ꕥ EPÍLOGO ꕥ

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Já fazia algum tempo que eu estava parado em frente ao espelho.

O nervosismo me consumia de tal forma que começava a pensar que eu acabaria desfalecendo ali mesmo.

A minha vestimenta para aquela ocasião, diferia muito da usual que eu costumava usar. Trajes escoceses com as cores do clã Kim, assim como Jimin usaria o que traziam as cores de seu clã.

Eu sempre sonhei em subir em um altar, mas ainda que houvesse o desejo, sempre o tratei como apenas um sonho, algo inalcançável para mim.

Ainda mais que em meu sonho eu estaria subindo ao altar com o homem dos meus sonhos e não uma mulher, mas vejam só, não apenas estaria subindo ao altar dali alguns instantes, bem como, seria com o homem que eu amava, e eu ao menos me importava em não estar usando por baixo do kilt como o fiz algum tempo atrás.

O barulho da porta foi o que me tirou do transe que estava. — Você esta aí. — Soso disse entrando e vindo até mim, com um enorme sorriso em seu rosto. — E então, como estas se sentindo?

Respirei profundamente antes de voltar a lhe encarar. — Sinto que posso cair durinho bem aqui a qualquer instante! — disse ao que andava em círculos pelo quarto.

— Nem pense nisso! — ela disse segurando meus braços. — Pare de ser cagão Jungkook, não estás realizando teu sonho, homem? Se te consola, apenas pense que se não subires naquele altar, senhor Park não deixaras que o toque.

Abri minha boca em descrença. Que disparate era aquele do qual ela estava falando agora?

— Para início de conversa, não estou dizendo que não quero me casar com Jimin, apenas estou nervoso e depois, como sabes que ele disse que apenas dormiríamos juntos depois do casamento?

— Oh, veja, o senhor Kim já está vindo buscá-lo! — ela disse desviando-se da minha pergunta.

Sonsa. 

E de fato, não demorou para que Jin entrasse pela porta e ao me ver, sorriu orgulhoso. — Veja só você e então, está pronto? 

Concordei com a cabeça, e o segui para fora do quarto, escondendo minhas mãos trêmulas atrás das costas. Porém, ao que saímos para o pátio, este enfeitado com flores tipicas da Escócia, e vi Jimin em pé no altar improvisado para nossa cerimônia, nem todos os olhares de admiração conseguiram desviar minha atenção dele.

Ele, que mantinha sua cabeça baixa, ao erguê-la e ver, me presentou com o mais belo sorriso que eu já vi na minha vida. Aquele sorriso foi a razão de me manter firme até me ver parado a sua frente e então, tudo ao nosso redor sumiu e restaram apenas nós dois ali naquele lugar. 

Ao menos consegui me atentar direito as palavras proferidas pelo reverendo, pois tudo que eu vi era o sorriso belo do meu escocês, como seus olhos pareciam até quase se fechar e formavam uma meia-lua.

Fui puxado novamente a realidade que não estávamos sozinhos, ao ver que era a minha vez de dizer meus votos, esse que os proferi com toda a sinceridade que havia em meu coração.

E quando o reverendo disse que ele podia beijar o noivo, esperei dele apenas um beijo na testa, como gesto de respeito e um em cada bochecha, em gesto de fidelidade. Contudo, fui pego de surpresa ao que ele me puxou para um beijo profundo, que me deixou de pernas bambas em frente a todas aquelas pessoas.

Quando ele se afastou, precisei segurar em seus braços para não ir ao chão e então, ouvi a salva de palmas, assovios e gritos dos homens ali presentes. Com bochechas rubras e tendo os braços de Jimin ao meu redor, olhei para todos com o maior sorriso possível enquanto agradecia. 

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𝕆 𝕤𝕖𝕘𝕣𝕖𝕕𝕠 𝕕𝕖 𝕃𝕠𝕣𝕕𝕖 𝕁𝕖𝕠𝕟 (𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜)Onde histórias criam vida. Descubra agora