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Estou em uma cafeteria próxima ao hospital esperando a Betty, fico olhando fixamente para a entrada apreensiva, até que a vejo chegar e ela senta na minha frente.
-Cheryl...
-Como ele está Betty? -Interrompo sua fala.
-Como você está? - Ela pergunta.
-Como acha? -Pergunto olhando para o lado e suspirando.
-Desculpa.
-Eu quero saber dele Betty. - Falo. -Por favor.
-Ele está bem Cheryl, mas o tempo está passando e...
-Toni não pode ser a doadora? -Pergunto e só falar o nome dela me causa dor.
-Não.
-E o que vai ser feito? -Pergunto preocupada e Betty desvia seu olhar. -Betty o que vai ser feito?
- O provável doador compatível para um transplante é o pai biológico.
-Toni já entrou em contato com ele? -Pergunto segurando as lágrimas.
-Cheryl...
-Me responda Betty. -Falo tentando ser mais forte que a dor.
-Ela não sabe como contata-lo, ela não faz ideia.
Solto uma risada irónica carregada de dor, tudo jogado no lixo por alguém que ela nem ao menos sabe quem é, e o pior é que a vida do Benjamin depende disso, algo tem que ser feito.
-Cheryl... -Betty me puxa de meus pensamentos. -Ele pergunta por você direto.
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Benjamin está vendo televisão distraído,
-Toni vá para casa e descanse. -Verônica sussurro para que meu filho não escute.
