Scandal - Kirk Hammett (Metallica)

A sórdida, Peggy Brooklyn

Apenas apresentação de personagem! Todos os outros capítulos possuem + de 1000 palavras.

    No cruzamento entre a Havenhurst Drive e a Doheny Drive da Sunset Boulevard, vive um certo trecho resumido a bares e casas noturnas, onde é possível identificar fortes luzes, música alta, roupas extravagantes, groupies, bandas, músicos, todo e qualquer tipo de entorpecentes, além de muita, muita cocaína.

    Aproximando-se um pouco mais da Sunset Strip, sentido Whisky A Go Go, é possível ver Peggy Brooklyn. Uma jovem bonita que ardia de se ver, parecia uma pintura feita por Norman Rockwell, e assim como seus desenhos, ela curiosamente também era uma crítica subjetiva. A garota tinha grandes olhos verdes, e maças tão definidas que pareciam que iam saltar da sua cara, ninguém nunca reparou, mas ela tinha tinta preta no cabelo. Peggy era brilhante por fora, chamava atenção de todos os caras, mesmo se fossem mais velhos ou mais novos, baixos, altos, morenos, loiros, ruivos... Se você era um homem no final da década de 70, e frequentava a Sunset, com certeza conhecia, ou já ouviu falar, do grande par de pernas que era Peggy Brooklyn.

    Mas, era solitária. Não tinha grandes grupos de amigos ou familiares. No natal, no ano novo, no dia de ação de graças, passava sozinha. Seus pais não tinham interesse em conhece-la, quem era Peggy pra eles? Então caia na noite, usava todo tipo de droga, ilícita e lícita, mas não chegava a ser viciada.

Brooklyn queria ser como as mulheres que ela via pela Strip, mesmo sendo 5 ou 10 anos mais nova. Groupies, que assistiam aos shows na primeira mesa, eram convidadas pro' Backstage, ganhavam bebidas de graça (oferecidas), e no final da noite, se não iam embora com um músico, sentavam na calçada da Sunset, bem no rodapé, e fumavam até o dia chegar. Em outono de 79, se sentiu uma delas, quando um homem que disse ser de uma banda local, iria tocar naquela mesma casa noturna aquela noite, a convidou para subir, "relaxar". Peggy transou com aquele cara, mesmo sendo de menor. Por surpresa dela, ele apagou na cama depois do ato, e ela, já tão entorpecida, se viu miserável. Não por ter chegado no fundo do poço, coisa que ela discordava, mas por ter perdido a virgindade com alguém que era analogicamente igual aos seus pais: não queriam a conhecer. Nesse momento, Peggy se levantou, se vestiu, abriu a porta, e foi embora da Roxy Theater, ela e o instrumento que ela roubou do músico desacordado.

    Naquela madrugada, Peggy dormiu em casa, ao chegar, não conseguiu chorar, seus pais já estavam dormindo, apenas vomitou e vomitou, e mesmo suja, se jogou na cama, sem forças para nada, adormeceu ao lado do grande baixo de 4 cordas.

*Atenção: esse não foi um capítulo, apenas apresentação da personagem.