20 | ᴍᴀɪs sᴏʀᴠᴇᴛᴇs

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Naquela noite, antes de dormir, escovei os meus dentes e dei "boa noite" ao meu irmão. Em seguida, segui até o meu quarto, onde eu despacharia todas as minhas coisas que estavam na minha mochila, na qual levei para a missão do Demônio Marionete.

Comecei pelas roupas, colocando metade delas dentro da máquina de lavar e a outra metade pendurando no meu guarda-roupas. Em seguida, alguns produtos de higiene, os guardando no banheiro.

   Por fim, o diário de Kaito, que estava no fundo da minha mochila. O guardei na segunda gaveta da minha penteadeira, com cuidado para que não amassasse.

Já pronta para dormir e com tudo arrumado, apaguei a luz e fui até minha cama, me cobrindo, e em seguida, desligando o abajur de luz amarelada.

(...)

— Bom dia, Power! - Digo sorridente enquanto encho a minha garrafinha no bebedouro do prédio da Segurança Pública, Power andava desajeitada enquanto olhava para baixo, dando um nó em sua gravata.

— Volpi!! - Ela levanta o olhar e vem em rápida em minha direção.

— Volpi? -Digo ainda com um sorriso no rosto. - Você se lembrou do meu nome?

— É assim que o seu irmão te chama, né! - Ela abre um sorriso pontudo no rosto. - É óbvio que eu lembrei! Enquanto você tava na sua missão, o seu irmão só te chamava assim! - Enquanto ela dizia, Denji se aproximou por trás dela e passou o braço pelo seu pescoço, em algo como um abraço de lado. - Aí! - Ela tira o braço do rapaz e o empurra bruscamente para o lado. - Sai daqui!

Sem dizer qualquer coisa e olhando para o nada com uma cara estranha, Denji continua andando em direção ao elevador, como se nada houvesse acontecido. Eu bebo um gole da minha garrafinha cheia de água enquanto olho estranho para o Garoto Serra-Elétrica.

— O que há com ele? - Pergunto à Power.

— Acho que tá apaixonado. - Ela cruza os braços e franze o cenho. - O Denji é um otário ingênuo! Essa garota nem deve ligar pra ele e o idiota já tá imaginando coisas!

— Ela é daqui? - Me refiro à Segurança Pública.

— Não... Bom, eu acho que não. O cabeçudo não fala nada! Ficou mudo! - Ela se exalta.

— Hmm... - Digo digerindo a fofoca.

— AH! - Power se desespera do nada e começa a saltitar como se não soubesse o que fazer. - Makima quer me ver! Eu esqueci! - Ela corre em direção ao elevador me deixando para trás. - TCHAU! - A garota grita de longe e eu aceno.

E assim, eu volto a ficar entediada. Sem nada para fazer, eu me sento em um sofá enquanto tomo a minha água.

— VOLPI! - Ouço o meu nome assim que me conforto no acento do sofá, e logo em seguida, o meu irmão pula por cima do encosto, se sentando ao meu lado.

— Oi, Angel. Aconteceu alguma coisa? - Pergunto tentando entender a sua animação.

— Descobri que Hayakawa vai sair daqui a pouco. Vou pedir autorização para ir com ele e encontrar uma escapatória para tomar sorvete. Vamos? - Ele pergunta se levantando e pouco esticando suas asas.

— Sorvete? Vamos! - Fico em pé. As minhas caudas balançavam de um lado para o outro em alegria.

Nós fomos até o elevador, subindo para o andar acima do que estávamos. Pedimos uma autorização para sair, a qual todos os membros da divisão número 4 precisavam para pisar para fora do prédio, a não ser que seja pra ir para a nossa residência. Dissemos que iríamos com Hayakawa, mesmo que ele não tenha nem ideia disso.

   Quando fomos ao elevador para descer para o térreo novamente e esperar até que Aki saísse, assim que as portas se abriram, nos deparamos com o mesmo. Ele já estava pronto para ir, e tinha os seus braços cruzados.

   Angel e eu nos entreolhamos assim que vimos o rosto de Hayakawa, e em seguida, entramos no elevador.

— Você vai sair, não? - Angel é direto. - Nós vamos com você. - Meu irmão o estende a autorização sem esperar por uma resposta. Aki pega em mãos e lê, nos olhando desconfiado.

— Eu sabia que você estava tramando alguma coisa, seu merda! - Aki fica bravo com Angel, que dá de ombros sorrindo. As portas do elevador se abrem e os olhos de Angel brilham.

   Com os passos pesados, Hayakawa se dirige para fora do prédio, seguido por Angel e eu. Assim que pisei os meus pés na calçada, escondi a forma híbrida, mesmo que não mudasse muita coisa, já que as enormes assas aparentes de Angel já chamavam atenção demais por si só.

— Para onde estamos indo? - Sussurrei para o meu irmão enquanto andávamos na calçada em direção ao estacionamento.

— Eu não sei para onde Aki pretendia ir, mas que ele já sabe que queremos ir comprar sorvete, isso eu tenho certeza.

   Chegamos no estacionamento e continuamos seguindo Hayakawa, que foi até um carro preto, tirou suas chaves do bolso e abriu o carro. Em seguida, ele se sentou no banco do motorista, deu partida e ficou nos olhando com cara de tacho, isso porquê ainda estávamos em pé do lado de fora, o encarando.

— Entrem logo. - Aki fala após revirar os olhos. - Vocês estão sob a minha responsabilidade, os dois. Então peço que colaborem. - Ele diz em tom severo.

   Nós dois entramos no carro, nos sentando no banco de trás. Dessa maneira, nós fomos até um carrinho de sorvetes que estava estacionado próximo a uma calçada.

— Ali, ali! - Eu aponto pela janela, meu irmão também olha animado. - Eu quero sorvete!!! - Digo fazendo drama.

— Já ouvi essa história antes... - Hayakawa diz suspirando fundo e estacionando o carro. - E o final não foi bom, ao menos para mim. - Ele completa.

   Assim que o carro foi estacionado, nós caminhamos em direção ao carrinho de sorvetes. Eu estava alegre, Angel tinha um sorriso no rosto e Hayakawa parecia estressado como sempre.

KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)Onde histórias criam vida. Descubra agora