11.

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- Lizzy? Não acredito! O que faz aqui? - ele retribui o abraço da garota.
- Tio Joey me chamou pra passar alguns dias aqui, meu Deus, você está enorme! Que saudade! - ela o abraçou mais forte. Ele riu sem graça, mas não saiu de seu abraço.

Entrei e fui fazer companhia para o tio Joey, ele estava no jardim cuidando de suas plantinhas, ele tinha lindas rosas brancas.

- Oi tio Joey! Quer ajuda? - falei parada na porta que dava acesso ao jardim.
- Oi pimpolha, quero, sim. Pode pegar o regador para mim? Está no balcão da cozinha, no cantinho. - falava enquanto podava alguns arbustos.
Fiz concordância com a cabeça e entrei, passei pela porta e aquela garota ainda estava lá, falava empolgação e fazia gestos com a mão, Robin a ouvia como se nem tivesse reação. Passei direto pela porta, peguei o regador no balcão da cozinha e voltei, Robin me viu passando de volta para o jardim e veio atrás.

- Espere um momento, ok? - deixou a garota na porta. - Yamada!
Eu já estava no quintal com tio Joey, com regador que estava cheio de água em mãos.
- Onde deixo? - perguntei.
- Querida, será que você pode regar aquelas flores menores ali? Obrigado. - apontou com a tesoura que estava na mão.
- Claro! - disse indo na direção das flores.
- Yamada, está surda? - Arellano dizia com as mãos na cintura, parado na varanda.
- Não, só estava ocupada, assim como você. O que precisa?
- Venha comigo. - cruzou os braços. - Por favor?
- Só me deixe terminar de regar essas flores, são as últimas. - meu tom era sério.

Terminei e fui em sua direção, ele pegou minha mão e me levou até a sala. A garota de cabelo preto estava sentada no sofá, arrumou sua postura assim que viu Robin.

- [y/n], está é a Lizzy, ela é uma outra sobrinha do tio Joey, fomos criados juntos.
Lizzy, está é [y/n], ela é minha... - não sabia como se referir à mim.
- Namorada. Sou a namorada do Robin, muito prazer. - estendi minha mão para um aperto, com um sorriso sem mostrar os dentes. Eu estava na defensiva.
- Ah sim... Oi, o prazer é meu. - ela apertou minha mão, sua feição era de desconforto. Robin estava vermelho, talvez por conta de eu ter dito que sou sua namorada.
- Temos coisas a fazer, não é, Yamada? Vamos. - pegou minha mão e fomos para o quarto. - Então você é minha namorada? - disse se aproximando.
- Não enche, Arellano. - bufei.
- O que foi? Isto é ciúmes, gatita? - pôs as mãos no meu rosto. - Tenho olhos apenas para você, mi amor. - me fez encarar seus olhos.
- Pare de me bajular, eu não estou com ciúmes! - tirei suas mãos do meu rosto.
- Tudo bem, tudo bem! - ele agora estava revirando minha mochila.
- O que está procurando? - perguntei.
- Sua bandana. - pondo todas as minhas roupas pra fora da mochila.
- Ei! Pare de bagunçar minha mochila! Ela não está aí.
- Então onde está?
- No meu... - a última palavra foi dita tão baixa que não o rapaz pôde ouvir.
- No seu o que?
- No meu... sutiã. - resmungou a última palavra. - Pra que você quer isso? - tentou mudar de assunto.
- Você verá, me dê aqui. - estendeu a mão. A garota se vira de costas para o rapaz.
- Aqui. - entregou na sua mão, com vergonha.
- Pois bem, estenda a mão. - estava sério, mas ainda corado.
- Tá bom, mandão! - estava confusa, Robin tirou a bandana que estava usando e amarrou no meu pulso.
- Amarra aqui pra mim? - me entregou minha bandana, e deu-me sua mão. Apenas o fiz, sem questionar, estava achando aquilo muito fofo, apesar de estar meio brava por ele ter deixado-a abraçá-lo daquele jeito. Não me julgue, deveria ter visto sua expressão enquanto abraçava Robin. Enquanto amarrava a bandana no seu pulso, Lizzy entra no quarto.

- Estou atrapalhando?
- Não. - respondi friamente.
- O que foi, Lizzy? - Robin perguntou.
- Tio Joey está disse que é para andarem logo, vão perder o horário do filme. - pude reparar que seu decote estava mais amostra do que quando estávamos na sala.
- Tudo bem, já estamos indo. - Arellano reparou que eu estava incomodada.
- Ok. Bonita bandana, gatinho. - fechou a porta.
- Sério isso? - me sentei na cama.
- Acalma-se, já vamos nos livrar dela. Escolha algo que combine com a bandana. - disse apontando para seu guarda-roupas.
- Qualquer coisa?
- Qualquer coisa!

Você é Insuportável! || ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora