Acho que não tenho sorte. Já fui maltratada por minha mãe, nunca tive muita intimidade com meu pai, ambos me abandonaram, morei com meu tio, que por coincidência me estuprou...
Talvez a única coisa "boa" que me aconteceu foi ganhar uma bolsa na UCLA...
Ele novamente arfou em um sorriso e tirou o rosto de perto do meu ouvido, passando a olhar em meus olhos.
- O que você quer comigo? - me encostei mais na parede.
- Boa pergunta... - ele virou o rosto como se procura-se uma resposta.
Eu direcionei meu rosto em frente ao rosto dele fazendo ele olhar novamente para mim. Ele olhou rápido para meus lábios e logo sorriu. Ele inclinou sua cabeça fazendo com que ele fique da minha altura, e assim aproximou nossos lábios. Deixando apenas a poucos centímetros de distância.
- Quantos anos você tem? - ele disse sem sair da posição em que estávamos.
- dezenove - olhei bem em seus olhos.
Ao perceber que ele estava se aproximando mais para começar um beijo, eu recuei, mas logo depois me arrependi então deixei nossos lábios encostarem. Foi apenas um selinho, já que...
- Tá porra, esse que é o Starboy? - Chay disse bem pertinho de nós.
- Pu-ta que o pa-riu - disse pausadamente após um leve susto.
Ele não se assustou apenas a olhou de canto logo depois com um suspiro.
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( Finge que ele está com uma máscara metálica )
Ele saiu de perto de mim, me dando passagem para sair de seus braços.
- Não pedi pra você esperar? - me direcionei a Chay meio brava.
- Disse. Mas você demora demais - ela fez uma carinha triste.
- Tá, tá. E já está na hora de irmos para casa, está tarde - olhei para Chay e depois para o Starboy, respectivamente - Vá na frente, Chay -
- Mas-
- Vá na frente! - apontei para onde ela veio. Eu estava parecendo a mãe dela.
Acompanhei ela com os olhos, e quando ela saiu de vista voltei minha atenção ao Starboy, que já estava me olhando.
"Sinto que ele já fudeu comigo só me olhando..."
- Precisa mesmo ir? - ele cruzou os braços.
- Sim... - sorri meio tímida.
- Então vem cá - ele abriu os braços em sinal de um abraço.
Fui até ele e envolvi meus braços no pescoço dele, fazendo com que ele colocasse as mãos em minha cintura. Pude sentir seus lábios deslizar por meu pescoço me fazendo arrepiar.
- Tchau, Starboy - sorri e me virei para ir embora.
- Adam... - ele falou em um tom mais alto para que eu pudesse escutar.
- Hum? - virei, agora de frente para ele a poucos metros.
- Meu nome... É Adam - ele coçou a nuca enquanto sorria.
- Tchau... Adam - coloquei as mãos para trás e me balancei um pouco. Como uma criança.
Ele se aproximou de mim, colocando as mãos em minha cintura novamente. Ele olhou para os lados e levantou um pouco a máscara, me dando a visão de suas bochechas e a ponta de seu nariz. Recuei novamente dando alguns passos pequenos para trás. Ele não entendeu a minha ação e então tirou as mãos de minha cintura. Eu, ao perceber a rejeição que fiz a ele, me aproximei novamente e levantei um pouco, ficando agora na ponta do pé para alcançar seu rosto. E depositei um selinho em sua boca, o que fez ele entender que meu ato de "recuar" foi por impulso.
Uma das mãos ele colocou em meu quadril e a outra em meu pescoço. Inclinou um pouco a cabeça para chegar em minha boca e logo depositou vários selinhos. Ele me apertou mais contra seu corpo e "pediu" espaço para um beijo.
Seu beijo é lento e quente ao mesmo tempo. Senti ele explorar cada canto de minha boca.
Ele apertava meu pescoço e depois meu quadril. Me apertava mais contra seu corpo, me fazendo perceber que ele já estava muito excitado.
Ele mordia levemente meus lábios, acho que ele não queria que doesse. Mas eu não estava tendo esse cuidado. Mordia com força mesmo. Nos separamos do beijo por falta de ar. Encolhi mina cabeça em seus ombros e ele acariciou minha nuca com a mão que ainda estava em meu pescoço.
- Tchau...Lyssa - ele beijou meu pescoço e depois levantou meu queixo com um dedo para que eu olhasse para ele - Espero te ver novamente... Stargirl - ele sorriu e tirou suas mãos de mim.
- Sua boca está com meu batom - retribui o sorriso.
Ele apenas lambeu e retirou o restante do batom com as próprias mãos. Dei um último selinho nele e fui encontrar a Chay. Desci as escadas, indo agora para o bar.
- Eric!! - bati a mão no balcão.
- Oi? - ele se virou para mim.
- Cadê a Chay? -
- Ah ela tá a...qui... - falou apontando para o outro lado do balcão - CADÊ A CHAY???? - ele arregalou os olhos ao perceber que ela não estava lá.
- Puta que pariu, Eric - passei as mãos no rosto - A Chay está bêbada, qualquer um pode querer de aproveitar dela! - puxei a gola da camisa social dele.
