" Calma, tudo está em calma! Deixe que o beijo dure, deixe que o tempo cure. Deixe que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu." - Paulinho Moska
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- Ela não vai mais acordar? – A voz de Cecília me fez abrir os olhos imediatamente.
- Claro que vai, ela só está cansada porque ficou na balada até hoje de manhã. – Rodolffo explicou a ela.
- Preto diz que ele é baladeila. – Seu tom de reprovação me fez rir baixinho e ela me olhou cheia de felicidade e expectativa.
- Mainha, vamos blincar de pega pega? – Ela convidou animada e eu quis voltar a dormir imediatamente.
- Ela acabou de acordar Ceci, vamos deixar ela tomar um banho e comer um pouquinho. – Rodolffo pediu e ela me olhou em expectativa.
- Daqui a pouco. – Eu sussurrei para ela que sorriu e me deu um beijinho no rosto.
- Voxê plomete? – Ela perguntou e eu fiz que sim.
- Prometo, eu só preciso tomar um banho. – Sussurrei, minha voz saia rouca e eu sentia minha garganta irritada por ter dormido de cabelo molhado.
- Eu quelo tomar banho com voxê. – Ela disse animada, mas eu lembrei da minha noite quente e meu corpo provavelmente estaria cheio de marcas.
- Ceci, a Dona Fátima está te esperando só pra fazer aquele bolo. – Rodolffo disse tentando tirar ela de tempo e a menina bateu na cabeça com a mão como se tivesse esquecido.
- Esquexi. – Ela disse e me olhou. – Eu e Mainha Fafá vamos fazer bolo pá você. – Ela explicou e eu sorri.
- Eu vou amar comer um bolinho depois do banho. – Eu disse e seus olhos brilharam enquanto ela se inclinava para me dar um beijo.
- Então, eu faxo pla voxê. – Ela desceu da cama apressada.
- Vou levar ela para sua mãe e já volto. – Rodolffo me deu um beijo na têmpora e saiu com Cecília.
Fechei os olhos apreciando a sensação do corpo deliciosamente dolorido e, incrivelmente, relaxado após uma sessão de sexo selvagem. Contudo, a minha cabeça estava em Cecília. Quando foi que ela parou de se referir a si mesma na terceira pessoa?!
Eu não sabia e aquilo me incomodou profundamente, ela merecia mais de mim.
- No quê você está pensando? – Rodolffo perguntou sentando na cama e minha alma quase saiu do corpo tamanho foi o susto que levei.
- Ai, cacete! – Levei a mão ao peito sentindo o coração bater fora do ritmo. – Quer me matar? – Perguntei de forma retórica e ele de sorriu.
- Você anda muito distraída. – Ele se deitou ao meu lado e passou seu dedo indicador no vinco entre minhas sobrancelhas. – O que se passa nessa cabeça? – Ele perguntou e eu sorri, mas senti uma lágrima escorrer pelo canto dos meus olhos, porque apesar de muita coisa ter mudado ele permanecia o mesmo.
- Parece que eu perdi tanta coisa, ela cresceu e eu nem vi. – Respondi com a voz embargada e ele acariciou meu rosto.
- Foi só um pouquinho. – Ele juntou os dedos mostrando a quantidade e aquele gesto me fez sorrir. – E você vai acompanhar todo resto. – Ele disse de forma animada e positiva.
- Eu amo você, sabia? – Eu disse toda boba e ele sorriu.
- Eu desconfio. – Ele pegou no meu pé. – Você está com muita preguiça? – Ele perguntou e eu sabia que aquilo era um motivo para me tirar da cama.
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ENCONTROS NOTURNOS
Художественная прозаUma juíza solitária que mora em uma cidade do interior de São Paulo, decide frequentar um clube noturno para afastar a solidão de estar tão longe de casa. Observação: Voltei a publicar, vai ficar online por tempo indeterminado.