Cheguei no apartamento e fui tomar banho.
Ao sair logo peguei meu celular e havia uma notificação, era um mensagem, mais especificadamente, Adam."Oi Lyssa, é o Adam tá. Adiciona aí kakaka"
Soltei uma leve risada e assim adicionei seu número como...
- Meu Starboy... Não, melhor... Starboy - sorri e logo depois desanimei, não quero me envolver demais, até porque... Foi só um beijo! Não quero me machucar... De novo.
"Olha, não precisa conversar comigo agora, até porque o Eric me disse que você vai pra Universidade cedo, só quero te dizer que o seu beijo é o melhor que eu ia provei. Tenha uma boa noite, amora!"
Li a mensagem com um sorriso de canto a canto.
"Você me pegou de surpresa kakka. Seu beijo é muito bom, e com certeza é o melhor que eu já provei e a sua pegada meu amigo..."
Enviei para ele.
Conversamos um tempo e logo fui dormir, de amanhã até sexta vai ser bem puxado.
[...]
06:37
Eu já estava na sala, esperando o professor enquanto via toda a sala se matar. Todos nós aqui somos de maior, mas agimos iguais crianças. Sim "agimos", não sou tão diferente deles.
Logo percebi a porta abrir, e uma mulher entrou."Misericórdia"
Pensei ao ver a mulher caminhar até o centro da sala.- Façam um círculo, por favor - a mulher sorriu, e assim fizemos.
Colocamos nossas cadeiras em um círculo e ela pegou uma outra cadeira e a pós no meio de todos.
Parei para observar melhor ela, e senhor, que mulher. Oh lugar abençoado.
Ela é alta, usa um salto preto, uma calça jeans escura, uma blusa meio "aveludada" de mangas longas, morena, cabelos longos e ondulados, olhos castanhos meio esverdeados e uma feição de anjo.
- Meu nome é Mia, tenho vinte e nove anos, e sou uma psicóloga - ela sorriu olhando cada rostinho - Não pensem que é por um motivo especial que estou aqui - ela olhou rapidamente para mim - Eu irei passar em todas as salas. Só quero que saibam que podem contar comigo e confiar em mim, irei escutar o que quer que seja que irão me dizer - ela novamente sorriu.Começamos a conversar sobre nossos problemas. Cada um falava qual o motivo da sua raiva, tristeza ou amor. E logo veio a minha vez. Todos estavam sendo abertos, todos se entregaram nas suas histórias e falaram a verdade... E todos já sabiam mesmo sobre mim...
"Porque eu esconderia a verdade?"
- Pode falar, meu bem - ela olhou para mim.
- É... Bom... Meu nome é Lyssa, tenho dezenove anos - me apresentei a Mia - No momento estou...feliz - mais me perguntei do que afirmei - Passei e passo por coisas muito difíceis. Meus pais adotivos não ligam para a minha existência...-
Sim eu sou adotada. Não tenho nada a ver com meus pais, tanto em personalidade quanto em físico.
- Gostei de uma garota que não me correspondeu e o ficante dela fez questão de espalhar para todo mundo isso... - respirei fundo - Mas conheci pessoas novas e muito importantes para mim. Não sei se eles vão conseguir curar a dor que eu sinto, mas a presença deles me fazem esquecer dos problemas - sorri fraco - Eu pensei que seria feliz... Mas aguentar tudo isso sozinha é meio difícil. É isso, eu acho - olhei para Mia e ela estava com a boca semi-aberta e com os olhos cheios d'água.
Nossa conversa continuou, todos desabafaram. Descobri muito sobre as pessoas, como por exemplo que o Nyo Willian é filho do senhor William, onde trabalho. A troca do "n" para o "m" no nome Willian, é uma tradição da família. Não entendi muito bem, mas ele disse assim: "Se o segundo filho nascer homem, o sobrenome deve ser mudado a última letra, no meu caso de William com "m" foi para Willian com "n" é uma frescura que minha família faz".
Palavras do próprio Nyo.
Confesso que eles não teem nada a ver um com o outro, mas ele me disse que é por sua mãe, ela é morena.
Não liguei muito pra isso. Foda-se.
[...]
Eu já estava no mercado conversando com o senhor William.
- Tá, eu ainda não entendi essa de "tradição" de trocar o nome, mas não precisa me explicar, de novo não! - disse séria depois sorrindo.
- Eu posso te pedir uma coisa? - ele disse olhando a para a porta, observando as pessoas entrarem.
- Já pedindo - sorri - pode! -
- Tenta se aproximar do Nyo, ele é meio idiota mas é uma pessoa legal, e como você mesmo disse, eu sou tipo seu "pai" e se você se aproximar dele, vocês serão tipo irmãos, sabe? - ele colocou as mãos no balcão.
"Um "irmão" que eu pegaria?"
- Tudo bem, ele parece ser uma pessoa legal, mas tem certeza que é só por isso que quer que eu me aproxime dele? - observei seu rosto triste ao falar do Nyo.
- É que... Ele nunca teve uma presença feminina na vida dele - ele arfou sorrindo - Minha esposa morreu no parto dele. Mas não é pra você se aproximar como namorada! - ele sorriu ao perceber que deu a impressão de que ele me quer de nora - É que eu não tenho todo esse cuidado que uma mulher tem, e pelo o que você me disse ele se aproximou de você. Eu só quero que você o ajude... Eu sei que você tá na mesma merda ou pior - ele riu.
- A partir de hoje, farei do Nyo meu irmão! - bati em meu peito. Estou convivendo muito com a Chay.
- Podemos ser uma família, se quiser - ele sorriu.
Sem segundas intenções, ele é um homem muito gentil, é a minha figura paterna.
- Podemos sim! - sorri.
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Starboy - Perdição
RandomAcho que não tenho sorte. Já fui maltratada por minha mãe, nunca tive muita intimidade com meu pai, ambos me abandonaram, morei com meu tio, que por coincidência me estuprou... Talvez a única coisa "boa" que me aconteceu foi ganhar uma bolsa na UCLA...