Era um momento histórico para Aenyra, ela sobrevoava montada em Tessarion sua dragão fêmea. Ela gritava contra os ventos em liberdade enquanto seu dragão ia mais rápido vendo a emoção da dona. Seus cabelos platinados voavam chicoteando em seu rosto desfazendo todas as tranças que as criadas fizeram antes de sair de Torralta, a torre da casa dos Hightower na campina perto do Porto de Vila Velha, onde Aenyra e Daeron ficaram exilados pelo seu pai Rei Viserys por quatro anos até a princesa fazer 18 anos.
Aenyra foi exilada por ser uma adolescente totalmente rebelde ao ponto de vista do seu pai. Tomava vinho e cerveja com guerreiros dele, contando história de batalhas que ela nunca viveu, piadas sem nenhuma graça, e cantavam até se embriagarem, em uma mesa de bar ou casa dos prazeres e obrigava aos homens a não contar nada, a princesa sabia muito bem ser convincente. Nenhum homem se atrevia a ensinar ela a lutar, então desde os cinco anos, Aenyra fez uma espada de madeira, um boneco de palha e desde então ele servia como o melhor amigo da princesa para praticar junto a ela. Daeron era uma criança quando foi para Torralta com a irmã, Alicent sua mãe ficou tão depressiva com a sua favorita exilada que não conseguia ao menos cuidar de Daeron mandando-o junto da princesa Aenyra para o exílio de quatro anos.
Eles se divertiam, Daeron aprendeu a lutar com a irmã e aos doze anos já era um bom guerreiro era assim que Aenyra o chamava. Respondia as cartas de sua mãe todos os dias desde que saiu de Porto real, de Healena, seu pai mandava algumas, Aegon mandava quando lembrava que estava viva e Aemond seu detestável marido, nunca a mandou nenhuma carta desde que chegou até a torre. Aenyra sabia do jeito dele, ela cresceu com ele, conhecia muito bem aemond. Não que ele não tinha algo para falar, na verdade ele tinha muita coisa a dizer mas ele preferia guardar para si do jeito que ele sempre foi.
E Aenyra sabia disso.
Ela o conhecia como ninguém conheceu.
Nunca perdia seu tempo chorando por não ganhar cartas de seu marido, muito pelo contrário, ela aprendeu a ser útil. Tarefas nas quais Alicent arrancaria todos longos cabelos da cabeça, a princesa adora cultivar flores e alimentos sempre que os criados estavam no jardim ela ia atrás deles. Ela nunca deixou de se esconder em uma capa e ir beber vinho com os guerreiros de Porto Velho, inclusive achava eles mais engraçados que em Porto real, óbvio que no começo eles nunca a respeitavam mas bastasse ela mostrar um fio de seu cabelo e seus olhos violetas e eles sabiam muito bem aonde era o devido lugar deles.
—Alicent vai surtar assim que eu entrar por aquela porta -Apontou para porta rindo pegando nos braços de Daeron tirando ele de cima da Tessarion.
Alguns guardas chegavam em seus cavalos devagar com medo de Tessarion e ela sorria abertamente pra eles tentando tirar a franja que batia no rosto devido ao vento. Suas criadas saiam do barco que trouxeram sua tribulação inteira de guardas e criados que o Rei Viserys mandou para ela.
—Princesa Aenyra? -Sir Criston perguntou saindo de seu cavalo.
Acenou para ele feliz da vida e fez carinho em Tessarion pedindo para ela ficar onde estava em valiriano, pegou a mão de Daeron e andou até onde os cavalheiros de Alicent estava.
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Dragon's Heart • Aemond Targaryen
Fanfiction"...Então Viserys da Casa Targaryen fechou os olhos e foi dormir. Ele nunca acordou. Ele tinha 52 anos e reinou sobre a maior parte de Westeros por 26 anos. Então a tempestade começou e os dragões dançaram." O coração do dragão ficará vivo no final?