Triora

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Junho 2011

- Acho que quando voltarmos vou cavar outro poço, do outro lado da cidade murada.

Draco passou as pontas dos dedos na coxa de Astoria, que sorriu, mas não abriu os olhos.

- Gosto quando você constrói coisas sem magia – ela murmurou- você fica muito sexy carregando aquele tanto de peso, e a cidadela bem precisa de outro poço...

Ele tinha o queixo apoiado no braço, e este estava em cima do osso público da mulher. Ela estava quase nua, ainda vestia as meias, mas agora, depois do arroubo da paixão, se encontrava agradavelmente sonolenta, e acariciava o rosto do esposo, passando os dedos em seu cabelo claro.

- Blaise disse que quase não me reconheceu, "quem é esse idiota largo vindo em minha direção?" Ele contou que quase me azarou...

- Sim, seus ombros estão mais largos, e o sol tem feito muito bem a sua compleição...

- Você também mudou depois que mudamos...- ele ergueu o braço que acariciava suas coxas e apertou um seio- eles estão bem maiores.

- Eu estou toda maior – ela reclamou, ainda de olhos fechados- gosto demais da comida francesa, eu acho.

- Sim, eu também acho – disse, sarcástico. Ele apertou o seio dela mais uma vez, sentindo-se começar a ficar desconfortável deitado de bruços – como se eu não tivesse que lidar com todos os homens e algumas mulheres te comendo com os olhos em todos os lugares que você aparece. Mas não estou reclamando, adoro ver você assim, tão saudável, tão feliz. Que eles olhem com os olhos, e comam com a testa.

Ele abaixou a cabeça e deu um beijo em sua virilha. Astoria sorriu, mas não o suficiente para que ela descerrasse os olhos.

- Acho que antes de fazer outro poço, você podia dar uma olhada nas lareiras do castelo. Elas se desconectam do flu sozinhas...sua mãe já reclamou que as vezes não consegue chegar direto no castelo, tem que ir para o pub da cidade – ela contornou a linha da mandíbula de Draco com a ponta dos dedos.

- Isso pode ser eu, tenho desligado o Flu de vez em quando...

- De vez em quando, por quê?

- Já reparou que mamãe está sempre em nossa casa agora? Ela mal passa um fim de semana em sua propriedade...

Astoria riu em silêncio, o peito nu subindo e descendo.

- Eu sei que ela está encantada por Scorpio, mas entre ela, a infinidade de professores que você contratou e todos os elfos domésticos, eu não consigo te encontrar sozinha em lugar nenhum. De que adianta trabalhar em casa se não posso comer minha esposa a qualquer hora e em qualquer canto da casa?

Ela bateu em seu ombro, ainda rindo.

- Homem malicioso... Como se eu pudesse escapar de seus avanços a noite.

Ele voltou a fazer círculos em sua coxa com a mão livre.

- Vai me contar aquilo, de onde conhece a avó de Blaise? Eu sou amigo dele desde os 4 anos e só a vi uma vez.

Astoria se sentou, subitamente alerta e abrindo os olhos. Draco teve que levantar se sua posição e se sentou também.

- O que houve, Tory? – ele perguntou, se arrependendo de entrar nesse assunto ao ver a mulher se arrepiar.

Ela ergueu os olhos violeta para ele, e estavam cheios de medo

- Não gosto daquela mulher. Ela era amiga de minha avó, estava sempre lá em casa, ela...Minha avó vivei até os 120, sabia? Ela disse que a matriarca Zabini tirou a maldição dela.

Expiação - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora