Promessas quebradas

153 8 0
                                    


Draco alcançou Astória na cozinha da mansão Greengrass, teve um rápido aviso ao vê-la erguer a varinha ao se virar.

- Estupefaça

Ele se abaixou e viu o feitiço estourar um vidro de conserva, que se derramou, tingindo o chão da cozinha de vermelho.

- Astória, espere, deixe me explicar.

- Impedimenta

Ele desviou e viu o feitiço fazer uma mossa na parede atrás dele.

- Por favor, deixe me explicar.

- Cofringo

A mesa ao seu lado explodiu.

- Eu sou inocente, eu juro, eu não transei com ninguém.

Astória parou e se virou de súbito.

- Legilimens

- Protego

Draco lançou um feitiço de proteção tão forte que Astória foi jogada na janela atrás dela, vários vídeos explodiram com a força da colisão e ela caiu ao chão, inconsciente.

Draco correu até ela em desespero, sabia o mal que um único corte poderia fazer em sua esposa. Ele virou seu corpo devagar, mas não conseguiu ver nenhum sinal de corte e pode dar um suspiro aliviado.

- Enervate

Ele apontou a varinha para seu peito e ela abriu os olhos, ainda zonza.

- Astória, antes que tente me azarar novamente, deixe me explicar. Eu sou inocente disso que me acusa, eu juro.

- Então me explique Draco. Você me falou que iria trabalhar hoje, ao invés disso ....

- Eu não lhe menti, acredite em mim

- Seu pai estava mentindo?

Draco se levantou e lhe deu as costas, resolvido a lhe falar a verdade.

- Não, ele não estava mentindo. Mas Astória, o negócio é que - Draco começou a contar da missão para a mulher, mas o que saia de sua boca eram vários sons de animais.

Confuso, ele tentou novamente, agora saiam sons de instrumento de sopro desafinados

- Você deve ter sido azarado para não falar desse lugar para mim, não é mesmo? Deve ser norma desse tipo de estabelecimento.

Draco xingou e tentou falar POTTER, mas o que saiu foi um belo trinado de pássaro.

- Eu sou inocente Astória, acredite.

- Por que resistiu a legilimens então?

- Minha mente é só minha, por mais que a ame não a dividirei com você. Você me prometeu que não tentaria esse feitiço em mim novamente, minha palavra deve bastar.

Astória se levantou, batendo as palmas da mão contra os quadris. Juntos, eles arrumaram a casa.

- Fizemos bastante barulho e seu pai não desceu, ele está bem? – Draco tentou conversar um assunto neutro, se julgando perdoado.

- Deve estar bêbado - disse Astória, sem se importar - meu pai passa os dias bêbado. Todo o dinheiro que conseguiu me vendendo ele usa em bebida.

Draco olhou para o chão, constrangido.

-Tory, eu...

-É a sina das mulheres da minha família. Estamos cercadas de homens que nos traem, nos vendem e por fim, nos matam.

Expiação - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora