APAIXONADO PELA MÃE

Ponto final

CECÍLIA VALVERDE

Eu me encontrava nua, deitada de bruços e ele, meu namorado, alisava minhas costas. Jhon amava beijar as sardas espalhadas por ali, sempre que tinha chance, assim, como a cicatriz do quadril, deixando-me á vontade. O último mês, havia sido intenso. Desde que assumimos nossos sentimentos, vivíamos como se o amanhã não existisse. Valentina estava assim como nós, muito feliz com a situação, ela adorava Jhon, que por sua vez, a mimava demais. Além de me convencer a deixá-la fazer balé, de ter lhe dado um quarto de princesa, contratado, com a ajuda de Rosa, uma babá, ele também lhe ofereceu o posto de melhor amiga. A relação dos dois, cada dia ficava mais forte. Eu particularmente estava adorando aquilo. Sempre quis que minha filha fosse amada. Sobre Ferit, a última notícia que tivemos era de que um mandato, pedindo sua prisão havia sido emitida.

- Pensando?
- Estava lembrando de tudo. Inclusive do Ferit.- Sua mão deixou minhas costas.
- Acabamos de fazer amor, e você lembra do seu ex? - Levantou, e colocou vinho na taça.
- Sei que não gosta que eu pense nele, ou no que vivi com ele. Assim como você, não o quero rodeando nossas vidas. Mas, fico com medo.

Levantei e fui até ele. Beijei seu peito, apertando-o contra mim. Amava demais Jhon, e tinha medo de perder tudo que estávamos construindo juntos.

- Ele nunca foi páreo para mim. É questão de tempo, para aquele embuste estar preso. Confia em mim.
- Eu confio. - O beijei e fui correspondida.

A sua taça foi esquecida na mesa de cabeceira, e ele me levantou em seus braços, colocando-me de frente ao espelho. Jhon segurou um dos meus seios, com o olhar focado no meu. Em seguida, massageou e fiquei molhada com aquela cena, meu corpo entrou em ebulição. Seu membro duríssimo em minha bunda, me fez arrepiar. Ele desceu os lábios pelo meu corpo, até estar com o rosto no meu quadril. Jhon abriu minhas nádegas deixando meu traseiro empinado para receber sua boca e língua.

Foi incrível tudo que sucedeu depois. Quando estava voltando do abismo do orgasmo, ele levantou e me penetrou por trás, e vi tudo pelo espelho, seu olhar de luxúria, e como ele era lindo ao chegar no clímax.

- Só eu, e nossa família, deve estar em seus pensamentos. Estamos entendidos?
Só tive forças para concordar, com um aceno de cabeça.

(...)

No escritório estava tudo caminhando bem. Eu seguia fazendo o meu trabalho, e Jhon, vencendo um caso atrás do outro. Seu pai Eduardo, e sua irmã Lia, estavam muito orgulhosos, por isso deram a ele o domínio total da matriz, bem como, de todos os outros escritórios. O casal, apenas faria parte de casos mais complexos. Agora que eram avós, estavam mais empenhados em participar da vida dos netos, bem como, em causas sociais, influenciados pela filha, Fernanda, que agora, era diretora de uma instituição para crianças órfãs.

- Me diz que não tenho mais nenhuma reunião.
- Posso até dizer, amor. Ou, contar a verdade e te desapontar. Qual prefere? - O encarei com um sorrisinho irônico.
Ele revirou os olhos.
- Mente, por favor!
Ri baixinho, me sentando, em seu colo.
- Só tem mais uma reunião, e depois, pronto!
- Não vejo a hora de chegar em casa, comer alguma coisa, e ver um filme com as minhas meninas.
O jeito que ele falava da gente, aquecia meu coração.
Acariciei seu rosto, memorizando cada detalhe.
- A Valentina já escolheu um filme.
- Que deus nos ajuda. - Brincou, ao fazer carinho nas minhas coxas.
- Posso ficar com ela, para você descansar.
- De jeito nenhum. Estar com ela, e com você - Beijou o topo da minha cabeça. - É o que me faz relaxar.
- Bom, como quiser. Vou terminar de arquivar uns papéis. - Me levantei
- Claro, docinho, faça seu trabalho.
Girei sobre o calcanhar.
- Docinho? Jura?
Jhon riu alto.
- Me desculpa! Eu sei que esse é péssimo, mais foi o primeiro que surgiu na minha mente hoje.
- Realmente, você anda cansado. - Resmunguei ao sair.