4. Revelação

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"Você está bem, garoto?"

Castiel pisca algumas vezes, limpando a cabeça latejante e o sangue do nariz com as costas da mão. Ele levanta a cabeça, avistando Dean e seus amigos desaparecendo na floresta. Ele vê Dean parar, hesitar, olhar para ele e continuar.

"Garoto?"

Castiel geme um pouco com a dor em sua cabeça, virando os olhos para cima para encontrar um homem de pele escura com uniforme de oficial ajoelhado acima dele. Ele pisca algumas vezes, percebendo o crachá na camisa do cara - Victor Henriksen.

"Estou bem", diz Castiel, grunhindo um pouco enquanto limpa o nariz mais uma vez e se levanta. Victor imediatamente agarra seu braço para ajudá-lo a se levantar e, embora seja um gesto bonito, é desnecessário. Castiel levou surras piores antes. Ele realmente está bem. Fisicamente, ele está bem.

"Vamos", diz Henriksen, "vamos levá-lo para a enfermeira. Ela vai ficar até tarde hoje."

Castiel balança a cabeça com um pequeno suspiro. "Não, está tudo bem, eu estou bem", ele garante ao policial (segurança, talvez?). "Eu realmente deveria ir. Minha irmã está me esperando em casa."

"Espere, espere", Victor pede, segurando as mãos para parar Castiel quando ele começa a passar por ele. "Você tem certeza que está bem? Eu realmente me sentiria melhor se você fosse e visse a enfermeira antes de você ir. Vai levar dez minutos, no máximo."

Cas dá ao homem um sorriso cansado. "Estou muito bem senhor..."

"Victor."

Castiel acena com a cabeça uma vez. "Victor. Estou bem", ele garante. "Este não é meu primeiro encontro com um bando de idiotas, e estou atrasado para pegar minha irmã na casa da minha vizinha."

"Esses caras já mexeram com você antes?" Victor pergunta, olhando pela ponta do nariz para Cas.

Castiel encolhe os ombros, estremecendo quando sente um arranhão que não havia notado antes de puxar a parte de trás de seu ombro. Deve ter acontecido quando eles o jogaram contra a parede. "Esses caras, outros caras. Sempre haverá caras assim, em qualquer lugar", diz ele. "Eu prefiro não fazer um escândalo sobre isso."

Victor dá um suspiro duro, mas Castiel fica surpreso - e agradecido - por não ver pena ou simpatia nos olhos do homem. Normalmente, quando as pessoas descobrem que Castiel é um capacho ambulante, elas também pisam nele ou imediatamente se sentem mal por ele. Ele odeia isso. Mas Victor parece endurecido, não arrependido. É refrescante.

Depois de alguns segundos, Victor acena com a cabeça uma vez, com força. "Tudo bem garoto", ele diz, "você lida com isso do jeito que você quiser. Eu vou respeitar isso."

Castiel fica um pouco surpreso com as palavras. Então ele sorri um pouco. "Obrigado, Victor."

Victor acena com a cabeça novamente, dando um passo para o lado e permitindo que Castiel passe. "Apenas cuide de si, ouviu?"

Castiel inclina a cabeça em concordância, inclinando-se para pegar seu caderno que um deles jogou fora. Está sujo e um pouco molhado, mas sem danos. Ele olha para trás. "Obrigado por detê-los", diz ele, sua voz um pouco menor.

O canto da boca de Victor se curva. "Sem problemas, garoto."

Castiel olha para Victor por um momento. Este homem é um dos bons. Se Castiel aprendeu alguma coisa com suas experiências, é como distinguir as pessoas boas das más com bastante facilidade. Victor Henriksen é um dos bons.

Apertando a ponta do nariz enquanto sente um pouco mais de sangue escorrendo, Castiel se vira e se dirige para as árvores, sentindo Victor observando-o o caminho todo, provavelmente certificando-se de que Dean e seus amigos não saiam da floresta e saltar sobre ele novamente. Castiel também está em alerta, seus olhos correndo ao redor enquanto ele pega o caminho desgastado para casa, procurando movimento nas árvores.

hautley's bend || DESTIELOnde histórias criam vida. Descubra agora