Grandes momentos

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JHON SANCHEZ


A equipe estava em clima de Karaokê. Comemorar aniversários dessa forma já se tornou um hábito. Cecilia parecia acostumar-se sem problemas, e todos a admiravam. Duas taças de espumante e bum. Ela subiu no palco. Não era nem a vez dela, mas ser bonita, com certeza abriu uma vantagem. Bastaram oito segundos e um sorriso, para convencer os, caras que eram os próximos da fila a desistirem e deixá-la cantar.

- Sua assistente é boa nisso. - Jason me diz, sentando-se ao meu lado com um copo de uísque.
Ele era o mensageiro, mas gente boa de todos. - Além de ser linda, é claro. - Elogiou encantado. Fiquei tenso por uma fração de segundo ao ouvi-lo.

Cecília realmente cantava bem. Ela escolheu uma música antiga dos Beats. O bar adorou sua atuação e, quando terminou, foi aplaudida de pé. Voltou para a mesa aos risos.

- Você foi incrível. A melhor, sem dúvidas. - Jason a enalteceu, descendo os olhos para o decote do seu vestido.
Dei um gole na minha bebida.
- Obrigada. - Sorriu empolgada, bebendo do seu copo. - Maravilhoso!
- A bebida, o palco, o seu amigo Jason? - Me vi perguntando, chamando atenção de ambos.
- Às três coisas. - Ela se recostou no assento com um sorrisinho. - Acho que a gente precisa de mais champanhe.
- Eu busco. - Ofereceu Jason, levantando-se.
Cecília se inclinou, e sussurrou no meu ouvido:
- Devemos fazer um dueto.
A encarei com as sobrancelhas arqueadas.
- EU? Cantando?
- Se você falar que não gosta de cantar, eu juro que vou te estrangular com o fio do microfone.
Gargalho com seu comentário.
- Nunca cantei em público.
- Sempre tem uma primeira vez.  - Fez  biquinho, fazendo-me ceder.
- Meus funcionários vão falar disso para sempre, mas vamos lá.

Cecília bateu palmas animadamente. Sua certeza em que conseguiria furar a fila novamente, se revelou certeira, quando o fez. Instantes depois, estava eu, com um microfone na mão, cantando, You're The One That I Want, do filme Grease. A plateia pareceu gostar da apresentação.

Percebo uma boa quantidade de olhares interessados da parte feminina.
Quando a música acabou, descemos do palco com os dedos entrelaçados, e só ao chegar na mesa, é que nos desvencilhamos.

- Arrasamos! - Estendeu a mão para mim - Toca aqui.
Bato na sua mão, reforçando sua opinião, que por incrível que pareça, também era a minha.
- Só você para me convencer a fazer isso.
- Relaxa, homem! Você precisa se soltar com mais frequência. - Sorriu genuinamente.   - Assim como eu - Segurando-me pelo braço, me puxou na direção de uma das saídas de emergência. A noite estava quente.
- O que estamos fazendo aqui?
- Nos libertando.
Ao dizer tais palavras, do nada, ela me empurrou contra a parede externa do bar, dando-me um beijo bem caprichado.
A reação foi imediata. Sua língua se enrolou na minha e suas mãos deslizaram pelas minhas costas, cravando as unhas na pele por baixo da camisa. Mordi seus lábios , e ela soltou um grunhido sexy.

- Então é assim que você se liberta? - Comento, dando um passo atrás e lançando um olhar curioso em sua direção.
- Gostou? - Perguntou, mordendo meu pescoço.
- É uma jeito bem... - Cecília respirou fundo, quando minhas mãos encontraram seus peitos. - Pervertido.

A adrenalina geral da situação, me fazia entrar em êxtase. A noite estava sendo muito diferente do que imaginei que seria. De uma forma incomum, eu estava fora do eixo.

Ver Cecília se deliciando com meus toques, me excitou de uma jeito, perturbador.

- Deveria fazer isso com a Ester. - Interrompeu o clima, aconselhando-me.
Ao abrir os olhos lentamente, me encarou.
Ofegante, afastei meus lábios do vão dos seus seios.
- O que disse?
- Deve se libertar, e fazer o que tem vontade.
- Vamos ver se eu entendi. - Dou um beijinho estalado no seu ombro nu. - Enquanto estamos nos pegando, você esta pensando em mim, pegando a Ester?
Cecília abriu um sorriso malicioso.

APAIXONADO PELA MÃEOnde histórias criam vida. Descubra agora