CECÍLIA VALVERDEDe repente o clima mudou. O céu escureceu, e as nuvens ficaram carregadas. Um estalar de trovão fez o chão estremecer, e então, um relâmpago cortou a noite. A chuva caía de forma violeta lá fora. O que acabou, me impedindo de voltar para casa. Meu anfitrião ofereceu um dos quartos de hóspedes para poder dormir. Após acomodar minha filha na cama, e sem vontade nenhuma de deitar, segui pelo corredor. Enquanto andava, ouvi alguma coisa. Parecia muito com o som pesado, de uma respiração falha, bem como, um suave choramingo. O barulho vinha do quarto principal. Curiosa, bati na porta.
- Está aí? - perguntei, já abrindo a porta e entrando.
Vi Jhon Sanchez encolhido na cama, com os braços em volta das pernas dobras. Sua cabeça estava direcionada para a grande janela, que não estava coberta pela cortina, dando-lhe uma visão perfeita da tempestade. Todo seu corpo tremia.
Nunca pensei vê-lo assim.
- Jhon, está tudo bem? - Me aproximei, sentando-me ao seu lado.
Ele parecia fechado em si mesmo, desesperado para fugir de alguma coisa.
Sua expressão era de puro sofrimento e angustia.
- Ah, Jhon! - Murmurei, ao pousar a mão delicadamente em seu rosto. - O que houve?
Seu inconsciente estava tão vidrado na tormenta, que vez por outra, inundava o cômodo com luz, e tinidos, que parecia não me ouvir.
- Estou aqui! - Busquei acalma-lo.
Seus olhos desviaram do seu foco, e por fim, me encontraram.
- Odeio tempestades. Chuva, ou qualquer coisa que se assemelhe.
- Quer falar, ou ficar em silêncio?
- Você não consegue ficar em silêncio.
- Tem razão! Vamos falar. - Disse, abrindo um sorriso.
Senti seu corpo relaxar um pouco.
- Com a terapia, fui desbloqueando algumas memórias que tinha guardado só para mim. - Segurou minhas mãos, junto á ele. - Eu me lembrei que sempre que tinha uma chuvarada, minha mãe aproveitava os estrondos, para me bater. Meus choros eram abafados. Assim, nem os empregados, e nem meu pai, conseguiam ouvir. Ela chegou a quebrar meu braço uma vez. Mas, no final, acabava me convencendo que a culpa era minha. Então, eu assumia a culpa.Se os olhos realmente são as janelas da alma, algo havia se partido dentro de Jhon.
- A culpa nunca é da vítima. E você era só uma criança.
- Mas eu me sentia culpado, e ainda me sinto.
Agarrei firme seus ombros, fazendo-o me encarar.
- Não vou insistir em te convencer. - Garanti. - Só me diga o que quer que eu faça.
- Fica aqui comigo? - Sussurrou, intensificando o toque em minhas mãos.
Eu aceitei, e deixei que me puxasse para cima, de encontro a ele.
Seus braços me cercaram, e pude sentir seu coração batendo acelerado.
- Eu adoro seu perfume. - Disse, aleatoriamente.
- Jura?
- É floral, com um toque de lírios. - Acariciou meus cabelos. - De alguma forma, me relaxa.
- Posso te enviar um frasco.
- Não seria a mesma coisa. Ele só é tão bom, porque está em você.
Ergui a cabeça, o surpreendendo. Seus olhos me fitavam com ternura.
- Posso te beijar?Eu sabia que não deveria permitir. Uma coisa, era curtir um amasso, bem como, uma transa em um dos lugares mais românticos do mundo, e outra, muito diferente, era aproveitar de um momento de fragilidade para satisfazer uma vontade pessoal. Entretanto, saber e fazer, seguiam lados opostos. Sedenta, o puxei pela nuca, beijando-o. Então, tudo pareceu acontecer rápido demais. Os lábios dele estavam famintos. Havia uma certa necessidade em seus movimentos. Seus dedos trabalharam com agilidade para se desfazer do meu vestido. Senti o roçar da sua pele na minha, quando o tecido deslizou, tal como, o sutiã.
- Levante sua perna! - Ordenou com delicadeza.
- Odeio quando me dá ordem, Sanchez! - Reclamei, mesmo fazendo o que pediu.
Ele desceu minha calcinha, até retirá-la por completo, deixando-me completamente nua.
Ainda chovia forte lá fora, e seu corpo parecia sentir.
Afoita, me agarrei á ele, preenchendo o espaço do seu pavor.
- Acho que você esta, vestido demais.
- Devo concordar. - Relutante, saiu da cama e tirou sua roupa.
Seu corpo era perfeito. Não havia um único lugar que não houvesse músculos.
Sorri, fascinada.
- Vou encarar esse sorrisinho, como um elogio. - Atiçou-me, ao ficar por cima de mim.
Começamos um jogo de desejo e prazer. Enquanto seus dedos cariciavam minha entrada, e sua boca revezava entre, meus seios e meus lábios, eu o arranhei inteiro, apertando e pressionando sua bunda, redonda e sexy. A pressão, fazia seu membro resvalar o ponto que mais precisava dele. Ficando de joelhos, colocou uma camisinha. Segurei seu pau, revestido, com força, sentindo- o pulsar novamente, sobre meu toque.
- PUTA QUE PARIU! Isso é bom.
Um raio estourou, iluminando-nos.
Jhon, fechou os olhos, e começou a penetração, lentamente.
Segurei seu quadril, cariciando-o, mostrando assim, que estava com ele.
Então, encorajado, arremeteu para dentro de mim de uma vez.
Depois começou a entrar e sair, como se o mundo fosse acabar.
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APAIXONADO PELA MÃE
RomanceJhon Sanchez cresceu encarando o amor como algo perigoso. Devido á traumas de infância, ele nunca se permitiu amar plenamente outra pessoa. Com medo de ter herdado as obsessões da mãe, sempre preferiu fugir de qualquer sentimento que seu coração pud...