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--- Eu não acredito que um ser humano tão pequeninho como você consegue sujar tanta fralda mine Romanoff.--- Murmura fechando a fralda a bebê que movia as perninhas resmungando.--- Você resmunga tanto, até nisso parece a sua mamãe.

--- Eu aposto que quando essa menina aprender a falar a primeira coisa que ela vai fazer é te mandar  calar a boca.

--- E eu achando que ia passar o resto do dia sem te ver.--- Murmura vendo Yelena entrar no quarto enquanto termina de vestir Scarlett.--- O que você quer?

--- Minha irmã...--- Se aproxima da cama olhando ao redor.--- Cadê ela?

--- Tomando banho.--- Responde revirando os olhos assim que a loira se senta na cama sorrindo.--- Ou dormindo na banheira, pode escolher uma das opções.

--- E de lá da pra escutar uma conversa aqui?--- Pergunta fazendo a mais velha arquear a sombrancelha.

--- O que você quer?

--- Conversar.--- Sorri vendo-a bufar se levantando.--- Na sala?

--- É, já que você não quer que ela escute é melhor garantir.--- Pega a bebê de cima da cama suspirando.--- Quer segurar ela?

--- Quando ela aprender a andar sozinha eu pego.--- Dá de ombros a seguindo para fora do quarto.--- Se eu derrubar isso no chão a Natasha nunca mais olha na minha cara.

--- Se você derrubasse ela no chão a Natasha não teria que olhar na sua cara, porque eu ia te matar.

--- Já que você falou nessa coisa de matar.--- Murmura assim que chegam a sala.--- É sobre isso que eu quero falar com você.

--- Sobre eu te matar?--- Se vira olhando para a mais nova que se senta no sofá balançando a cabeça.--- Sobre você me matar?

--- Exatamente.--- Franze a testa vendo-a andar pela sala.--- Eu nem falei nada ainda sua doida, já tá estressada?

--- A Scarlett gosta quando a gente anda.--- Olha para a bebê sorrindo.--- Você vai me fazer de gato e sapato, né?

--- Vai? No futuro?--- Ri apoiando a cabeça no sofá.--- Se com ela desse tamanho você é trouxa desse jeito, imagine quando crescer.

--- O que você quer garota?--- Se senta no sofá o mais longe possível da cunhada.--- Daqui a pouco a Natasha sai do banho.

--- Tá, bom, nós não temos pais.--- Puxa as pernas para cima do sofá olhando para Wanda que assente.--- Se tivéssemos um pai ele te ameaçaria com uma arma, e como não tempos, então eu deveria fazer...

--- Você tem uma arma aí?--- Arregala os olhos apertando a bebê em seus braços.

--- Não, mas se você maltratar a minha irmã eu vou arrumar uma.--- Responde com um sorriso.--- Vocês vão casar semana que vem e a minha irmã já sofreu demais.

--- Eu sei que ela sofreu, a primeira vez que eu vi ela foi em um banheiro desmaiada, grávida de um bebê que ela não queria.--- Bufa balançando a cabeça.--- Se essa é a sua preocupação, eu prefiro morrer a ver a Natasha sofrendo.

--- Acho bom.--- Cruza os braços pensativa.--- Você é fotógrafa e lésbica, se fizer a minha irmã chorar você vai perder seus instrumentos de trabalho em casa, e no trabalho.

--- Eu entendi o seu raciocínio.--- Olha para a cunhada contendo um sorriso.--- Que bom que ela tem você, mas pode baixar a guarda agora cunhadinha. Eu vou cuidar dela direitinho.

--- Hum...--- Morde o lábio a olhando com cuidado.--- Tá bom.

--- Você é maluca, sabia?

--- Sabia.

(...)

--- Por mais que eu não goste de da insuportável da sua noiva, eu prefiro mil vezes esse do que o seu último casamento.

--- Isso que existe entre vocês duas é amor encubado.--- Murmura sentindo a irmã passar uma escova por seus cabelos.--- Você vai transformar meu cabelo em um ninho de ratos.

--- Não vou nada.--- Responde ouvindo a risada de Natasha.--- Eu me lembro muito bem que no orfanato você fazia tranças no meu cabelo, e depois eu fazia nós seus.

--- É, eu lembro.--- Sussurra olhando para Scarlett no bebê conforto ao seu lado.--- Mal posso esperar pra ela ter cabelo suficiente pra fazer penteados.

--- É...--- Pega uma mecha ruiva entre os dedos sorrindo.--- Voltando ao assunto da sua noiva maluca, ela te ama de verdade.

--- Eu sei... Aí Yelena.--- Resmunga sentindo-a puxar seu cabelo.

--- Você já passou por coisa pior mulher, relaxa.--- Ri ouvindo a irmã bufar.--- Voltando ao assunto da maluca Maximoff.... Ela é tão maluca que a loucura dela chegou até a bebê, hoje mais cedo ela ficou duas horas parada, em pé, pra criança não chorar.

--- É verdade.--- Umedece os lábios enquanto Yelena se afasta sentando ao seu lado.--- Ela é um amor. Já acabou.

--- Já...--- Passa a mão na cabeça de Natasha que revira os olhos.--- Ela é doida.

--- Ela é uma doida adorável.--- Pega a mão da mais nova pensando.--- Quando acabar a pandemia você vai fazer o que?

--- Vou usar dos seus recursos de rica e vou viajar.--- Responde fazendo-a rir.--- Desde que você colocou essa coisinha mole pra fora do seu corpo a maluca fica colocando uma música de sarafi na África, eu quero ir lá.

--- Coisa mole.--- Sussurra balançando a cabeça.--- Você faz parecer que ela é gelatina.

--- Ela parece.

--- Talvez a gente possa viajar juntas.--- Olha para a irmã que franze a testa.

--- E a bolinha?--- Pergunta confusa olhando para a bebê.--- Eu não vou viajar com um bebê chorando no pé do meu ouvido.

--- Bom, primeiramente ela vai crescer.--- Responde vendo-a assentir cruzando os braços.--- E a Wanda muito bem cuidando dela sozinha por alguns dias, uma semana no máximo.

--- Verdade, e se você pedir pra ela pular de uma ponte ela pula.

--- Não exagera...--- Murmura se virando para Scarlett que havia acordado e estava resmungando.

--- Não tô exagerando.--- Morde o lábio vendo-a pegar a criança no colo.--- Quanto tempo até ela começar a andar?

--- Os bebês do orfanato começavam com uns nove meses.--- Sorri vendo o olhar da mais nova.--- Pega ela.

--- Eu não...--- Levanta se afastando.

--- Você pode pegar ela sentada onde você tava ou aí onde você.

--- Você é muito manipuladora.--- Volta a se sentar estendendo as mãos.--- Tá, dá aqui.

--- Você vai pegar uma bola?--- Pergunta  pegando o braço da irmã e colocando a bebê em seu colo.--- Pronto, tá segurando a bebê, muito bem.

--- Muito bem até ela cair no chão e você começar a odiar.--- Bufa olhando para a bebê.--- Olha, ela parece com você.

--- É, parece.

--- Graças a Deus.

PandemiaOnde histórias criam vida. Descubra agora