⚠️Já quero deixar avisado aqui, este capítulo contêm gatilhos, a primeira palavra do parágrafo a que se refere estará em negrito.
═════════•°•⚠️•°•═════════Os dias chuvosos, se seguiram com poucas emoções e arrisco dizer, que era apenas um prelúdio de tudo que iria me acontecer em Noir.
Contudo, alheio aos planos divinos a que iria ser inserido, me foquei inteiramente as minhas obrigações. Ajudando Seokjin com alguns novos projetos de melhorias para nossos arrendatários assim como com os livros de contabilidade.
No entanto, um dia antes de nossa partida, algo muito estranho, para não dizer assustador, me aconteceu. Veja bem, eu não sou muito crente as superstições escocesas, mas aquela noite passei a repensar minha incredulidade.
Eu estava sentado, as costas contra a cabeceira da cama, enquanto lia um dos meus livros quando ouvi o que me parecia lamúrios chorosos que pareciam vir de muito perto. Parecia que alguém chorava dentro do meu quarto, mas eu sabia que estava sozinho.
Deixei o livro de lado e me levantei, andando a passos lentos para ver se distinguia de onde eles vinham e parei em frente a janela. Mas era impossível que tivesse alguém chorando ali.
A janela era alta e não havia onde alguém se apoiar, ainda assim a abri e contastei que de fato, não havia ninguém, porém, as lamúrias ainda continuavam.
E então, lembrei da lenda das fadas Bean Nighes, mensageiras do submundo que costumavam ser encontradas a beira de lagos lavando roupas sujas de sangue de pessoas que estão prestes a morrer. Eram chamadas de lavadeiras e ouvir seu lamento, era prelúdio de que sua morte ou de algum conhecido, estava próxima.
Um arrepio subiu por minha coluna e sem demora, me afastei da janela depois de a fechar, minhas mãos tremiam e eu queria dizer que era apenas um delírio causado pelo álcool, mas eu não havia ingerido sequer uma gota de álcool naquela noite.
Ainda assustado, voltei para cama.
Não consegui voltar ao meu romance que me fazia sonhar em viver algo parecido, ainda que fosse algo impossível.
Minha mente estava apenas focada naquelas lamúrias que não pareciam ter fim.
Segundo o que eu ouvi das lendas escocesas, se você as ouvisse não queria dizer que elas estariam lavando as suas roupas, poderia ser de algum parente ou mesmo alguém muito próximo. Mas saber de tal fato não amenizava a sensação ruim que me acompanhou e que não me deixou ter uma boa noite de sono.
O que acarretou em olheiras profundas e um péssimo humor vindos de mim, este que apenas piorou ao que partimos em viagem. E ainda que Noir não fosse tão distante, visto que tomamos o caminho mais curto e por nossas terras fazerem limites com as do Park, por conta das chuvas recentes a estrada estava um lamaçal o que fez com que demorassêmos mais para chegar ao nosso destino.
SeokJin, Hoseok e eu fomos a cavalo, junto a mais três homens, Jisoo e senhora Willian estavam na carroça fechada, onde estavam nossas bagagens, esta que atolou umas três vezes no caminho. A chuva havia diminuído e não passava de uma garoa gelada, não fosse pelas luvas e o manto com capuz que eu usava por cima do meu casaco, certamente eu estaria congelando naquele instante.
Depois de horas torturantes de viagem e muitos questionamentos irritados vindos de minha mente sobre quem em sã conciência escolheria um tempo daqueles para se amarrar a alguém, chegamos a enorme construção de pedras que era o Castelo de Noir.
Mesmo com o capuz quase cobrindo minha visão, pude ver o senhor do castelo sair á porta de entrada, junto ao seu irmão e seu fiel escudeiro, para nos recepcionar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝕆 𝕤𝕖𝕘𝕣𝕖𝕕𝕠 𝕕𝕖 𝕃𝕠𝕣𝕕𝕖 𝕁𝕖𝕠𝕟 (𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜)
RomanceOs cabelos loiros eram bagunçados pelo vento, os olhos castanhos não se desviavam um segundo dos meus. E quando seus lábios proferiram meu nome, descobri não querer ouvi-lo sair de nenhum outro, senão os dele. "- 𝓔𝓾 𝓽𝓮 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓸 𝓶𝓾𝓲𝓽𝓸, �...