ꕥBálsamo para uma alma ferida ꕥ

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Quando eu decidi colocar Jungkook em um quarto próximo ao meu, não tinha em mente maldade alguma. Era uma medida de segurança para que ninguém viesse a tentar algo contra o mesmo.

Mas me vi enganado ao entrar em seu quarto e presenciar tal cena...

Naquele momento, senti uma cólera nascer dentro de mim e ao menos desejava refreá-la.

Eu havia passado o dia observando Jungkook de longe, desejava falar com o mesmo mas sempre alguém acabava se colocando em meu caminho, e quando eu avistei Sutherland, ao qual não sabia dizer quem havia convidado, minha atenção sobre o moreno, duplicou.

Não sabia se o Jeon já conhecia a fama daquele verme, e devo dizer que vê-lo sorrindo junto àquele crápula, me deixou de muito mal humor, ainda mais ao ver que o mesmo, já havia extrapolado na quantia de álcool.

Assim, estava seguindo até o mesmo para levá-lo ao seu quarto, porém, o pai de Isla parou a minha frente. O homem ao menos conseguia ficar em pé e eu estava ancioso demais para sequer prestar alguma atenção ao que ele dizia. E foi naquele momento que vi Jisoo chegar próximo a Jungkook e sussurrar algo em seu ouvido e apenas isso, me fez ter um pouco de paciência com o bebum a minha frente.

Quando enfim, me livrei do homem, busquei os dois pelo salão, onde muitos dançavam, mas vi Jisoo dançando com Seokjin e nem sinal do Jeon ou mesmo Sutherland. E conhecendo a índole do crápula, não me demorei em sair em busca dos dois.

Eu sabia que Jungkook era um homem feito e que sabia tomar suas próprias decisões, todavia, ele não estava sóbrio e como Déjàvu, lembrei-me de uma situação parecida pela qual ele um dia havia passado.

Apressei meus passos, buscando com o olhar pelo salão qualquer sinal do Jeon e não o encontrando, segui em direção ao corredor que me levaria ao seu quarto. A cada passo dado temia encontrar ele aos beijos com Sutherland e uma estranha sensação tomou conta de meu peito, mas eu não sabia identificá-la.

Todavia, eu já estava em frente a sua porta, esta que estava fechada e a estranha sensação em meu peito apenas se intensificou, mas agora eu sabia o que sentia. Eu temia abrir aquela porta.

Mas eu sabia que, independente do que eu viesse a presenciar ali dentro, estaria acontecendo sem o consentimento de Jungkook. Ainda que muitos o chamassem de nomes degradantes, o pouco que eu conhecia dele, me fazia crer que ele poderia ser inúmeras coisas, menos um depravado.

E foi isso que me fez abrir a porta sem ao menos bater, talvez fosse algo rude de se fazer, mas eu tinha um bom motivo e quando meus olhos se prenderam a cena que desenrolava, quando meus lumes cairiam sobre a face contorcida e chorosa de Jungkook, eu fiquei cego.

Eu ceguei para qualquer tipo de racionalidade que nos diferencia dos animais e parti para cima daquele desgraçado, o arrancando de cima de Jungkook. Minhas mãos se fechando em torno de sua garganta e o prendendo contra a parede.

- O que pensa que estás fazendo seu verme imundo?! - gritei em galês e batendo a cabeça dele contra a parede, pouco me importando se eu o feriria.

- O que eu faço ou deixo de fazer não é de sua conta Park, deverias estar tomando conta de sua esposa! - ele disse tentando soltar minhas mãos.

- Seu filho da puta! Pois saibas que me deve satisfação uma vez que estás em minha casa, ainda que eu não saiba como veio a entrar aqui depois de tudo que me fez!

- É somente por isso Park? Ou estás interessado nesta puta inglesa também? - ele disse com um sorrisinho debochado e juro que o mataria, não fosse Taehyung me segurando e me puxando para longe do mesmo.

𝕆 𝕤𝕖𝕘𝕣𝕖𝕕𝕠 𝕕𝕖 𝕃𝕠𝕣𝕕𝕖 𝕁𝕖𝕠𝕟 (𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜)Onde histórias criam vida. Descubra agora