24 | ᴍᴜʟʜᴇʀ ʙᴏᴍʙᴀ

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— O que aconteceu!? - Digo vendo Denji com os dois braços e uma perna faltando. Ele estava no colo do Possesso Tubarão em uma situação deplorável.

— Ele estava na porta falando algo sobre a divisão especial... - Nomo me responde. Ele ainda parecia envergonhado de antes, não que eu também não estivesse. - É um dos seus possessos, Aki? - Pergunta ele.

— Sim! - Hayakawa responde olhando para Denji. Eu tentava não manter um contato visual, isso porque ainda não tinha raciocinado o que havia acontecido antes. - O que aconteceu com o Denji? Um demônio atacou ele? - Pergunta ao possesso.

— Urgh... - Ele geme. Seu rosto estava cheio de cortes e o seu nariz escorria sangue. - BOMBA ESTÁ VINDO! BOMBA... ALIADO DO PISTOLA...!

— Como você sabe? - Pergunto.

— Aaaaghhhr... - Aparentemente, ele sentia muita dor para falar.

— É melhor que você a responda. - Aki o pressiona. - Eu posso te matar aqui e agora se você não responder.

— Se eu falar vão me matar! Eu prometi pra mestre Makima!

— Makima? - Aki questiona.

— AH! ELA ESTÁ AQUI! BOMBA ESTÁ AQUI!!! - O possesso Tubarão se desespera.

Quando olhamos da porta à diante, vimos a silhueta de uma mulher se aproximando.

— E aí gatinha! - Nomo diz e a silhueta continua a se aproximar. - Foi mal, mas você não pode vir aqui!... Aki, pegue sua parceira e vá embora. - Ele sussurra a última parte para que apenas nós pudéssemos ouvir.

— Eu não sou a parceira dele. - Corrijo.

   Sem dizer nada, Aki coloca Denji nas costas e corre até a escadaria que daria para o andar de cima. Antes de subir o primeiro degrau, ele para e me olha, como se estivesse esperando. Eu reviro os olhos e subo as escadas depressa em sua frente.

   Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, assim que pisamos no segundo andar, a mulher-bomba apareceu. Ela tinha a cabeça em formato de míssil e o corpo de uma mulher, além de estar semi-nua.

   Assim que ela se aproximou, usei o Fogo-de-Raposa para que desse tempo de Hayakawa colocar Denji no chão. O meu poder não foi muito efetivo, mas já foi o bastante para entreter a mulher a tempo de que eu pudesse usar o Disfarce para fazer uma ilusão e tirar Denji do seu caminho.

Fica aí! - Eu sussurro para Denji e rapidamente me viro para a mulher.

— KON! - Aki diz fazendo o braço enorme de seu Demônio Raposa aparecer. A mulher desvia com facilidade.

   Nenhum dos meus poderes seriam úteis agora. Qualquer um que tente se aproximar da mulher, explode. O único poder que tenho de longo alcance é o Fogo-de-Raposa, que seria muito bem utilizado com um arco e flechas, mas naquele momento, não pude enxergar nada que eu pudesse usar para transformar num arco, e muito menos nas flechas.

   Quando pude perceber, em meio ao combate, Denji estava em pé, com a sua perna e um dos braços regenerados. Ele encarava de frente a mulher Bomba.

— Oh, merda. - Digo vendo a desobediência de Denji.

— Você não morre tão fácil assim, hein? - Ela diz ao garoto.

— Como eu posso morrer com você mostrando essa bundinha gostosa. - Ele diz e eu reviro os olhos, que horror.

— Ei. - Hayakawa chama a minha atenção. - Recebi ordens para irmos para o carro. Vamos.

— Por que eu deveria te obedecer? Não lhe devo nada. - Eu ainda sentia pelo que havia acontecido a pouco.

— Você me obedeceu quando eu mandei abrir a boca. - Responde me fazendo franzir as sobrancelhas bufando.

Nós descemos rapidamente as escadas e corremos até o estacionamento. A recepção do prédio estava destruída, com várias marcas de explosão.

Assim que adentramos o carro, eu me sentei no banco do passageiro e Aki no do motorista.

— Por que viemos aqui? - Pergunto.

— Ordens do vice-capitão, não minhas. - Ele responde.

Um clima pesado e um silêncio absoluto se estabelece. Por algum motivo, fiquei incomodada com isso, ainda mais com as cenas do terraço rondando a minha mente... Querendo ou não, eu teria de perguntar.

KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)Onde histórias criam vida. Descubra agora