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(Flashback on)
Chego em casa, olho no relógio e ainda é 5:30h da manhã, Cheryl deve estar dormindo certo? Assim que chego na sala, olho Cheryl toda torta no sofá dormindo, ela provavelmente estava me esperando, Eu sou um monstro! Sinto minha visão ficar embaçada por conta das lágrimas, respiro fundo e subo até nosso quarto, na verdade meu futuro antigo quarto, deixo escapar uma risada irónica, retiro minhas roupas e ligo o chuveiro, preciso tentar me limpar. Esfrego cada parte do meu corpo tentando me sentir menos suja, mas é como se quanto mais eu me limpasse mais suja eu ficava e as lembranças da noite passada começam a surgir, lágrimas começam a descer novamente.
-Burra! -Bato na minha propria cabeça. - Estúpida!
-Toni? -Escuto a voz de Cheryl atrás de mim, mas não tenho coragem de olha-la. -Eu fiquei preocupada. -Sussurra.
-Hum... - Respiro fundo, tentando me recompor.
-Por favor meu amor, não seja fria.
-Cheryl... -Tento fazer minha melhor voz. -Me deixe sozinha, por favor.
-Claro. - Sinto mágoa em sua voz. -Toni? -Ela me chama antes de ir, faço um som nasal para que ela continue. -Não esqueça que eu te amo. -E me deixa sozinha.
- E eu não te mereço... -Sussurro e começo a chorar sem controle.
Assim que saio do banho entro, pego a primeira blusa mais folgada que encontro, seco meus cabelos e me fogo na cama. Cheryl não esta, ela provavelmente foi para um dos quartos de hóspedes, Tento me acalmar, mas assim que olho para a blusa que coloquei começo a chorar de novo, é uma das blusas dela. E assim foi o resto da manhã chorando até que o cansaço ganhou e me fez pegar no sono.
(Flashback off)
Dias atuais...
Continuo na sala da Betty, as lembranças do passado voltaram com mais dor ainda, não consigo segurar as lágrimas, sento no sofá abraço meu próprio corpo em forma de desespero.
-Toni? -Olho e Cheryl entra na sala com um sanduíche e um copo de suco, um em cada mão e fecha a porta com o pé, mas assim que me vê ela os coloca na mesa e se senta ao meu lado. - O que aconteceu? -Pergunta preocupada, mas desvio meu olhar. -Toni olha para mim. -Ela me chama, mas não tenho coragem de olha-la, não depois do que eu fiz. -Se acalma, eu trouxe comida para você.
-Eu não te mereço. - Falo tentando parar de chorar.
-Toni o que houve? - Cheryl fala me abraçando. - Você está me preocupando.
-EU TE TRAI! - Ela para antes de abrir a porta. -Eu te trai... - Sussurro enquanto ela continua de costas. - Aquele dia que eu senti ciúmes da heather, eu parei em um bar...o mais longe possível... - Fico de pé. -Eu bebi e bebi, apareceu um cara e ficamos bebendo juntos, até que no outro dia eu acordei completamente nua ao lado dele. No começo eu não lembrava do que aconteceu, mas flashes começaram a clarear minha mente. -Falo tudo sem parar de chorar. -Então...
-Então...? -Cheryl se vira e me encara, e a única coisa que vejo em seus olhos é decepção e tristeza.
-Então eu descobri que estava grávida.
-Toni... - Sua voz é puro desespero.
-No começo eu tinha esperanças que o filho fosse seu... -Tomo fôlego. -Mas assim que o Benjamin nasceu, pedi pra Verônica fazer um teste de DNA ....
- E O QUE TONI? FALA! - Ela grita.
-E deu negativo... Benjamin não é seu filho. - Falo desviando do seu olhar. -Me desculpa...
-Benjamin não é meu filho? -Ela me interrompe, nego com a cabeça. -Eu não sou a super mama?... Sussurra. -Ele não é meu super filho?... -Sussurra novamente. Ela me lança um olhar qual nunca havia me lançado antes, de pura frieza. -Então a Verônica sabia? - Confirmo com a cabeça. -A quanto tempo?
-Não importa...
-A QUANTO TEMPO TONI?
-Desde o começo.
-Betty? - Ela pergunta serrando os punhos.
-Ela não sabia.
-Como pode Toni?
-Me desculpa.
-Como pode jogar nosso casamento fora por estar bêbada e com raiva. -Ela ri ironicamente. -Sabe o que é mais engraçado? Você estava com ciúmes e no final você que acabou me traindo, irônico não?
-Cheryl...
-Sabe o que mais me dói Toni? - Ela respira Fundo. -Eu amo o garoto que está naquela cama, durante todo esse tempo eu sempre acreditei que ele era meu filho, Você não tinha esse direito! Agora isso foi arrancado de mim. você sabe como isso dói?
-ME DESCULPA! - Grito e sento no sofá.
- Está tudo bem por aqui? - Verônica entra. - Dá pra escutar a gritaria de vocês por todo o hospital.
Vejo Cheryl trincar o maxilar.
-Verônica não é uma boa hora. - Falo.
-Não pode ficar, eu já estou indo. -Cheryl diz mas Verônica a impede segurando no seu braço. -Me solta!
- Você não pode sair nesse estado Cher. - minha amiga diz preocupada.
-Eu não vou repetir, SAIA! -Ela diz fechando os punhos, mas Verônica não a solta e Cheryl então lhe empurra a fazendo cair para trás e simplesmente sai.
Olho o rosto assustado de minha amiga, Cheryl indo embora e meu mundo desabando.