19.

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Ponto de Vista: Robin.

Saímos do quarto de Bruce e descemos as
escadas, podíamos ouvir cochichos, eram seus pais. Assim que passamos pela sala, a Sra. Yamada parou [y/n].

- Ei, será que podemos conversar? - direcionou seu olhar pra mim. - a sós.
- Podemos conversar, mas tudo que disser, será dito da frente do Robin. - [y/n] estava brava e eu estava desconfortável.
- Tudo bem. - seu pai apareceu outra vez. - Queremos que repense sobre o futuro que pode ter ao lado desse garoto. - cruzou seus braços e me olhava com raiva.
- De novo isso? Será que pod... - ela foi interrompida.
- Acho que já chega, não é? Isso passou dos limites, pai! - Bruce descia as escadas. - Seu preconceito e você já estão insuportáveis!
- Bruce, o que pensa que está dizendo? - sua mãe se mete.
- Você deixa que ele faça isso, você também é cúmplice, é outra preconceituosa! - já estava do meu lado. - Como conseguem agir assim? Ainda mais com alguém que salvou a vida da filha de vocês. Não o conhecem, não sabem como é incrível com [y/n]. Podem ter certeza que ela terá uma vida muito feliz ao lado dele e ainda mais feliz se vocês não estiverem por perto. - ele estava saindo pela porta.
- Você não pode falar isso e virar as costas pro seu pai! - seu pai retrucou.
- Você não é meu pai! Depois que eu perdi meu primeiro campeonato de beisebol, você passou a me desprezar, como se eu tivesse que ser o melhor mesmo tendo acabado de começar, chegou a dizer que eu era uma decepção! Eu era a porra de uma criança. - Bruce tinha lágrimas nos olhos. - Vamos. - puxou [y/n] e ela puxou minha mão.

Saímos e andamos em silêncio, os Yamada estavam quietos? Realmente estavam muito abalados e tinha algo errado.

- Bem, onde vamos? - Bruce quebrou o silêncio.
- Podemos ir ver Finn e Gwenny. - [y/n] da a sugestão.
- Certo, mas podemos passar na Casa Dos Sorvetes antes? Faz algum tempo que não vamos lá. - perguntei.
- Meu Deus, verdade! Saudade do sorvete de lá, quando foi a última vez que fomos lá? - ela diz me dando a mão.
- Não faço ideia, mas sei que faz bastante tempo.
- Tudo bem, é pra lá que nós vamos. - Bruce disse pondo as mãos atrás da cabeça, relaxando.

Fomos até a sorveteria e Bruce foi comprar nossos sorvetes, enquanto eu e [y/n] esperávamos na parte de fora do estabelecimento. Ela me encarava de forma estranha... como se quisesse contar algo.

- Me desculpe. - ela disse com tristeza.
- Desculpar pelo o que, gatita? - segurei suas mãos e aproximei nossos corpos.
- Meus pais. - ela me abraçou, mas nossas mãos estavam entrelaçadas em suas costas.
- Você não tem culpa. - meu queixo estava apoiado no topo da sua cabeça. - Ouviu? - saindo da minha posição e a encarei.
- Eu sei, mas mesmo assim. Ainda são os meus pais, me desculpe por você ter ouvido. - apoiou-se no meu peito.
- Você me defendeu, então está tudo bem, não é?
- Você teria feito a mesma coisa comigo, e eu não podia deixar que eles falassem aquelas coisas sobre você. Bruce concorda comigo, você viu. - seu tom era triste.
- Verdade, né? - sorri pensando no fato de que Bruce também havia me defendido, sendo que até mesmo a forma que me chama é um insulto... "inseto".
- Verdade. - ela soltou uma risadinha.
- Será que podem parar? - disse Bruce saindo da sorveteria.
- Parar com o que, seu chato? - [y/n] dizia bufando.
- Com isso, ué! - apontou pra nós.
- Ainda não entendi. - eu falei.
- Soltem-se. - dizia separando nosso abraço e entregando nossos sorvetes.
- Ah, cala a boca. - ela disse saindo de perto. - Pelo menos, eu e Arellano temos decência!
- O que eu faço com ela? - ele perguntou, pondo a mão no rosto.
- Não discorde. - falei pra ele enquanto segui-a.
- Então esse é seu segredo?
- Sim, funciona. Agora vamos rápido antes que ela suma de vista.

Nós alçamos o tisco de gente e ela ficou no nosso meio, entrelaçou um braço com Bruce e o outro comigo, como se fôssemos seus guarda-costas. Nós apenas nos encaramos com um olhar, do tipo que dizia "então ok". Seguimos rumo à casa dos Blake.
Bati na porta e quem atendeu foi Gwen, mas parecia atordoada, até ver [y/n] e deu um sorriso largo.

Você é Insuportável! || ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora