06 | ᴀ ᴅᴇᴍôɴɪᴏ ᴅᴇ sᴀɴɢᴜᴇ

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Visão de Volpine

   Aki e eu lutávamos contra a garota que possuía o contrato com um demônio, cujo possuía muitos braços e uma só cabeça.

   Para lutar contra o demônio, precisei usar mais uma das novas técnicas que aprendi devido a segunda causa da Kitsune, a segunda e última habilidade que conquistei.

   Peguei um cabo de vassoura que encontrei jogado em uma das partes abandonadas do hotel-fantasma em que estávamos e concentrei todo o poder que possuía na palma das minhas mãos, onde eu segurava o pedaço de madeira.

   Em questão de segundos, o cabo de vassoura em minhas mãos começou a tremer, e antes que eu pudesse perceber, tinha uma alabarda em mãos.

   A girei em cima da minha cabeça, fazendo-a parar no meu ombro com a lâmina para trás. Com isso, corri novamente até o local onde Hayakawa e o demônio lutavam.

   Assim que virei o corredor, pude ver que o demônio segurava Aki pelo pescoço, o erguendo no alto com uma das mãos. O rapaz não fazia nada para tentar se salvar, estava apenas parado.

   Corri até o braço do demônio no qual estava erguido e apertando o pescoço do Hayakawa, e o cortei em três pedaços, fazendo Aki cair em cima da mão aberta do demônio, no chão. Ele continuou paralisado.

— CARALHO, VOCÊ É MALUCO? No que estava pensando!? - Digo com raiva. - Se quer cometer suicídio, não faça isso na minha frente, seu babaca! - Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, o demônio estendeu mais uma das mãos à Aki, ela estava fechada como se segurasse algo.

Enquanto o rapaz ainda estava imóvel, o grande demônio abriu a mão lentamente, revelando um cigarro. Aki o segurou em suas mãos e ficou o observando sério por alguns segundos.

— Um... Cigarro? - Digo sem entender.

Parado observando o que havia em suas mãos, Aki respira fundo e solta o cigarro no chão. Ele tinha os olhos regalados e boca entreaberta, parecia assustado.

Ainda com a mesma expressão, ele se aproximou da cabeça do demônio com sua katana em mãos e simplesmente a cortou. Várias flores vermelhas começaram a cair do corte no pescoço do demônio, juntamente com muito sangue, que pouco espirrou no meu rosto.

Lambi o pouco sangue de demônio que havia espirrado nos meus lábios e limpei a minha bochecha com o pulso.

(...)

— Sabe, Angel. - Chamo a atenção do meu irmão. Nós estávamos sentados na varanda do nosso apartamento, isso algumas horas depois do que aconteceu com os zumbis e o demônio com vários braços de hoje mais cedo.

— Hm?

— Você também acha o Hayakawa meio... Estranho? - Digo pouco inclinando a cabeça. - Não sei, acho que as coisas que ele faz e diz são meio confusas... Você também não acha?

— Um pouco.

— Um pouco? - Pergunto sem entender o que Angel quis dizer.

— É. - Ele responde e eu coloco a mão na testa ao me lembrar que o meu irmão é um demônio de poucas palavras.

(...)

Olá, Volpine! - Makima diz sorridente assim que entro em sua sala. - A convoquei para pedir que faça uma tarefa simples dessa vez... - Ela olha em direção à porta, que encostei ao entrar. - Power, entre por favor. - Makima pede. Power, a demônio de sangue, entra na sala. Nós éramos apenas conhecidas, mas logo percebi que algo estava diferente na aparência da garota. - Essa é a Power. Creio que já se conheçam, mas sei que nunca foram apresentadas formalmente. Power, essa é a Volpine. - A garota passa os olhos por mim sem dizer nada. - A Power bebeu muito sangue na última missão, e por isso, esses chifres aqui apareceram. - Ela aponta para dois dos quatro chifres na cabeça da demônio. - Agora, temos que drenar o sangue, mas como você também é um demônio, creio que saiba o que acontece ao drenar o sangue...

— No começo, você fica com energia demais, e no final, cansada demais. - Respondo.

— Exatamente. Seu ápice de energia ainda não se iniciou, mas creio que não vá demorar muito... - Ela olha o relógio em seu pulso. - Mas enfim. Devido esses motivos, eu gostaria que a Power ficasse com você e com o seu irmão por esse tempo. Como já sabe, dura no máximo dois dias. Sei que, tanto você quanto Angel, são experientes no assunto, já que são demônios como ela, e por isso, gostaria que você pudesse me ajudar com isso. Tudo bem? - Enquanto Makima falava, Power olhava a vista lá fora pela janela. Depois, começou a me olhar de cima em baixo, e em seguida, para a estante de livros de Makima. Ela parecia inquieta.

— Por mim, tudo bem... - Eu respondo. - E quanto a drenar o sangue? Tenho que a trazer aqui novamente?

— Por agora, pouco do seu sangue já foi drenado, mas amanhã ao amanhecer você terá novas instruções.

— Beleza. Vem comigo, Power? - Eu digo sorrindo. Ela olha para mim com um olhar de desconfiança. Percebi que a garota estava pouco arisca, então sem que eu percebesse, minhas pupilas afinaram, o que a assustou.

— A-ah! - Ela afasta bruscamente e sem querer, esbarra de uma vez só na mesa de Makima, derrubando e quebrando uma xícara de café, que se parte em pedaços no chão. A garota demônio se encolhe no canto da sala em posição de defesa. - Makima, o que essa garota é!? - Logo, um faxineiro entra na sala e limpa o café derramado e os cacos de vidro.

— Como eu te disse antes, Volpine é o Demônio Kitsune. Agora peço que, por gentileza, a siga até o apartamento e direcione as perguntas a própria. - Makima lança um olhar ainda mais assustador que o meu para Power, que mais que rápida, sai pela porta do escritório. Antes que eu saísse, Makima me parou.

— Espero que aprenda a lidar com ela. Hayakawa e Denji demoraram bastante. Boa sorte. - Ela diz e eu deixo o escritório.

Power andava bem a frente enquanto saíamos do quartel da Segurança Pública, mas assim que chegamos na calçada, ela deixou que eu a guiasse, já que não sabia o caminho para o apartamento. Ela andava confiante, e devido as últimas palavras de Makima, tive ainda mais certeza de que ela era uma demônio difícil de lidar, mas ainda sim, espero que nos tornemos amigas.

KITSUNE 🎭 - Aki Hayakawa (Chainsaw Man)Onde histórias criam vida. Descubra agora