gostando, eu gostava duas vezes mais, parecia que seu corpo passava seu êxtase pro meu e isso, essa conexão, essa linha que trazia o prazer dela para mim, é o que me levava a hesitar.
Se tão pouco já me reduzia a um dependente, o que tudo faria comigo?