Capítulo 8 - Tchau, Goiânia!

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Acordei assustada, Rodolffo estava entrando no quarto.

- Onde você estava? Vai fazer o quê? – Perguntei assustada, o coração acelerado.

- Vou mijar, mulher! – Ele falou e eu me sentei na cama, morrendo de sono, esperando-o voltar. – Por que você está dormindo sentada? – Ele perguntou de joelhos na minha frente.

- Porque eu tenho que tomar conta de você. – Eu disse puxando-o por cima de mim, caímos deitados na cama.

- Por que você teria que tomar conta de mim? – Ele perguntou beijando meu rosto.

- Porque você quer pular na piscina daqui de cima. – Eu disse segurando-o com minhas pernas e braços.

- Eu quero o quê? – Ele perguntou rindo e eu abri os olhos para ver ele totalmente acordado e vestido.

- Você acordou que horas? – Perguntei me sentindo péssima cuidadora de bêbados.

- Era cedo, acho que uma 13:30hs. – Ele beijou meus lábios. – Me explica essa história da piscina? – Pediu.

- Que horas são? – Perguntei olhando pelas frestas da cortina, o sol estava alto no céu e a claridade proveniente dali me fez fechar os olhos.

- 15:30hs. – Ele disse virando meu rosto para olhá-lo. – Piscina?

- Você bebeu demais e por algum motivo achou que seria muito legal pular daqui de cima na piscina. – Eu disse abraçando-o. – Nunca mais beba desse jeito Rodolffo, você me deixou completamente aterrorizada. Eu não sabia o que fazer.

- Eu não consigo nem acreditar nisso. – Ele estava completamente chocado.

- Pois é, por favor, não bebe mais assim. – Falei abraçando-o. – Eu tive que te convencer que a gente faria a Maria Luiza para você desistir de pular, inclusive, suas roupas ficaram lá fora.

- Que loucura! – Ele disse incrédulo.

- Promete que você não vai mais beber assim? – Pedi olhando-o nos olhos.

- Prometo. – Ele disse me abraçando.

- Promete mesmo? Olha quando você beber e quiser fazer alguma coisa, pense primeiro e deixe para fazer quando estiver sóbrio. – Eu disse puxando seu rosto para me olhar. – Pode parecer besteira, mas não dirija se estiver bebendo, não nade, não pule ou se atire dos lugares e não transe com ninguém, principalmente. – Ele sorriu e concordou.

- Eu prometo, mãe. – Ele disse sorrindo, mas suas palavras foram sinceras.

- Agora, vamos almoçar que eu estou morrendo de fome. – Eu disse e ele sorriu. – A Iza ainda está dormindo? – Perguntei e ele fez que não.

- Está rolando o maior churrasco lá na área da piscina e eu vim te chamar para comer. – Ele me olhou em expectativa esperando que eu aceitasse seu convite.

- Daqui não dá para escutar nada. – Eu disse admirada que não escutei o barulho. – Deixa eu colocar uma roupa. – Eu disse e ele me soltou.

Fiz minha higiene matinal e vesti um short jeans e uma blusa dele que parecia ser de academia. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e peguei meu celular em minha bolsa e voltei para o quarto. Quando voltei para o quarto ele estava perplexo que as roupas dele estavam na varanda, como eu havia dito, ainda me pediu mais detalhes e eu disse a ele como foi tudo tenso, apesar de ter sido rápido.

- Bêbado só faz merda. – Ele disse e eu fiz que sim.

Descemos de mãos dadas, mas passei na cozinha para pegar um café e fomos para a área da piscina, os pais dele, Israel e a família, Iza e o Tubarão estavam por lá. A comemoração era sobre o sucesso que as músicas novas dos meninos estavam fazendo na internet e nas plataformas digitais. Fui bem recebida por todos, a mulher de Israel me agradeceu por não deixar ele voltar dirigindo bêbado para casa, apenas disse que era o que ele precisava. Dona Vera me agradeceu por cuidar dos filhos dela, seu Juarez me deu um beijo na cabeça e um prato de comida, acho que Rodolffo puxou a ele.

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