Capítulo 20 - Um tempo para dois.

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Segundou com S de sempre dá para melhorar!

Tem alguém aí querendo capítulo novo? Bora ler meu povo!

Sempre que imaginava como seria a minha vida e meu futuro eu pensava que iria ser uma desembargadora, casar com um belo e bem-sucedido homem e constituir uma família. Desde os vinte anos eu seguia um planejamento. Isso mesmo! Eu tinha a minha vida na ponta da caneta, caso algo saísse do planejado eu esperneava e fazia de tudo para dar certo. Eu nunca me decepcionei com isso! O planejamento era a forma mais segura de evitar frustração, pois, seguindo os passos eu conseguia tudo o que eu queria que acontecesse na minha vida.

O planejamento deu certo até que eu conheci o Rodolffo, aquele homem era um perigo! Ele poderia representar o tipo belo e bem-sucedido, mas estava longe de ser o ideal para o planejamento. Isso porque uma hora ele iria cansar de ser certinho e me colocar um belo par de chifres, ou mais que par. Como um músico sertanejo eu sabia bem o assédio que ele sofria por parte da mulherada, então eu nunca esperei que passados cinco meses da nossa aventura sexual nós estaríamos casados.

Outra coisa que jamais imaginei foi deixar meu trabalho que eu batalhei tanto para conseguir. Parecia que eu havia passado a vida inteira me preparando para algo, mas o resultado foi completamente diferente do que eu esperava. Hoje, olhando para minha vida, eu não consigo imaginar como seria se eu tivesse dispensado Rodolffo e continuado com o planejamento.

Olhando para o planejamento agora, talvez eu estivesse morta e o planejamento do oficial Pedro fosse mais sucedido que o meu. Isso porque Rodolffo foi o único ponto fora da curva no meu planejamento. Ele não se encaixava no meu mundo! Ainda assim, ele insistiu em ficar e porque eu sou muito fogosa, não resisti. Não fosse a insistência dele em me encantar e enlouquecer, após a nossa aventura sexual eu teria voltado para a minha solidão no meu apartamento em São Paulo, isso significava que eu continuaria sendo ameaçada e precisaria da escolta policial. Eu encontraria meu fim!

Eu tive um sonho. Eu descia as escadarias do tribunal e encontrava com o oficial Pedro, sorria inocente, enquanto ele me guiava para um carro que me levava para uma mata e lá eu encontrava meu fim. O som do disparo me despertou.

Abri os olhos quando senti a cama se mover, olhei para mainha que estava sentada ao meu lado acariciando meu rosto. Cecília estava tentando deitar-se mais próxima de mim, quase com medo de ser rechaçada, a chamei com o braço bom e ela abriu um sorrisinho tímido vindo ao meu encontro, recebi um beijo no rosto antes dela se aconchegar em meu abraço. Olhei para mainha que tinha a aparência cansada, fiz sinal para ela se deitar ao meu lado e recebi um beijo na testa, enquanto ela me abraçava se aconchegando ao meu lado.

- Está tudo bem, mainha. – Eu sussurrei e ela chorou baixinho.

- Eu só tenho tu, Juliette. – Ela disse de forma sofrida.

- Eu sei. – Respondi me movimentando lentamente para deitar minha cabeça em seu braço. – Isso não vai mais acontecer. – Ela beijou minha bochecha e eu descansei em seus braços.

X

Os dias que seguiram a minha recuperação eu dormi muito, mas sempre que eu abria os olhos tinha alguém no quarto comigo. Mainha, Rodolffo e Cecília eram as presenças constantes, meus irmãos vieram apenas duas vezes e depois para se despedir. Preto foi o único que ficou e foi muito bom, pois ele me divertia nos momentos em que eu estava acordada. Painho também estava sempre lá, mas ele era mais silencioso e eu sempre voltava a dormir.

Diferente dos outros dias hoje eu acordei disposta, eu queria sair do quarto, mas ainda era cedo e Rodolffo dormia um sono pesado, o coitado estava cansado, afinal foi ele quem cuidou de mim todos aqueles dias. Uma rotina pesada com banho, curativos, refeições, me carregar para o banheiro e mais um banho antes de dormir. Quando chegava o final do dia ele estava exausto, então após 15 dias naquela rotina doida ele só acordaria se eu o despertasse. Peguei o celular e mandei mensagem para Preto perguntando se ele estava acordado, a resposta veio de imediato e eu pedi para ele ir me buscar na porta do quarto dali a 15 minutos.

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