13 | ᴅᴇᴍôɴɪᴏ ᴅᴏ ғᴜᴛᴜʀᴏ

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— Você está se sentindo melhor? - Aki pergunta. Eu sabia que ele queria dizer em relação as crises de ansiedade, mas eu preferia não falar muito sobre isso.

— Sim. Foi algo momentâneo. - Respondo.

Nós estávamos deitados, ambos olhando para o teto da casa em que estávamos. Eu estava morrendo de sono, já que foi um dia cansativo.

— E você sabe o que foi o gatilho? - Aki tenta ser cuidadoso com as palavras.

— Sabe... - Eu me viro, deitando de lado e olhando para ele. Entre as nossas camas, tinha uma escrivaninha com um copo de água, que eu sempre deixava por perto todas as noites. - Acho que durante a viagem até aqui, tive um sonho muito peculiar.

— Conta aí. - Ele vira a cabeça, olhando para mim. - Se não for incômodo, claro. Talvez você não queira recordar...

— Não, tudo bem. Eu quase não me lembro, recordo apenas de um grande espelho... E de uma conversa com um demônio que conheci, o que deixou ainda mais estranho, já que conhecendo os seus poderes, muito possível que ele tenha entrado no meu sonho de propósito.

— Um demônio, hm?...

— É... - Eu lutava contra o sono para me manter acordada.

— Falando em demônio... O que faremos amanhã? - Ele pergunta.

— Não... Sei. - Tento deixar os meus olhos abertos.

— Você deve estar cansada... Teve um dia longo. - Ele percebe que eu estava com sono. - Discutiremos isso pela manhã. Boa noite. - Aki se vira para o lado oposto para dormir, dando um fim na conversa.

— Boa noite... Humano. - Em seguida, caio em um sono rapidamente.

Visão de Aki

— HAHAHAHAH! - Ouço uma risada estranha.

Abro os olhos lentamente, imaginando que fosse apenas um sonho estranho.

— O FUTURO É PICAAA!!! - O demônio do futuro estava bem na minha frente, com os braços abertos. - MEUS SENHORES, AGORA VEJO QUE ERA TUDO REAL. MAIS UM PONTO PARA MIM! SOU FODA PRA CARALHO!

— O que está dizendo? - Olho para os lados e não vejo nada além do demônio na minha frente. - Estou sonhando?

— Claro que não, seu merda. - Ele me faz franzir o cenho. - Eu estou no seu olho direito, esqueceu?

— E isso quer dizer que você pode invadir a minha mente assim?

— Não só a sua... - O demônio do futuro sorri e estala os dedos. Quando pude perceber, estávamos de volta ao quarto, na vila que Volpine residia quando mais nova. - Mas também a dela. - Ele aponta para a garota, que dormia tranquila na cama ao lado.

— O que? Mas o que ela tem a ver com isso? Nosso acordo foi apenas o MEU olho direito. - Pouco me exalto.

— São acordos diferentes, garoto... - Ele sorri.

— Você tem um contrato com ela!? Mas ambos são demônios.

— Não tire conclusões precipitadas... Não foi isso que eu disse.

— Então o que quer dizer? - Eu me lembro da conversa que tive a pouco com Volpine. - Foi você quem apareceu no sonho dela?... - Ele apenas sorri.

— Talvez... - Ele responde. - Sabe, eu gostaria de movimentar um pouco essa história patética... - O demônio se aproxima de mim. Enquanto tudo isso acontecia, Volpine dormia tranquilamente. - Vou lhe conceder um extra... Repita comigo: O futuro é pica!. Quem sabe assim posso te deixar ver o futuro mais uma vez...

— Isso é ridículo. - Respondo.

— Se é assim, já vou embora. É você quem decide... - Ele abre um grande sorriso com a sua boca estranha e demoníaca. - Vamos, é só uma frase. - Eu suspiro. Estava realmente curioso com o futuro, porém uma regra que mantenho é: Nunca confiar em demônios. Mas ainda sim...

— O futuro é pica... - Repito.

— O que é isso, garoto? - Ele debocha. - Vamos lá, animação! O FUTURO É PICAAA!

— O futuro é pica! - Falo dando uma entonação no final.

— É isso aí! - Se aproxima bruscamente e aponta para sua barriga, abrindo mais um olho. - Vamos lá, já sabe o que fazer.

   Coloco a cabeça em sua barriga, isso após me levantar da cama. O demônio do futuro faz alguns barulhos, assim como da última vez. Com isso, eu volto a olhar para os seus olhos.

— Hmmm... - Ele fecha todos os olhos e abre os braços. - Vejamos... Algumas coisas mudaram, mas o mais importante ainda se mantém. Da última vez, você disse que não queria saber como morreria, mas e agora... Gostaria de saber como você e a raposa devem encontrar e matar o demônio que procuram amanhã?

— Não seria uma má ideia. - Respondo.

— Ótimo! Mas em troca... - Ele faz uma caixinha pequena toda embalada aparecer em suas mãos. - Quero que abra isso no dia em que eu mandar. Por enquanto, NÃO ABRA DE MANEIRA ALGUMA. Você me entendeu?

— Sim. - Seguro a caixinha que não era muito pesada. - O que quer que esteja aqui dentro, não pode me matar, pode? Talvez a minha morte que você tanto espera para assistir seja por sua causa.

— Não dessa vez, isso eu lhe garanto. - Ele estende sua mão que lembrava um galho de árvore. - E então, temos um acordo?

— Fechado. - Aperto a sua mão.

KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)Onde histórias criam vida. Descubra agora