Capítulo 24 - O amor destranca todas as portas

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" Procure e encontre a liberdade de espírito porque onde existe liberdade verdadeira, existe paz; e onde existe paz, existe amor; e o amor destranca todas as portas."

Voltar para casa foi uma sensação atordoante, eu sentia como se tivesse caído de uma altura enorme com a cabeça no chão. A sensação era esquisita como se eu nunca tivesse partido, mas ao mesmo tempo era como se eu não passasse de uma convidada indesejada. Uma estranha no ninho.

Foi a sensação de estar sendo uma intrusa que me fez deixar as malas na área de serviço, por outro lado, foi a sensação de pertencimento que me fez procurar Rodolffo pela casa, adentrar cada cômodo e sentir uma saudade louca da minha vida ali. Rodolffo não estava em canto nenhum do lado de fora, mas estava uma bagunça danada na área da piscina.

Entrei em casa e fui procurar por ele, cada andar era uma agonia e um sentimento diferente, a casa completamente enfeitada para o Natal me fez pensar no natal passado e na casa cheia, o peru perfumando o ambiente, a música animada, as pessoas felizes e conversando. Lembrei que eu havia aceitado seu pedido de casamento no meu aniversário e olhei para o novo anel que ele havia me presenteado logo depois do último atentado que sofri. A felicidade e segurança que senti naquela casa eram como chamas que me incendiavam a cada passo que eu dava.

Quando cheguei na frente do nosso quarto ouvi seu barulho lá dentro meu coração bateu feito doido no peito e eu senti a saudade acumulada de todos aqueles meses distante, queria saber como ele estava, mas tinha receio e vergonha das minhas atitudes. Aquele sentimento me fez bater na porta do quarto e não simplesmente adentrar como eu fiz em outro tempo.

Ouvi seus passos até a porta e ele abriu de forma brusca, o vislumbre do homem bonito que ele é, chegava a desajustar-se da figura confusa de sunga vermelha e botas me encarando do outro lado da soleira.

- Oi, Rodolffo, oi. – Eu sussurrei de forma atrapalhada quando ele me encarou por longos segundos.

Minha voz pareceu despertá-lo do seu transe e ele me puxou para dentro do seu abraço e eu me apertei em seus braços, pensando como foi que eu deixei aquela situação se prolongar por tanto tempo. Seu cheiro de álcool em nada tinha a ver com o cheiro de loção pós barba e perfume caro que eu estava acostumada, beijei seu peito e levantei meu rosto para olhá-lo, seu rosto tinha a expressão de alívio e dor, seus olhos fechados.

- Desculpa. – Eu pedi acariciando seu rosto.

Ele me agarrou pela nuca, sua boca procurou a minha num beijo profundo, enquanto me empurrava pelo quarto em direção a cama, meu coração bateu forte quando senti suas mãos por dentro do meu moletom e minha consciência gritava que nós deveríamos conversar primeiro antes de partir para o sexo, mas eu não ligava para a consciência naquele momento, eu só queria senti-lo em mim depois de tanto tempo longe.

Eu estava ficando sem ar, mas não ousávamos nos separar. Rodolffo soltou um gemido sofrido por entre o beijo, minhas mãos deslizaram por seu corpo e percorreram suas costas, deixando-o arrepiado. Suas mãos trabalhavam de forma intensa arrancando as roupas do meu corpo, ele atacou meu pescoço, beijando, mordendo e sugando, me deixando maluca.

Puxei sua sunga de forma apressada e ele veio por cima de mim e pressionou seu corpo contra o meu, me fazendo sentir sua ereção entre minhas pernas, soltei um gemido de prazer. Aquilo pareceu estimulá-lo, pois, ele se encaixou em mim de forma apressada, quando eu ainda não estava completamente pronta e ele ainda usava as botas, o vai e vem desesperado e desengonçado nos fez gozar em menos de cinco minutos. Eu perdi a noção por uns segundos, eu nem se quer lembrava meu nome, tudo que eu sentia era meu coração descompassado, e aquela corrente elétrica percorrendo meu corpo. O ápice veio com minha consciência gritando que devíamos ter conversado antes de tudo aquilo, principalmente pelo vazio que me tomou quando ele saiu de mim.

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