Aurora Boreal

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- Draco, você veio! – sua tia Andrômeda o recebeu a porta, parecendo aturdida

- Falei que ele viria, tia Andie – riu Astória, passando por Draco para beijar sua tia no rosto e entrar em casa – vamos, está frio aqui fora – ela instou o marido a entrar também.

Draco, que estava acostumado com seus próprios aniversários, em que havia um jantar e as crianças eram solicitadas a ficar no jardim e em silêncio, ficou muito admirado com essa festa.

Várias crianças corriam e riam, gritavam e cantavam a plenos pulmões, criando uma balbúrdia comparada ao salão comunal de Hogwarts.

- Minha nossa, quantas crianças. Quem são?

- São todos Weasley, todos meus netos – aproximou-se uma senhora baixa, ruiva e arredondada, que Draco reconheceu como a mãe de Ronald Weasley – inclusive esse aqui.

- Tio Dragão, você veio! – um pequeno Teddy, hoje com cabelos vermelhos, se chocou contra suas pernas.

-Ahhh pequeno lobo, você me pegou – Draco, que secretamente adorava o menino, se abaixou para abraçá-lo rapidamente – quantos anos você está fazendo mesmo? Vinte?

- Não tio! Só tenho oito! Se eu tivesse vinte anos, você acha que eu seria desse tamanho? – ele falou, abanando a cabeça para a tolice do tio -Quando tiver vinte anos, já vou ser auror, como o tio Harry.

Teddy fez uma careta e seu cabelo ficou negro, seus olhos mudaram, ficaram menores e amendoados, o castanho das pupilas sendo substituídos pela cor verde e uma fina cicatriz surgiu em sua testa.

Draco o afastou – ergh, isso é assustador!

O pequeno riu, deliciado.

- Venha ver a vassoura que ganhei, ela é –

Uma menina mais nova, com longos cabelos loiros, pegou em seu ombro e gritou – está com você – e saiu correndo, sendo seguida por Teddy, que esquecera que estava no meio da frase.

Draco olhou em desespero para Astória, que sorria para a senhora ruiva, e usou a oclumência para perguntar a ela, impondo as palavras diretamente em sua cabeça:

"Você comprou um presente para ele, certo Tory?"

A moça balançou a cabeça, afirmando, assustada, o marido já havia usado isso com ela outras vezes, mas nunca deixava de surpreender. Ela torceu o rosto e tentou responder:

"est... n... banc ...tra...carr..."

Draco sabia que ela era uma ótima legilimente, então se surpreendeu com a resposta truncada e baixa. Mas conseguiu entender que o presente estava no carro. Ela já se virava para sair quando ele tentou pará-la.

"Deixe que eu pego"

Mas ela apenas sacudiu a cabeça e se encaminhou para a porta. Sem jeito, Draco se virou para a mulher, que trazia no rosto um semblante gentil e levemente desafiador.

- As bebidas estão aqui – ela mostrou um aparador com todo tipo de bebes e se virou. Draco se serviu com alívio.

Astória entregou a Teddy um imenso pacote, que ele rasgava com violência.

- Não é cedo para transformar o menino em um envenenador? – Disse uma voz conhecida e Draco virou o corpo rapidamente.

Harry apontava para o kit de poções para crianças que Teddy agora abria em júbilo, atraindo todas as outras crianças para ver.

- Nunca é cedo demais para isso – Draco respondeu, tenso.

Ele e o homem de cabelos escuros se olharam fixamente, e Harry estendeu a mão, o cumprimentando.

Expiação - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora