KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)

22 | ᴍᴇᴛᴀᴅᴇ ᴅᴇᴍôɴɪᴏ

⚠️ TW: Violência ⚠️

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— ONZE SORVETES? COMO DIABOS VOCÊ COMEU ONZE SORVETES? - Aki pergunta a Angel ainda sem dar partida no carro.

   Angel olhava pela janela do carro fingindo não prestar atenção. Não ficando do lado de Aki, mas onze casquinhas de sorvete eram muita coisa.

   Vendo que o meu irmão não diria nada, com raiva por ter ficado sem resposta alguma, Hayakawa girou a chave do carro e pisou forte no acelerador.

   Quando chegamos novamente ao estacionamento do prédio da Segurança Pública, Angel desceu saltitante como se não houvesse escutado bronca alguma de Aki.

   Nós entramos no prédio e finalmente pude deixar os meus "rabinhos" à mostra, o que para mim, era um grande alívio todas as vezes que pisava em algum lugar que poderia fazer isso livremente.

   Ainda quando mal havíamos entrado, uma das funcionárias veio correndo em nossa direção, parando Angel, Hayakawa e eu.

— Makima está procurando por vocês! Depressa! - Ela diz nos apressando para irmos até o elevador.

   Subimos até o andar do escritório de Makima, como o indicado. Ela estava sentada em sua habitual cadeira giratória de couro.

— Olá! Tenho uma missão rápida para vocês. - Makima começa.

(...)

   No final, Makima nos mandou matar um demônio que atormentava alguns humanos num beco, e depois, pediu para conversar com Hayakawa. Após, nós fomos para o tal beco, e é aqui que estávamos agora, com o demônio morto e completamente despedaçado em baixo de nossos pés. Aki havia acabado com ele sozinho usando a sua katana.

— Eu cuidei do demônio. - Ele diz reparando Angel encarar a carne. - Tentem não tocar no sangue nem na carne!

   Eu estava parada com os braços para trás enquanto encarava o chão todo sujo. Minhas caudas e orelhas estavam aparentes, assim como as assas de Angel, que estava agachado no chão, olhando a carne do demônio morto bem de perto. Os humanos em nossa volta nos encaravam com temor, mas há uma altura dessas, já nem ligávamos mais para coisas do tipo.

— Ohh... Parece ser gostoso. - Angel diz fitando a carne do demônio jogada no chão, e em um movimento rápido, vira o olhar pra mim, e em seguida para Aki. - Ei, humano. - Ele o chama, já que estava mais afastado. - Vem cá. Acho que ele é um caçador de demônios civil. - Aponta para um humano cheio de sangue em meio a toda a carne, olhando para aquilo, eu me aproximo, me agachando próximo ao meu irmão.

— Parece que ele foi comido por esse demônio... Ou melhor, metade do corpo dele. - Digo analisando e vendo que faltam algumas partes. - Morrerá logo...

— G-G-Guh... M-Me... M-Ma... Mate... - O corpo quase sem vida diz se esforçando para falar.

— Demônio Anjo. - Hayakawa chama pelo meu irmão. - O seu poder pode matar ele de forma indolor. Acabe com o sofrimento dele. - Imediatamente imagino que o meu irmão não faria isso.

— Hã? Nem a pau. - Como imaginei. - Antes de ser um anjo, eu sou um demônio. Volpine me entende mais que qualquer um, né? - Ele olha para mim e eu fico sem resposta. - Aliás, ela não tem a parte anjo. E ao menos falando por mim, quero que os humanos morram todos sofrendo. - Angel dizia sem olhar para nós, e tinha um olhar ameaçador para o homem em sua frente.

   Eu não pude expressar opinião alguma sobre isso. Mesmo que dentro de mim eu sinta que todos os humanos devessem morrer e queimar no inferno assim como nós, demônios, eu também imagino que alguns são bons demais para este mundo. São poucos, mas existem. Então mesmo não tendo a "metade anjo" como Angel disse, também tenho a opinião dividida quanto a isso.

   Sem nem pensar, após as palavras de Angel, Aki saca novamente sua katana e a enfia bem no meio da testa do homem, que se transforma em apenas um mero cadáver em meio à tantos outros.

— Obri... ga... - O homem tenta dizer aos sussurros, mas acaba morrendo antes de terminar a palavra. Hayakawa tira a katana ensanguentada do meio da cabeça do homem e guarda novamente na bainha.

— Eu nem consigo fingir que me dou bem com demônios. - Hayakawa diz totalmente sério, e eu entendo que aquilo foi para mim também, mesmo que não tenha dito nada.

— Creio que não. - Angel completa.

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