O sábado chegou rápido depois de uma semana corrida e atarefada. Alonguei o corpo na cama sentindo o sol tomar o quarto através da cortina fina. Abri os olhos e foquei no pequeno relógio que ficava ao lado da cama, marcava 10:00 horas da manhã e para quem foi dormir às 03:00 da manhã era um bom horário.
Levantei e fui direto tomar banho para espantar a preguiça que o dia prometia, aproveitei para tomar os devidos cuidados com a pele e o cabelo, pois mais tarde eu queria estar fazendo sucesso. Passei praticamente duas horas no banheiro, mas valeu a pena, minha pele estava tão macia que parecia pêssego, meu cabelo estava sedoso, cheiroso e ondulado. Depois fui providenciar meu visual para o evento que aconteceria à noite no clube do Rodolffo.
Pensar nele me fez inquieta, ansiosa e com tesão. Enquanto olhava pensativa para o guarda-roupas lembrei do último momento que estive com ele.
LEMBRANÇAS
- Ju! – senti ele me balançar um pouco e abri os olhos. Fiquei surpresa porque ele estava de camisa social e terno. – O que você gosta de comer? – perguntou olhando em meus olhos.
- Qualquer coisa. – Respondi confusa, eu tinha acabado de deitar com ele de cueca e agora o homem parecia um deus grego.
- Você não tem alergia a nada?
- Não. – Respondi me sentando na cama. – Que horas são?
- 12:45 quase 13:00. – Ele falou me analisando.
- Você não me acordou como prometeu. – falei procurando meu celular. Eu precisava da resposta da ginecologista.
- Eu perdi a hora também. – respondeu em tom de desculpas. – Já pedi nosso almoço dorminhoca. – Ele falou dando um selinho em meus lábios seu hálito era fresco e me fazia consciente do meu provável estado lastimável pós-festa.
- Eu preciso tomar banho. – falei para ele que me ajudou a levantar da cama.
- Tem toalhas no armário e escovas novas na gaveta. – Assenti agradecendo.
- Meu vestido falei procurando pelo quarto? – Eu teria que usar aquela peça indecente para voltar para casa. Ontem eu estava me sentindo muito safada e gostosa com aquele pedaço de pano, agora consciente das marcas pelo meu corpo eu já me sentia um pouco tímida.
- Está num cabideiro por lá. – Ele falou enquanto seguia para a mesa onde tinha um notebook e ele parecia trabalhar, era o que eu deveria estar fazendo.
Fui tomar banho e quando retirei o roupão me senti muito consciente do meu corpo, as marcas das suas mãos estavam vermelhas em minhas coxas e bunda, meus peitos estavam sensíveis e pesados e pescoço era um caso perdido, até a minha intimidade estava dolorida e sensível. Em contrapartida eu me sentia relaxada e saciada, uma satisfação no ego em me sentir apreciada e desejada.
Abri a ducha e tomei um banho quente e relaxante, evitando molhar o rosto e os cabelos, quando eu chegasse em casa poderia fazer minha limpeza completa. Saí da ducha me secando, escovei os dentes, ajeitei os cabelos com as mãos e dei um jeito na minha maquiagem. Deus abençoe a maquiagem a prova d'agua.
Quando, por fim, coloquei meu vestido percebi que aquela seria a minha única peça de roupa já que ele rasgou a minha calcinha na noite anterior. Balancei a cabeça rindo da minha situação e saí do banheiro vendo que ele continuava no mesmo lugar, todo gostoso de camisa social e terno preto trabalhando.
- Rodolffo, você viu meu sapato? – perguntei enquanto procurava ao redor.
- Aqui! – Ele respondeu me chamando para perto e eu fui.
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ENCONTROS NOTURNOS
Ficción GeneralUma juíza solitária que mora em uma cidade do interior de São Paulo, decide frequentar um clube noturno para afastar a solidão de estar tão longe de casa. Observação: Voltei a publicar, vai ficar online por tempo indeterminado.