Capítulo 7 - Hormônios e Cachaça

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Quando acordei a cama estava vazia e o espaço de Rodolffo estava frio, procurei o celular pelo quarto e achei em cima de uma mala junto com minha bolsa. Minhas malas estavam arrumadas e o quarto também, olhei ao redor e tudo parecia limpo e cheiroso. Peguei uma muda de roupa e fui para o banheiro, sorri ao perceber que praticamente todos os itens de higiene que eu usava em casa estavam dispostos a enorme bancada da pia. Tomei banho e escovei os dentes, enquanto ainda encarava aquela bancada, a sensação de ser cuidada era deliciosa.

Segui o cheiro delicioso que vinha da cozinha e quando entrei fiquei de cara com a mesa posta, cheia de frutas, pães, frios e sucos, mas o bolo com uma vela em cima me deixou intrigada.

- Bom dia, lindo! – Saudei fazendo ele notar minha presença, ele estava concentrado fritando ovos.

- Bom dia, linda! – Ele sorriu colocando os ovos numa travessa e colocando sobre a mesa. – Dormiu bem? – Ele perguntou vindo me abraçar e fiz que sim.

- Vai vir visita aqui hoje? – Perguntei curiosa fazendo ele rir.

- Não, hoje é só eu e minha chupa-péda. – Ele beijou minha testa.

- Tem uma vela no bolo. – Apontei sem entender o motivo.

- É para comemorar nosso aniversário de um mês. – A revelação me deixou chocada, eu olhava para ele e para o bolo sem conseguir encaixar a figura do macho alfa e do bolo na minha cabeça.

- Deu erro. – Ele perguntou vendo minha expressão assombrada e perplexa.

- Eu acho que isso nunca aconteceu comigo. – Falei sem conseguir disfarçar o choque. Ele riu.

- Nem comigo. – Ele gargalhou da minha apatia e me puxou para sentar-se em seu colo. – Fui à rua comprar umas coisas para o café da manhã e umas coisas suas que você não trouxe, vi a vela e trouxe para colocar no bolo. – Olhei para ele sem saber como agir.

- Calma. – Ele disse passando as mãos no meu rosto. – Foi só uma brincadeira. – Ele riu, mas eu continuei quieta e ele puxou a vela do bolo. – Pronto, agora é só um bolo normal. – Continuei calada sem saber processar aquele sentimento doido que me deixava apática.

Ele me olhou preocupado e colocou a vela num canto escondido atrás do bolo, ele beijou minha testa e perguntou se eu queria café, fiz que sim e ele colocou para mim, aos poucos fui respirando, sua mão alisando minhas costas era um calmante que eu não sabia que precisava. Ele colocou torradas e ovos para mim, comi em silêncio.

- Tudo bem? – Ele perguntou em dúvida e eu não saberia dizer, estava confusa. Deitei a cabeça no vão entre seu ombro e seu pescoço e dei um beijo ali. – Foi uma brincadeira sem graça, desculpa! – Ele sussurrou e levantei a cabeça para olhá-lo, ele parecia arrependido e eu só queria fazer amor com ele.

Levantei-me do seu colo e estendi minha mão num convite mudo, ele aceitou o convite e pegou minha mão, puxei ele para o quarto e empurrei ele sobre a cama. Fui por cima dele, uma perna de cada lado do seu corpo. Suas mãos vieram para meu rosto, seus olhos nos meus perguntando se estava tudo bem, sorri e fiz que sim. Ele sorriu nervoso e me beijou inseguro.

- Está tudo bem! – Garanti separando o beijo e olhei em seus olhos. – Faz amor comigo vai? – Pedi e ele sorriu me abraçou forte nos virando na cama.

- Eu faço o que você quiser. – Ele sussurrou e me beijou com vontade.

O beijo começou intenso, sua língua dominando a minha, sorri por entre o beijo, sua brincadeira finalmente fazendo sentido para mim. Ele parou o beijo para me olhar e acabei gargalhando, mas que brincadeira idiota.

- Era um "mesversário"? – Perguntei gargalhando e ele fez que sim. – Mas que ideia besta! – Eu ainda ria sem acreditar naquela besteira dele.

- Era essa a reação que eu estava esperando. – Ele disse tímido.

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