KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)

05 | ғᴜᴛᴜʀᴏ

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* FlashBack On *

— Olá...? - Digo sem escutar nada em resposta, apenas o eco da minha própria voz. - Tem alguém aqui?... - Encosto a enorme porta de ferro atrás de mim e adentro o local escuro em posição de ataque. As minhas duas caudas e orelhas estavam arrepiadas.

Alguns segundos depois de que encostei a porta, ouço um barulho vindo do fundo do lugar, onde estava totalmente escuro.

— Eu sou Volpine, a Demônio Kitsune, e vim fazer um acordo com você. - Me aproximo ainda mais da escuridão e paro assim que vejo um olho redondo arregalado no meio do escuro.

— Oh... Você. - Uma voz estranha que não fazia eco pronuncia. O olho redondo pisca, e uma aura estranhamente demoníaca começa a transparecer. - Vol-Pi-Ne. - Ele repete o meu nome em sílabas. - Então foi esse o nome que seus pais escolheram para você, hm? A minha previsão estava certa mais uma vez...

Com isso, o Demônio do Futuro aparece em meio as sombras. Ele era alto e seu corpo lembrava uma árvore com troncos, folhas, e até mesmo raízes. Em sua cabeça, dois chifres enormes, onde as pontas pareciam galhos. No centro da barriga, um buraco, onde o olho redondo era visível lá dentro.

— Você tem um irmão, estou certo? - Ele continua. - Metade anjo e metade demônio... Isso parece até contraditório.

— Sim. O nome dele é Angel, somos gêmeos.

— Eu já sabia, minha querida. Eu sei de tudo. - Ele abre os braços. - O que te traz aqui?

— Não é óbvio? Quero saber o meu futuro.

— Hmm... Algo como um contrato, é? Isso me parece familiar... Você quer que aconteça da mesma maneira que aconteceu com a sua mãe, sim?

— Isso mesmo.

— Tudo bem. Mas antes, quero que saiba de duas coisas... - Ele faz o número um com a mão. - Primeiro, você sabe que, assim como aconteceu com a sua mãe, eu tive um preço, e não é qualquer um que pode pagar...

— Eu não sou qualquer um. - Digo fazendo algo que parecia ser um sorriso se formar no demônio.

— Ótimo. - Ele faz o número dois com a mão. - Segundo, quero que saiba que... O futuro é pica! Vamos lá, O FUTURO É PICA! REPETE COMIGO: O FUTURO É PICA! - Eu continuo o olhando com uma face indiferente. - Ahh Vamos, coloca o rosto na minha barriga. Estou curioso para saber como vai ser o final da história da sua mãe.

Coloco a cabeça no centro da barriga do demônio. Sem enxergar nada, ouço-o fazer algum barulho, creio que seja para que eu volte.

— E ai? - Pergunto.

— Huuuum... Seu futuro é bom... - Ele parecia pensativo. - Quero saber o desfecho da história.

— Você pode me dizer algo sobre...?

— Bom, você vai morrer solitária. Vai ser uma morte dolorosa... Não pelo motivo, não totalmente, mas por você ter visto... Visto todos que você ama morrerem. TODOS ELES! - Ele se empolga. - TODOS, TODOS! E bem na sua frente...

— Todos que eu amo? Mas eu sou um demônio.

— E? - O Demônio do Futuro diz.

— Eu sou incapaz de amar alguém, não sou uma humana.

— O seu irmão, você não o ama? - Ele se senta no ar e cruza as pernas.

— Não. Eu não sinto nada. Nem mesmo amor fraterno. - Percebo que algo que parecia ser um sorriso aparece novamente na face do demônio.

— Então você não acha que os seus pais se amavam? Você é híbrida por um motivo.

— É diferente... - Tento procurar uma explicação mas não consigo pensar em nada.

— Estou ansioso para ver a sua reação com a vista do seu futuro... É algo que posso te dizer é: Verei tudo isso de camarote. HAHAHAH! - Ele gargalha. - Você já pode ir, garota. Acertamos o preço depois. Volte para me ver mais vezes, gosto de conversar com você.

Logo após, viro de costas e saio pela porta pesada de ferro. A única coisa que passa pela minha mente é: O que aconteceu aqui? O que ele quis dizer com isso?

❦ Visão Narrativa ❦

— O futuro é pica! O futuro é pica! O futuro é pica! - O Demônio do Futuro repetia várias vezes. - O futuro! É pica! O futuro! É pica! Repita comigo! O futuro é pica!!!

   Alguns meses se passaram dês de que Volpine veio em busca de desvendar o seu futuro com a ajuda do Demônio do Futuro. No momento, o tal demônio ajudava outra pessoa a se "desembaralhar", e essa pessoa tinha um nome conhecido pelo mesmo: Aki Hayakawa.

   O demônio já esperava pela visita do rapaz. Querendo ou não, o futuro de outra pessoa já havia revelado que Aki viria.

— Estou aqui para fazer um contrato. Me diga o que você quer. - Hayakawa pronuncia.

— Porra... Puta balde de água fria! - O Demônio também já havia visto algumas partes do futuro do rapaz. - Ah, foda-se. Me mostre o seu futuro! Eu vou pensar do que pedir dependendo do seu futuro! - É obvio que o demônio já sabia o que queria, mas ele precisava ver o futuro pelos olhos de Aki pelo menos uma vez. - Anda logo e coloca seu rosto na minha barriga! Como espera que eu veja o seu futuro? - Assim, Aki faz. - Ngh! Fu... FuFu... UFuFuFuFu... - O demônio faz alguns sons e Aki volta. - Eis o termo do contrato! Ele se aproxima mais do Hayakawa. - Me deixe viver no seu olho direito! Faça isso, e eu vou te ajudar! Você está pensando "Só isso?" né?... - Ele abre os seus seis olhos que tinham na cabeça, que antes, estavam fechados. - Não só quero, como tenho que ver o seu futuro com os meus próprios olhos... Sabe, você vai morrer da forma mais horrível possível! Quer saber como vai morrer...? Você vai— - Ele é cortado pelo próprio Aki.

— Não precisa. Eu não me importo. Se eu puder matar quem eu desejo... Não ligo pro que acontecer depois. Anda logo e entra no meu olho. - O demônio sorri.

— Desse jeito você vai me deixar ansioso! - Ele abre os braços. - Quero ver você mudar de ideia aos poucos... Sabe, garoto. Eu tenho uma pergunta para você.

— Diga.

— Você acha que um demônio pode se apaixonar?

* FlashBack Off *

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