Olha só quem apareceu? Espero que vocês gostem!
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- Você não vai subir nessa moto. – Eu disse puxando a chave da ignição e ela ficou vermelha de raiva.
- Se você pensa que vai mandar em mim, você está muito enganado. – Ela disse descendo da moto com dificuldade, afinal já estava no oitavo mês de gravidez.
- Juliette, pelo amor de Deus, tenha piedade de mim. – Eu supliquei indo atrás dela enquanto saia da garagem.
Ela havia encomendado essa moto em junho e já fazia um tempo que estava pensando que a moto havia sido extraviada, mas eu tinha guardado na garagem porque eu não queria nem imaginar aquela mulher de gênio indomável perambulando barriguda em cima de uma moto.
- Piedade? – Ela perguntou, mas estava furiosa e eu não ousei responder. – Você passou os últimos oito meses me enlouquecendo e se você está inteiro aí conversando besteira é porque eu tenho piedade. – Ela gritou a última parte e eu resisti a vontade de me encolher.
- Ju... – Eu tentei argumentar, mas ela me deixou sozinho enquanto seguia para o deck.
- Se acalma que daqui a pouco a raiva passa e você vai amansar a fera. – Dona Fátima disse risonha na porta da cozinha.
- Eu sei que exagerei nos cuidados nos últimos meses, mas eu sei que agora eu estou certo, ela não consegue nem amarrar o tênis com aquela barriga. – Eu me expliquei e ela deu risada negando.
- Deixe de besteira menino, eu andei de moto durante os 9 meses de gravidez, aliás, fui parir de moto. – Ela soltou uma gargalhada perdida em lembranças. – Acho que ela puxou a mim. – Ela sorriu orgulhosa da peste da minha mulher.
- Eu acho melhor não comentar isso. – Eu disse temendo enfurecer a minha sogra também, mas ela riu.
- Você sabe que ela não gosta desses cuidados exagerados. – Ela disse voltando para a cozinha e eu fui atrás dela.
- Eu não acho exagerado. – Disse procurando saber onde foi que errei.
- As cadeiras de massagem nos camarins dos shows. – Ela apontou e eu suspirei.
- Eu só quero que ela fique relaxada e descansada, duas horas em pé é muito para uma mulher grávida. – Ela me olhou negando.
- E os seguranças? – Ela perguntou se referindo aos dois seguranças que eu contratei para ajudar Ricardo e Francisco a cuidar da Ju, talvez eu tenha dado uma ordem pedindo para eles carregarem ela de vez em quando.
- Você sabe que ela tem uns fãs assustadores. – Me justifiquei.
- Deixe de besteira, você sabe que ela se cuida. – Ela disse e eu fiquei calado resistindo a vontade de rebater todas as vezes que ela não se cuidava.
- Juliette está uma fera com você. – Lucia entrou na cozinha rindo.
- Não tem graça Lucia. – Eu reclamei, mas ela riu mais.
- Tem sim. – Ela gargalhou. – Está dizendo que você não merece a festa de aniversário que ela organizou. – Ela me fez sorrir ao lembrar que ela passou a semana inteira organizando aquela festa.
- Por falar nisso, como anda os preparativos? – Perguntei animado já que ela não me deixava chegar perto da área da piscina.
- Uma maravilha, o cheiro da comida está vindo aqui. – Ela disse e Dona Fátima fez muxoxo, ela queria ter preparado tudo, mas Juliette não deixou.
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ENCONTROS NOTURNOS
General FictionUma juíza solitária que mora em uma cidade do interior de São Paulo, decide frequentar um clube noturno para afastar a solidão de estar tão longe de casa. Observação: Voltei a publicar, vai ficar online por tempo indeterminado.