Peter Brooks está no auge dos seus trinta anos, com uma vida profissional invejável, dinheiro de sobra e mulheres caindo aos seus pés não importa a direção que olhe.
Nenhum homem iria desejar mais que isso. Não é?
Ele achava que sim, até finalmente...
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Só pensei em ter você nos meus sonhos As coisas que você diz me deixam fraco E esses seus olhos castanhos são tudo que eu preciso E você sussurra que eu sou tudo o que você vê
Notice Me - ROLE MODEL feat. Benee
Antes.
— Você chegou na hora — Reed Spencer, a artista que deu início a galeria com seus desenhos e pinturas sombrias, me parou no centro do estúdio, aonde iriamos expôr suas obras em cinco dias. — Mas está com a mesma roupa de ontem.
Tomo um gole do meu café.
Seus fios platinados lhe dão uma impressão de palidez maior. Ao longo dos anos, ouvimos muitas vezes que pareciamos irmãos, tanto por termos um tom de pele parecido, além de olhos cinzentos bem similares. E, de quebra, os mesmos maus hábitos.
— Não sabia que andava reparando tanto em mim — Ergui uma sobrancelha para ela. — Está de mau humor?
— Não — seu olhar perspicaz capturava algo. — Mas você está de ótimo humor — afirmou.
É, eu estava. Tomei outro gole do café, sentindo o conforto da bebida quente.
— Isso é algo ruim?
De todos os meus amigos, Reed era a mais propícia a descobrir o que andava acontecendo comigo. Adam e Greg eram meio lentos quando se tratava de segredos alheios, ambos só os sabiam quando eu os contava, contudo, Reed era mulher, só esse fato já a tornava imensamente mais astuta do que eles em diversos aspectos.
— Quando não sei o motivo da sua mudança de humor, sim — me avaliou, dando uma volta ao meu redor, suas botas se arrastando no chão. — Está tendo um sexo muito, muito bom com alguém — foi seu palpite.
Honestamente queria rir, porque sexo era a última coisa que tinha chance de me acontecer, e o mais próximo que cheguei de algo sexual com Rose foi dormir completamente vestido com ela, três vezes. Na verdade, nem havia sido sexual, embora o cheiro de sabonete no seu corpo fizesse o sangue em minha veia vibrar, assim como o aconchegar dela ao meu corpo.
Foi de longe a coisa mais difícil e, igualmente, mais fácil que já fiz, na primeira vez, e continuou assim naa vezes seguintes. Meu corpo berrava para abraça-la, para sentir cada polegada daquela pele majestosa, entretanto, nunca me senti tão satisfeito com apenas sentir o quadril de alguém contra meus dedos conforme a outra pessoa dormia pesadamente.
Na primeira vez que isso aconteceu, pensei que fosse morrer. Na segunda vez que isso aconteceu, também pensei que fosse morrer, só que de tesão. Na terceira vez que isso aconteceu, na noite passada, tive a certeza que não suportaria uma quarta.
— Um homem de boa índole jamais revela tais confidências — pus a mão no peito e seus olhos rolaram.
