- SAI, CARALHO! - Gritei o empurrando e logo depois esfregando minha mão na boca várias e várias vezes. - Você é muito otário! Vai se fuder, e sai da merda dessa casa, agora!
- Que boquinha suja, Lyssa! Camila não te ensinou a ter educação com os mais velhos não? - Questionou com o sorriso fudido de sempre.
- Não, não me ensinou! Na verdade ela não me ensinou nada do que eu sei! Eu aprendi sozinha. E se for pra ter respeito com os mais velhos, que seja alguém de respeito também!
- E eu não sou esse alguém? - Se aproximou agarrando novamente minha cintura.
- Me solta, Abel! - Ele apertava cada vez mais minha cintura. Algo que um dia foi excitante, agora, estava me machucando.
- Quer que eu te solte? - Ele segurou minhas bochechas firmemente. - Te fiz uma pergunta, vadia. - Apertou mais minhas bochechas e eu agarrei suas mãos, mas ele não parava.
Assenti com a cabeça, respondendo sua pergunta. E ele me soltou, mas levou suas mãos para meu pescoço, e apertando o local, agora me deixando sem ar. Não pude conter minhas lágrimas. Ele me lembra meu tio! Os dois sempre me deixavam marcas e diziam que eu era deles. Abel é o meu ex, o fudido do meu ex!
- Continua a putinha fraca de sempre... - Sussurrou após aproximar sua boca da minha, e me dar um selinho. Ele pediu passagem com a língua, mas não cedi, o que o fez me apertar mais ainda. Eu já estava passando mal, estava sem ar algum.
Assim que ele aproximou seu nariz do meu pescoço e cheirou meu cabelo, senti um sorriso abafado perto do meu pescoço.
- O que isso significa? Isso aí no seu pescoço. - Finalmente me soltou.
Por fraqueza, cai de joelhos em sua frente e coloquei as mãos em meu pescoço sentindo a ardência e a dor do local. Tentava puxar o ar para meus pulmões.
- Por que nunca responde minhas perguntas? - Disse puxando meu queixo após se abaixar em minha frente. - Oh, não chora, princesa. - Dizia limpando minhas lágrimas que caiam freneticamente. - Responda minha pergunta!
- P-perdição... - Falei baixo.
- Hum?
- Perdição. O significado é: Perdição... - Apoiei minhas mãos em minhas coxas, buscando equilíbrio, enquanto ele ainda segurava meu queixo e limpava minhas lágrimas.
- Por que faria uma tatuagem no seu pescoço, em chinês, japonês, sei lá!
- Japonês... Eu não sei porque fiz, apenas fiz. - Sorri de lado.
- Senti falta do seu sorriso! - Retribuiu o sorriso. - Vamos, princesa! Estou com fome! Quero que prepare algo pra mim e depois eu como você! - Disse estendendo a mão para mim, e eu agarrei, levantando do chão e indo com ele até a cozinha.
Senti um estalo e minha bunda arder. Ele tinha me dado um tapa!
"Calma, Lyssa! É preciso! Ele vai pagar por tudo depois. Relaxa! Entra no jogo dele. Ele não tem ideia de que a putinha fraca, agora é dona do puteiro!"
[...]
Estava treinando. Levantando alguns pesos que tinham restado após os outros pegarem. Até me deparar com o policial que havia me trazido até aqui à uma semana atrás. E por incrível que pareça ele novamente estava vestido a paisana (sem uniforme de civil). O que me despertou uma curiosidade.
- Yidan! Ei, psiu! - Sussurrava para o mais velho que fazia flexões com entusiasmo. - Yidan! - Continuava a chamar mas ele não respondia. - YIDAN! - Gritei, fazendo todos ao redor olharem para mim.
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Starboy - Perdição
RandomAcho que não tenho sorte. Já fui maltratada por minha mãe, nunca tive muita intimidade com meu pai, ambos me abandonaram, morei com meu tio, que por coincidência me estuprou... Talvez a única coisa "boa" que me aconteceu foi ganhar uma bolsa na UCLA...