25.

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Fui pra casa depois daquilo, de certa forma, eu estava feliz. Arellano disse que pertencia à mim, eu ficava com borboletas no estômago só de lembrar dessas palavras saindo da sua boca, as borboletas ficavam ainda mais agitadas quando lembrava do nossos beijo, enquanto estávamos abraçados. Infelizmente, as borboletas morreram quando cheguei em casa, adivinhe? Walker estava lá, não apenas ele, mas também, Chloe e Steve. Estavam sentados na sala, assistindo alguma coisa junto com Bruce, todos com cara emburrada. Bruce me viu e veio ver se eu estava bem.

- Oh meu bem, você está melhor? - eu ainda estava parada na porta, não queria olhar na cara daquele garoto, Bruce me abraçou forte.
- Estou, sim. Obrigada por ter me defendido, mas era o papai, nós sabíamos que não iria adiantar, não é? - falei enquanto ele me prensava com seu abraço.
- É, mas não custava nada ter tentado. - Bruce olhou pro sofá e encarou Walker e Chloe. - Não gosto nadinha deles. Não confie neles. - sussurrou enquanto voltava a me abraçar. - Inclusive, fiquei sabendo do que aconteceu, sinto muito por isso, mini. ("mini" de "minha mini versão").
- Está tudo bem, Bruce. Está tudo... Resolvido. - sentia um vazio, mas dei um sorriso pra tentar mostrar que estava tudo bem, mas tenho certeza que isso não funciona com meu irmão mais velho. Bruce sabia me ler de um jeito sinistro.
- Eles irão dormir aqui essa noite. - meu pai saia da cozinha secando as mãos em um pano de prato. Minha expressão era nítida, não tinha gostado nadinha disso e Bruce muito menos.
- Steve, você também vai dormir aqui? - perguntei enquanto Bruce desfazia nosso abraço.
- Vou, sim. - ele se levantou e andou até nós. - Me desculpe, não sabia que Chloe e Walker dariam tanto problema. - me abraçou também. - Mas você fez um ótimo trabalho, agora a cara dele me parece certa. - disse em um sussurro, seguido de uma risada.
- Ei, não incentive-a! - Bruce deu um soquinho no ombro de Steve.
- Quer mesmo falar sobre incentivar, Bruce? - disse implicando com ele.
- Fique quieta, não sabe de nada. - pôs o dedo na minha cara.
- Ei, ei! Tire a mãozinha! - Steve me "escondeu" no abraço.

Só dei risada, era engraçado quando estavam juntos, ou estavam brigando ou fazendo piadas e rindo feito doidos. Isso quando eles não estavam implicando comigo. Uma vez, quando eu ainda estava no jardim de infância, eu tinha 4 anos e eles tinham 7, alguns garotos da minha turma estavam me xingando e as garotas estavam rindo da situação. Steve viu e veio me defender, ele era bem "respeitado" já que era mais velho. Depois Bruce apareceu e os dois viraram amigos, inclusive, eles me ajudaram a lavar meus machucados, tenho cicatrizes dos arranhões até hoje.

Desde esse dia, eles nunca mais se separaram, jogam no mesmo time de beisebol e sempre treinam juntos, Steve sempre vem nos visitar nos feriados, pois sabia que sempre fomos eu e ele. Ele sempre diz... "Não significa que não somos irmãos só porque não temos o mesmo sangue." e eu amo isso, eu amo meus irmãos mais velhos!

- Certo, certo. Controlem-se. - eu disse em meio às risadas. Os garotos retribuíram o sorriso e mostraram a língua um pro outro, implicando. - Parecem duas crianças.
- E daí? - Bruce.
- Você vai ver "e daí", seu insupor... - fui interrompida.
- Oi gatinha. - Walker disse se aproximando.
- Não me chame de gatinha! - falei incomodada com intimidade que eu não tinha concedido.
- Não chame-a de gatinha! -Bruce disse ainda mais incomodado que eu.
- Walker, você não tem esse tipo de intimidade com [y/n]. Chame-a pelo seu nome, ouviu? Ela não gosta desses apelidos. Não vindo de alguém sem intimidade, ainda mais quando esse alguém é você! - Steve tinha mudado drasticamente sua expressão, estava sério. Mesmo que Walker e Chloe fossem "amigos", Steve não o suportava.

- Que isso, Wilson. Apenas quis parecer legal. - Jackson dizia dando um sorriso cínico.
- Tente ser legal de outra forma. - Bruce ficou realmente ofendido.

Ficamos em um clima estranho pelo resto da noite, durante o jantar, meus pais mandaram Walker sentar do meu lado, fiquei desconfortável com aquele garoto do meu lado. Durante todo o jantar, sentia seu olhar sobre mim, mas não era um olhar como o do Robin, um olhar carinhoso, o olhar de Walker era maldoso. Podia sentir.
Como se não bastasse ficar me encarando, de vez em quando, ele aproximava sua cadeira da minha, inclusive, em uma dessas vezes, encostou sua perna na minha, mas eu me distanciei antes que pudesse fazer algo mais.

Você é Insuportável! || ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora