ꕥ Lágrimas de Sangue ꕥ

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{Alerta de Gatilho! Vcs me conhecem, nunca escrevo avisos no início, se o fiz é prq este capítulo contém gatilhos, não se preocupem a primeira e última palavra estará em negrito para o  marcar, se sentir desconfortável, procurem-na e pulem se assim desejarem!}

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Eu sentia meu corpo dolorido. 

Até mesmo o simples ato de abrir meus olhos me era difícil e sentar era algo que não desejava fazer. 

Olhei para a porta de madeira escura, ainda que meu olhar estivessem longe e não a visse de fato. 

Desde que me deixaram ali, não mais vi meus dois carrascos. 

Eu deveria ter desconfiado daquele garoto, fui tão ingênuo...

Eu deveria saber que se algo grave tivesse acontecido a Jimin, Seokjin era quem teria ido me avisar e não um moleque desconhecido. 

Mas bem, não havia nada que eu pudesse fazer agora, minhas mãos ainda permaneciam amarradas, meu corpo estava dolorido e minhas roupas... bem as minhas roupas foram destruídas por aquele monstro. 

Fechando meus olhos, lutava para não deixar que as imagens de alguns instantes atrás me invadissem, pois se elas viessem me atormentar, certamente que eu acabaria vomitando novamente e esta, seria apenas mais uma desculpa para aquela mulher mandar seus comparsas me baterem.

Eu ainda me culpava por alguns dias atrás ter sido tão ingênuo...

Eu ainda podia sentir o desespero que senti naquela manhã, quando li no bilhete que Jimin tinha se ferido gravemente enquanto adestrava seu novo cavalo, assim, sem mesmo averiguar como aconteceu ou a veracidade daquele recado, montei meu cavalo e sai a galope.

Querendo diminuir o tempo que levaria até Noir, cortei caminho por entre a floresta, mas acredito que este foi o meu maior erro ou talvez, eles já sabiam meus passos antes mesmo.

Assim, enquanto galopava e desviava de galhos, não percebi que seguia direto para uma emboscada, e antes que eu pudesse desviar de um tronco no meio do caminho, senti algo acertar minha cabeça, fazendo com que eu caísse do cavalo de mal jeito.

A última coisa que vi foram pares de botas e então, um saco de pano foi colocado em minha cabeça. Fui jogado de qualquer jeito em uma carroça e depois, senti meus pulso e pernas serem amarrados.

Não sei por quanto tempo aquela viagem levou, mas mesmo sentindo dor em algum momento acabei adormecendo. Quando acordei estava nesta cama imunda dentro deste quarto escuro e na companhia de Sutherland, que estava sentado desleixadamente na cadeira, ao que me olhava com um sorriso malicioso.

Como ele me observava, fez-me ter certeza que ele tinha muitas coisas na cabeça, mas que nenhuma delas era uma boa conversa. Passar a suar frio foi o sinal de alerta que meu corpo me deu, como se soubesse o que ele pretendia fazer.

— Oras, oras, enfim nos encontramos novamente, senhor Jeon. — ele disse antes de se levantar e muito calmamente, vir em minha direção.

— O que desejas comigo? — proferi a pergunta rispidamente ao que tentava inutilmente me soltar.

Ele riu ao que se sentava na cama, muito perto de mim. — Por que estás sendo tão rude? Não nos vemos há tanto tempo e é assim, que cumprimenta um amigo íntimo?~ — proferiu passando as pontas de seus dedos em minha face.

Seu toque causou repulsas em mim e virei o rosto para evitar seu toque, contudo, seu sorriso sumiu e ele agarrou minha mandíbula com força, arrancando de mim um gemido de dor.

𝕆 𝕤𝕖𝕘𝕣𝕖𝕕𝕠 𝕕𝕖 𝕃𝕠𝕣𝕕𝕖 𝕁𝕖𝕠𝕟 (𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜)Onde histórias criam vida. Descubra agora